O Desenvolvimento Motor Neonato
Por: Carolinareichert • 11/5/2016 • Trabalho acadêmico • 933 Palavras (4 Páginas) • 333 Visualizações
O desenvolvimento motor neonato vem sendo pesquisado de forma aprofundada nos últimos 20 anos, anteriormente a isso, acreditava-se que os bebês recém-nascidos não tinham a capacidade de interagir com o mundo a sua volta, resumindo suas capacidades a alimentar-se e dormir. Com os avanços em pesquisas provou-se que o neonato é um ser complexo que vem para trocar com o ambiente e seus cuidadores, pois é dotado de capacidade interna de organização e integração. Abordaremos no decorrer do presente trabalho o desenvolvimento motor neonatal, para tanto buscamos elencar os reflexos presentes em cada fase, os exames necessários para a averiguação de tais reflexos e possíveis ameaças ao desenvolvimento da criança, assim como destacar a importância do acompanhamento do recém nascido.
A partir de seu nascimento o bebê está apto a receber os estímulos do mundo que o circunda. Embasados em inúmeros estudos, sabemos que bebês já possuem percepção visual desde o nascimento, podendo seguir com os olhos objetos de cores vivas e diferenciar formas geométricas. Assim é possível dizer que os neonatos tem predileção por rostos humanos , pois quando o contato visual com o outro é travado, o bebê sinaliza de forma diferente e também fortalece-se o vínculo. A audição também se mostra presente já nas primeiras horas de vida, sendo que o bebê procura os sons ao seu redor voltando seus olhos ou até mesmo sua cabeça. A voz humana produz uma forte relação com os neonatos, sendo que a partir da segunda semana de vida, os sons da voz do cuidador podem proporcionar reações, como sorrisos, de forma mais freqüente que outros sons.
Acima embasamos os sentidos da visão, da audição, pois é também através da resposta motora a estes estímulos que avalia-se o desenvolvimento motor neonatal. Como primeira avaliação do neonato, é aplicado o sistema de avaliação escore de Apgar, desenvolvido pela médica Virgínia Apgar em 1953. Nessa avaliação, feita no primeiro e no quinto minuto de vida do neonato, são considerados os seguintes aspectos: ritmo cardíaco, ritmo respiratório, tônus muscular, reação a estimulação nos pés e cor. Cada item recebe nota 0, 1 ou 2, sendo que se o somatório for superior ou igual a sete, considera-se que o bebê está fora de risco, no caso do escore ser menor que sete, serão necessários cuidados para a restabelecer a respiração, sendo o escore menor que 4, o bebê precisa imediatamente das manobras de ressuscitação e com um escore entre 3 e 0, a criança sofrerá com problemas como paralisia cerebral e outros problemas neurológicos.
Outra possibilidade avaliativa neurológica e comportamental é a aplicação da escala de Brazel (1973), que sendo mais abrangente considera vinte reflexos do neonato e oportuniza aos pais um maior conhecimento e familiarização com o bebê e suas necessidades e habilidades. Os pais que tem acesso a escala de Brazel se tornam mais receptivos e atenciosos com a criança e também criam uma maior proximidade no futuro. Especificamente falando sobre motricidade, a escala de Brazel é muito eficiente na avaliação motora, pois considera aspectos como tônus muscular, reflexos e as atividades com as mãos feitas pelo bebê.
Os reflexos do recém nascido são primitivos/adaptativos, ou seja, inatos e são fundamentais para sua sobrevivência e desenvolvimento. O reflexo de sucção e o movimento automático da cabeça na direção do toque em sua face servem para que o bebê procure o seio materno (ou equivalente) para a alimentação. O reflexo palmar e plantar ou reflexo de prenssão, quando estimulado faz com que o bebê retraia os dedos em um movimento de “fechar” mãos e pés. O reflexo de Magnus
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