O BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO
Casos: O BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: bizerayc • 24/9/2014 • 1.149 Palavras (5 Páginas) • 717 Visualizações
O BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO
Conforme pontua Baum (1999) "a idéia do behaviorismo é simples de ser formulada: é possível uma ciência do comportamento". Tal argumento, explica ele, fundamenta-se no fato de que - apesar das controvérsias sobre o sentido de "ciência" ou de "comportamento", incluindo questões sobre "se a ciência do comportamento dever ser a psicologia" ou "se a psicologia é uma ciência" - "todos os behavioristas concordam que pode haver uma ciência do comportamento" (id.ibid.). Assim, segundo o autor, o behaviorismo pode ser referido como
um conjunto de idéias sobre essa ciência chamada de análise do comportamento, e não a ciência ela própria, o behaviorismo não é propriamente uma ciência, mas uma filosofia da ciência. Como filosofia do comportamento, entretanto, aborda tópicos que muito prezamos e que nos tocam de perto: por que fazemos o que fazemos e o que devemos e não devemos fazer.
Visando à melhor compreensão desse conjunto de idéias, abordamos, a seguir, as características relacionadas aos três principais modelos de Behaviorismo já que, desde a sua primeira geração, o sentido de "comportamento" sofreu transformações importantes.
Como lembra Staats (1980),
(...) antes do aparecimento do behaviorismo, o método fundamental para a Psicologia era o da introspecção. Por algum tempo os psicólogos pensaram que a tarefa da psicologia era investigar os conteúdos, a estrutura e o funcionamento da mente, realizando o sujeito um auto-exame e relatando a sua experiência (...) o comportamento animal era igualmente interpretado adotando-se o conceito de consciência humana.
O behaviorismo metodológico toma como base o realismo. O realismo defende a idéia de que há um mundo real, que ocorre no mundo real, sendo que é a partir desse mundo real externo - objetivo - que constituímos o nosso mundo interno - subjetivo.
B.F. Skinner, em 1945, introduz o Behaviorismo radical, defendendo a análise experimental do comportamento. Contrapondo-se ao Behaviorismo metodológico de Watson, de cunho realista, o programa de Skinner adota os princípios do pragmatismo, cuja base é a de que a força da investigação científica reside não tanto na descoberta da verdade sobre a maneira como o universo objetivo funciona, mas no que ela nos permite fazer, ou seja, a grande realização da ciência é que ela permite dar significado a nossa experiência. Isso implica entender que o pragmatismo se preocupa com a funcionalidade do objeto real observável, mensurável, e não com a existência de um objeto real por detrás desses efeitos (BAUM, op.cit.; FURTADO, op.cit.).
Os behavioristas radicais, nessa linha, tentam romper com o dualismo mundo objetivo-mundo subjetivo.Ou seja, em vez de se pautarem em métodos, eles adotam conceitos e termos "os termos que usamos para falar do comportamento não apenas nos permitem compreendê-lo, mas também o definem: comportamento inclui todos os eventos sobre os quais podemos falar sobre eles com os nossos termos inventados", conforme citação de Skinner, em Baum (op.cit.). Nessa esteira, os beharioristas radicais equiparam a noção de verdade com poder explicativo e, então, buscam termos descritivos que sejam "úteis à compreensão e econômicos à discussão" - se a pergunta sobre a existência do universo real fora do sujeito é fútil, então também é fútil perguntar sobre a existência de uma verdade final, absoluta (idem).
Dessa perspectiva, os behavioristas radicais admitem todos os eventos naturais - passíveis de serem acessados - incluindo eventos públicos e privados e excluem os eventos fictícios - que não podem ser acessados. A mente e todas as suas partes e processos, como causas mentais do comportamento, são considerados fictícios e, portanto, constituem termos que devem ser evitados. O mentalismo é, portanto, insatisfatório, na medida em que é anti-econômico. Os behavioristas radicais assumem, dessa forma, que as causas do comportamento encontram-se na hereditariedade e no ambiente passado e presente.
Em resumo, estudar o comportamento é fazer uma análise funcional do comportamento - (F) S à (F)R - é descrever as funções que determinam uma dada resposta, ou seja, analisar as contingências (conjunto hipotético de relações funcionais) que determinam o comportamento.que envolve três dimensões: (a) eventos antecedentes; (b) respostas; (c) eventos conseqüentes. Muito embora só se possa definir a função reforçadora de um evento ambiental a partir da função que ele exerce sobre o comportamento do indivíduo, tem-se como definição que o 'reforço positivo'
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