O Bicho de Sete Cabeças
Por: livia.viana • 26/3/2020 • Resenha • 1.111 Palavras (5 Páginas) • 153 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
UNISUAM
Andreia de Souza Diniz Pinto
Daniele Garcia Pereira Batista
Lívia Maria Andrade do Nascimento Viana
Patrícia Farias Ramos
Thaís Martins
Thamires Gomes
CONSTRUÇÃO E ANÁLISE DE CASO CLÍNCO EM PSICOPATOLOGIA I
Rio de Janeiro, junho de 2019.
CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
UNISUAM
Andreia de Souza Diniz Pinto
Daniele Garcia Pereira Batista
Lívia Mª Andrade do N. Viana
Patrícia Farias Ramos
Thaís Martins
Thamires Gomes
CONSTRUÇÃO E ANÁLISE DE CASO CLÍNCO EM PSICOPATOLOGIA I
[pic 1]
Rio de Janeiro, junho de 2019.
INTRODUÇÃO
Este trabalho foi desenvolvido a partir da proposta da atividade pratica supervisionada da disciplina psicopatologia I, ministrada pela professora Vanessa Nolasco.
Com base nas aulas ministradas e no material didático indicado o presente trabalho tem como objetivo analisar um relato de caso, apontando seus sinais e sintomas, desenvolvendo habilidades de atendimento clinico psicoterapêutico, baseado nos dados coletados durante a anamnese e aplicar intervenções terapêuticas e identificar as alterações psíquicas.
CASO CLÍNICO
Elaine, uma mulher de 23 anos de idade, trabalha com eventos, terminou um relacionamento de 1 ano assim que o namorado descobriu a sua gravidez, pois não quis assumir a paternidade, relata que no início foi difícil aceitar a decisão do namorado, mas com a ajuda de seus pais, ela conseguiu assumir seu filho Enzo, hoje com 2 anos, xodó da família. Elaine é a filha mais nova de 3 irmãos. Descreveu seu pai como alguém muito carinhoso e bastante presente, a mãe sempre trabalhou demais para manter a casa, onde quase não havia tempo para dialogo.
Elaine relata que na saída do último trabalho, já do lado de fora, estava acontecendo uma manifestação, onde havia um carro carbonizado e uma multidão. Aquele episódio a paralisou, sentiu naquele instante como se alguém tivesse pego-a pelo braço e retirando-a do meio da tanta fumaça. Com sua agenda cheia, ligou para um de seus sócios dizendo que só de pensar na possibilidade de sair de casa, já lhe causava muita angustia.
Elaine não aparecia há alguns dias no trabalho e dizia repetidas vezes que tinha certeza que algo muito ruim iria lhe acontecer. Levada a consulta por um de seus sócios, relatou que só de chegar perto da janela de sua casa, sentia um cheiro forte de borracha queimada, e isso a deixava desesperada e a ideia que tem que ao chegar no portão é que aquela multidão vai passar por ela apertando-a e sufocando-a.
ANÁLISE DO CASO CLÍNICO
O medo é inerente a qualquer ser humano e um importante mecanismo de proteção a vida, no entanto quando esse é irracional, persistente e desproporcional, passa a ser considerado um transtorno fóbico, capaz de paralisar e impactar negativamente a vida do indivíduo.
A fobia se caracteriza por medo a estimulo que não oferece um risco real, envolve ansiedade antecipatória, medo dos sintomas físicos, esquiva e fuga. O paciente fóbico tem um pensamento distorcido ao considerar algumas situações mais ameaçadoras do que realmente são. Dessa forma adota mecanismos de evitação e esquiva por acreditar ser incapaz de enfrentar e superar as situações que lhe causam desconforto.
A frequente evitação faz com que o indivíduo não consiga fazer uma avaliação de suas crenças tornando-as cada vez mais reforçadas. Por ser consciente que o medo sentido por ela não é real, passa a esconde-lo por sentir vergonha.
ANÁLISE DAS ALTERAÇÕES E FUNÇÕES PSÍQUICAS
Em relação as alterações de sensopercepção, Elaine relata questões de hiperestesia em relação as suas sensações olfativas e táteis, ela diz que sente cheiro de borracha queimada ao chegar na janela. A alucinação olfativa é uma falsa percepção de um odor, geralmente desagradável, já a alucinação tátil se trata de uma falsa percepção de toque.
Em relação as alterações de pensamento, Elaine apresenta questões supervalorizadas e perseveradas, ideias obsessivas, ruminativas e persistentes. Elaine tem uma dificuldade de abandonar a memória do fato presenciado. Em seu relato há uma questão de ansiedade, onde a mesma antecipa riscos irreais quando diz que tem a sensação de ser apertada e sufocada por uma multidão ao chegar no portão, a paciente ainda apresenta alterações do curso de pensamento, observado pela velocidade de sua fala.
Em relação as alterações de linguagem, Elaine tem uma fala loquaz e taquilálica, apresentando ansiedade e medo, sua fala é hiperprosódica, e hiperfônica, sempre que relata suas memórias do fato ocorrido.
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO
Embasados em estudos, trabalharemos com as técnicas de psicoeducação e a dessensibilização sistemática, como a melhor forma de intervenção, buscando o sucesso para o caso. A psicoeducação é uma intervenção psicoterapêutica que visa auxiliar no tratamento das alterações psíquicas, a partir da mudança comportamental, social e emocional, atuando na promoção da saúde. Age de maneira educativa tanto para o paciente como para seus familiares, tendo como proposta ensiná-los a lidar com o problema por meio de informações, onde esses vão ter conhecimento da doença, o tratamento terapêutico, a fim de conscientizá-los e prepará-los com as mudanças de estratégia a partir do enfrentamento, tornando o paciente ativo em seu tratamento lhes dando mais autonomia.
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