Perspectivas E Desafios Para O Jovem Arquiteto No Brasil
Casos: Perspectivas E Desafios Para O Jovem Arquiteto No Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: anneromao • 16/2/2014 • 428 Palavras (2 Páginas) • 1.718 Visualizações
Perspectivas e desafios para o jovem arquiteto no Brasil
Qual o papel da profissão?
João Sette Whitaker Ferreira
No texto, “Perspectivas e desafios para o jovem arquiteto no Brasil”,do arquiteto urbanista João Sette Whitaker Ferreira, faz uma grande analise sobre a Arquitetura e o Urbanismo e o que se considera hoje, no Brasil, um “arquiteto” cujo sucesso profissional sirva para representar a profissão. Também coloca em questão os ideais de sucesso profissional, que no Brasil parecem reduzir a questão tão somente a uma arquitetura autoral destinada quase que invariavelmente aos estratos sociais de alta renda.
A revista AU- arquitetura e urbanismo apresenta 25 jovens arquitetos em destaque que podem ser representativos no Brasil nas próximas décadas,e a reportagem estimula uma reflexão sobre a lógica que serve para parametrizar o que se considera hoje, no Brasil, um “arquiteto” e, mais ainda, um arquiteto cujo sucesso profissional sirva para representar a profissão. A questão é que no Brasil parecem reduzir a somente uma arquitetura autoral destinada quase que invariavelmente aos estratos sociais de alta renda, que é a atual produção arquitetônica “de sucesso” no nosso país.
O endeusamento da arquitetura autoral limita o horizonte de perspectivas dos estudantes e lhes apresenta como única alternativa um mundo de alta competitividade, angustiante, no qual aparentemente alcançará o sucesso apenas um pequeno grupo de eleitos. O que acaba escondendo grande parte de profissionais de escritórios, com produção significativa, que batalha arduamente para sobreviver dignamente com a profissão da arquitetura, mas que esse funil seletivo não colocou no topo dos “grandes arquitetos”.
A arquitetura e o urbanismo, quando vistos como uma profissão central na sociedade, que reflete e propõe a organização do território e do espaço construído, tem uma vocação indiscutivelmente transformadora. Mas, para além das boas obras de autores individuais, ela indiscutivelmente não foi capaz de sustentar uma urbanização decente no nosso país. A arquitetura parece não ter muito o que falar. Apesar das expectativas colocadas sobre os ombros da nova geração de escritórios de arquitetura, parece que sua força para influenciar a produção em massa do mercado da construção nas nossas cidades é extremamente limitada. Na maior parte dos casos, a arquitetura parece ter-se reduzido a um formalismo de fachada. A negação de tudo aquilo que se aprende na faculdade como sendo a “boa arquitetura”.
Essa arquitetura de espetáculo procura gerar renda e lucro através de negócios financeiros e do marketing urbano. Ocasionalmente acaba ocorrendo a autopromoção da imagem do arquiteto. O discurso dos “arquitetos-estrela”, a exemplo de Frank Gehry, está vinculado a um valor único de representação e visa à capacidade de atrair riquezas.
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