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MOTIVAÇÃO: POR QUE ESTÍMULOS SEMELHANTES CAUSAM EFEITOS DIFERENTES?

Projeto de pesquisa: MOTIVAÇÃO: POR QUE ESTÍMULOS SEMELHANTES CAUSAM EFEITOS DIFERENTES?. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  18/3/2013  •  Projeto de pesquisa  •  1.152 Palavras (5 Páginas)  •  1.285 Visualizações

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Texto 2 - MOTIVAÇÃO: POR QUE ESTÍMULOS SEMELHANTES CAUSAM EFEITOS DIFERENTES?

EVOLUÇÃO DOS ESTUDOS MOTIVACIONAIS*

De acordo com Bergamini (2006), o interesse pela motivação humana pode ser observado já nas obras dos primeiros pensadores da humanidade.

Quando se retrocede no tempo, descobre-se que já nas obras dos primeiros pensadores da humanidade, representados pelos filósofos, havia a preocupação de explicar e conhecer o comportamento do ser humano. Tais inquietações podem ser consideradas como indícios de que desde o tempo dos primeiros sábios da humanidade o interesse pela motivação humana e suas formas de manifestação realmente já existia, embora tenha aparecido sob outras denominações.

Apesar dessas inquietações, a preocupação com o comportamento humano no trabalho levou muito tempo até chegar ás organizações. É Bergamini (2006) quem novamente afirma:

Antes da Revolução Industrial, a principal maneira de motivar consistia no uso de punições, criando, dessa forma, um ambiente generalizado de medo. Tais punições não eram unicamente de natureza psicológica, podendo aparecer sob forma de restrições financeiras, chegando até a se tornar reais sob a forma de prejuízos de ordem física. Levando em conta que as organizações passaram a existir muito tempo antes da Revolução Industrial, é possível concluir que a preocupação com o aspecto motivacional do comportamento humano no trabalho represente um fato bastante recente.

Foi somente durante a Revolução Industrial que vieram os investimentos cada vez mais pesados na produção, com o objetivo de aumentar a eficiência dos processos industriais, os quais passaram a exigir maiores e mais recompensadores retornos.

As punições foram deixadas de lado, porém permanecia o ambiente de medo nas empresas.

Segundo Marras (2007), os primeiros estudos sobre motivação datam do início do século XX, quando, em 1900, Frederick Taylor iniciou a discussão sobre motivação, adotando a crença de que o dinheiro era o maior motivador. De acordo com ele, as pessoas eram levadas a fazer coisas apenas para obterem mais dinheiro e que deveriam ser controladas para que o trabalho rendesse o máximo possível.

Além da abordagem científica de Taylor, o início do século XX também viu surgir as teorias clássica (1906) e burocrática (1909).

O precursor da primeira foi Henri Fayol, que acreditava serem as funções da gerência (Prever, Comandar, Organizar, Coordenar, Controlar) aplicáveis em todos os tipos de organização, focando seus estudos na unidade do comando, na autoridade e na responsabilidade. Em função disso, sofreu críticas por ser considerada uma abordagem manipuladora.

A abordagem burocrática foi idealizada por Max Weber: “ele achava que a burocracia era a forma mais eficiente de administração, porque operava em uma base hierárquica comumente aceita sem estar sujeita a caprichos pessoais e com o aval de especialistas”. (KWASNICKA, 2003)

Por volta de 1930 Elton Mayo, professor de Harvard, e sua equipe estudaram as variações do ambiente de trabalho sobre a produtividade na fábrica da Western Electric Company, em Hawthorne, Chicago. Descobriu-se que o grupo pesquisado aumentava a produtividade independente da melhora ou não das condições de trabalho, mas sim da atenção dada a ele por seus superiores. Mayo concluiu que o desempenho das pessoas depende muito menos dos métodos de trabalho do que dos fatores emocionais ou comportamentais, contrariando assim a visão da administração científica de Taylor. Esse estudo ficou conhecido como "Efeito Hawthorne".

Surgia aí a abordagem das Relações Humanas na administração de empresas, procurando entender o comportamento humano nas organizações e por meio desse entendimento aumentar a produtividade. De acordo com Kwasnicka (2003):

A força da escuridão que via a organização como máquina foi substituída pela força da luz, em meados do século XX, com ênfase nas pessoas, acomodações, delegação de autoridade, autonomia e confiança. Começava a era de os psicólogos cuidarem da administração e surgiu o que se chamou de Psicologia Industrial.

Com a abordagem das Relações Humanas surgiram as teorias da motivação, que podem ser divididas em intrínseca e extrínseca.

A primeira – intrínseca - afirma que a motivação está ligada ao que queremos da vida, é um conceito abstrato e tem sentido apenas individualmente, é algo endógeno, originado no interior dos indivíduos. Nesse sentido, estar motivado é sentir-se bem com aquilo que é realizado:

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