O Ciúme E Suas Consequências Para Os Relacionamentos Amorosos ALMEIDA, Thiago De. - Curitiba: Ed. Certa, 2007.
Trabalho Escolar: O Ciúme E Suas Consequências Para Os Relacionamentos Amorosos ALMEIDA, Thiago De. - Curitiba: Ed. Certa, 2007.. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: DC123 • 7/11/2014 • 961 Palavras (4 Páginas) • 327 Visualizações
O ciúme e suas consequências para os relacionamentos amorosos
ALMEIDA, Thiago de. – Curitiba: Ed. Certa, 2007.
Para Almeida (2007) o ciúme romântico não somente é um dos mais importantes temas que envolvem os relacionamentos humanos, bem como um desafio para muitos destes. Uma grande dificuldade ao se estudar o fenômeno do ciúme é o fato de que para muitos ainda, o ciúme é uma manifestação de afeto, de zelo ou até de amor que uma pessoa sente por outra. Talvez isto seja mesmo verdade em algumas situações, e provavelmente não em muitas outras. E quem ama mata? Provavelmente não, mas quem sente ciúme sim. E esta morte, embora seja algumas vezes cruelmente real, no íntimo das pessoas ela ocorre de forma bem mais sutil e velada. São inúmeras as mortes imaginárias, que ocorrem por meio de mecanismos não perceptíveis à consciência e que sem as pessoas se darem contas, mais as afastam do que as aproximam.
Prescindindo-se de nossas aspirações mais românticas o autor ressalta que, o amor seria uma espécie de contrato biológico entre um homem e uma mulher. Para a etologia, ciência que estuda as origens dos comportamentos dos seres humanos e animais, esse contrato determinaria que, em troca de recursos trazidos por um homem para garantir a alimentação, o abrigo e a proteção da mulher e dos filhos dele, esta, em contrapartida, disponibilizaria o seu útero, com exclusividade, à disposição do mesmo.
Ao nos referirmos especificamente aos seres humanos, outros estudos apontam que as primeiras vinculações com outro ser humano podem favorecer o aparecimento do fenômeno amoroso, assim, comportamento de apego foi definido pelo autor como qualquer forma de comportamento que resulta em uma pessoa alcançar e manter proximidade com algum outro indivíduo, considerado mais apto para lidar com o mundo
O autor esclarece que na década de 60 alguns psicólogos lançaram-se para estudar algo que eles concebiam como atração interpessoal. Este estudo englobou, sobretudo dentro da Psicologia Social, uma variedade de experiências sociais como a admiração, o amor, a amizade, intimidade, luxúria e prazer. É neste campo do saber que foi verificada a influência de três fatores principais que interagiriam no âmbito das relações interpessoais, a saber: atração física, proximidade e semelhança. Estas pesquisas acabaram praticamente condicionando a vivência do amor à prática do sexo de forma errônea, porque, o amor pode ser uma das dimensões da sexualidade e não inevitavelmente uma parte inerente ao sexo propriamente dito, tal como concebiam alguns desses estudos.
O autor indica que na década de 70, que se deu o marco inicial do estudo científico do amor romântico que demonstrou não somente que conceitos tão intimamente atrelados como o gostar e o amar podiam ser independentes, diferindo em sua essência e intensidade de afeto, e não como partes de um único contínuo, anteriormente assim entendido, bem como, a partir dos anos 80, inúmeros estudos foram realizados, utilizando amostras probabilísticas, instrumentos psicométricos, comprovando a viabilidade das pesquisas que tematizassem o amor e seus desdobramentos.
Para ele o amor, enquanto uma relação diádica atemporal e interpessoal, entre os seres humanos é concebida como: “Um conjunto de sentimentos diversos, distintas topografias comportamentais e múltiplos perfis de respostas cognitivas que embora variados, estão relacionados entre si e são inerentes ao ser humano, tendem a perdurar-se e possuem inúmeras formas válidas de sua manifestação. Assim, em termos comportamentais o amor é visto
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