O Conhecimento empírico e Conhecimento puro
Por: anapmrodriigues • 23/6/2017 • Resenha • 686 Palavras (3 Páginas) • 1.753 Visualizações
Nome: Ana Paula Mariano Rodrigues 1ºano HISTÓRIA/NOTURNO
Immanuel Kant
Immanuel Kant nasceu na cidade Konigsberg localizada na Prússia em 1724, vindo de uma família simples, numerosa e muito religiosa ele era considerado uma pessoa de hábitos metódicos e de uma vida totalmente dedicada aos estudos principalmente no campo da filosofia. Kant foi extremamente influenciado por iluministas como Rousseau e Hume. Formou-se na faculdade de Konigsberg e lecionou nela por 40 anos, período no qual também acompanhou a revolução francesa. Faleceu em 1804 sem nunca ter se afastado de sua cidade de origem.
Em 1781 após 12 anos de dedicação ele lança a obra que marcaria sua carreira, Critica da razão pura, uma obra que deu vazão a questão do conhecimento. E nessa obra ele distinguiu duas maneiras de se conhecer.
Conhecimento empírico e Conhecimento puro, sendo o empírico aquele que parte dos nossos sentidos, e o puro ao contrário do empírico não depende de qualquer dado dos sentidos. Segundo Kant o conhecimento puro nos revela a juízos universais e é necessário, já o conhecimento empírico não nos fornece nenhum conhecimento novo ou de importância significativa.
E assim como os conhecimentos ele também classificou os juízos em: juízo analítico, Juízo sintético a posteriori e Juízo sintético a priori. E explica dizendo que o juízo analítico não tem no predicado algo que acrescente ao sujeito ou necessite de algum sentido para se chegar a tal conhecimento, por exemplo, a roda é redonda. O juízo sintético a posteriori necessita da utilização de algum dos sentidos, mas não é um conhecimento que seja considerado universal e está sempre condicionado ao tempo, por exemplo, o muro é branco. E finalmente o juízo a priori, o mais importante segundo Kant, diferente do juízo sintético a posteriori, ele não é dependente da experiência e é universal e necessário, classifica a física e a matemática como exemplos desse conhecimento, explica que esse juízo vem dos sentidos e de como fazemos a organização mental desses dados, o conhecimento seria então a capacidade que o sujeito teria de sintetizar o que conhece e o objeto conhecido.
Essa obra de Kant foi de uma revolução tão magnifica, que o próprio a comparou com a revolução copernicana, sendo uma comparação muito pertinente, pois, assim como Copérnico teve que quebrar paradigmas como a teoria do geocentrismo, a terra como centro do universo, que fora defendida por nomes como Aristóteles e Ptolomeu, Copérnico nos tirou do centro do universo e resolveu e com seu modelo heliocêntrico problemas que a astronomia conhecida até então não era capaz de responder.
Kant percebeu que o mesmo problema era encontrado no campo da metafisica, em que muitas questões não tinham respostas, gerava-se muita discussão entre os filósofos racionalistas e empiristas, mas nunca se chegava a lugar nenhum. E assim como Copérnico mudou o centro do problema, Kant também mudou o centro da questão do conhecimento, ou seja, tirou o objeto do centro e colocou o homem, que era sempre quem orbitava em volta do objeto nas teorias antigas.
“Até agora, admitia-se que todo o nosso conhecimento se devia regular pelos objetos, mas todas as tentativas de estabelecer em torno deles alguma coisa a priori, por meio de conceitos, assumindo tal pressuposto, não conseguiram nada[...] Aqui é exatamente como na ideia de Copérnico que, vendo que não podia explicar os movimentos celestes admitindo que todo o exercício dos astros girasse em torno do espectador, tentou ver se não teria mais êxito fazendo girar o observador, e deixando ao invés os astros em repouso. Ora, na metafisica pode-se pensar em fazer uma tentativa semelhante”. (G. Reale- D.Antiseri, p.358).
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