O Desamparo Semelhante a Freud
Por: Gabriel Anastácio • 8/9/2020 • Dissertação • 279 Palavras (2 Páginas) • 127 Visualizações
Semelhante a Freud, o desamparo se refere à condição de um bebê humano entrar no mundo precocemente, fazendo com que ele dependa de outro bebê para sobreviver. O tema é construído a partir da relação com o outro, construída por indicadores que o gravam em uma cultura e o marcam desde o seu nascimento.
Quando Freud (1927/1976) estudou a vida psicológica das crianças, era óbvio que sua sexualidade seguia o caminho da necessidade narcísica pela conexão com as coisas que o satisfaziam. Ao satisfazer a fome da criança, a mãe torna-se seu objeto de amor e proteção contra ameaças externas, e a mãe é seu primeiro objeto de proteção.
Depois, há o relacionamento do pai. O pai atua como uma função protetora de outra ordem, e o pai inscreve o filho como sujeito de desejo quando ele remove o filho da residência da mãe. Freud apontará que a raiz da criação humana de deuses está neste desamparo.
Portanto, seu anseio pelo pai é o mesmo que sua necessidade de se proteger das consequências da fraqueza humana. "(Freud, 1927/1976, p. 36) O desamparo faz parte da composição subjetiva das pessoas. Cada um de nós enfrenta esse problema, buscando meios de solucionar o sofrimento por ele causado.
Nas políticas públicas, aqueles que são auxiliados a lidar com o desamparo psicológico constitutivo, a privação, dominados pelo discurso social dominante e marginalizados. Assim, as pessoas caem em outro estado de desamparo, ou seja, o estado de desamparo social, que é a falta de ações integradas e integradoras de políticas públicas que proporcionem a essas pessoas uma vida digna. O trabalho das políticas públicas se dá na construção da escuta clínica, questionando esses indefesos papéis subjetivos e intersubjetivos.
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