O Discurso do Desejo de Freud

IBMR CENTRO UNIVERSITÁRIO

CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA

DISCIPLINA TEORIAS E SISTEMAS

O DISCURSO DO DESEJO DE FREUD

Adailma Guimarães

Andressa Mello

Daniele Duque

Léo Ramos

Raiane Abreu

Renata Farias

PROFESSOR: Felipe

 

 

 

Rio de Janeiro

2015

O discurso do desejo

A obra Interpretação de Sonhos

A Interpretação de Sonhos foi mal recebida pelos psiquiatras e críticos gerais, logo em seu lançamento. A partir de 1909 a obra passou por novas edições e assim passou a ser compartilhada por estudiosos de psicanálise da época. A Interpretação de Sonhos foi sem dúvida foi umas das obras mais importantes do século sendo publicada três anos após ser concebida, foi quando o autor focou em sua autoanalise, ou seja, ênfase nos problemas clínicos tirando o foco dos neurológicos e metapsicológicos que por sua vez, deram origem ao Projeto.

Entre um e outro Freud descobriu o complexo de Édipo, relatando os impulsos oitis contra os pais como um elemento integrante das neuroses dos filhos. Este conceito só foi formado cinco meses depois de Freud fazer sua autoanálise, se percebendo apaixonado por sua mãe e com ciúmes do pai, considerando isto um conceito universal. E quando o adulto se depara com isso ele não suporta e reprime.

Neste momento Freud aponta a importância da sexualidade ênfase com a separação da teoria do trauma e a importância das fantasias infantis e sua articulação com o desejo. Freud conclui que a Interpretação dos Sonhos é um meio real de trazer as ideias inconscientes para o consciente, e mais, a melhor maneira de estudar a neurose. Tomou como ponto de partida dos pontos: os sonhos possuindo um sentido e os mesmo sendo realização dos projetos.

O que é interpretado pelo analista não é o sonho sonhado e sim seu manifesto. A censura impede que o sonhador saiba o sentido de seu sonho, porém inconscientemente ele sabe.

Freud afirma que os sonhos são formas disfarçadas de realização de desejos e isto ocorre devido a uma censura cujo efeito é a deformação onírica. O objetivo dessa deformação é proteger sujeito do caráter ameaçador dos seus desejos.

O significado da interpretação do sonho, segundo o que foi abordado no livro de autoria de Garcia Rosa, são restituir o conteúdo dele.

O conteúdo manifesto do sonho é aquele que aparece para a pessoa. São imagens oníricas que apenas o sonhador tem acesso. Já o conteúdo latente é aquele que está oculto, no inconsciente e que necessita ser interpretado, analisado, para ser compreendido o seu sentido.

Existe uma censura no sonho, que o impede de vir à tona, como meio de preservar o indivíduo do caráter ameaçador de seus desejos. Afinal, os sonhos sempre estão disfarçados de realização de desejos.

A interpretação das imagens oníricas do sonhador realiza-se através da linguagem, tendo em vista que o que se interpreta é o sonho relatado e não o sonho sonhado. Os enunciados elaborados durante a interpretação são substituídos por outros enunciados formados pelo analista, que por sua vez, procuram representar a expressão do desejo do paciente.

 

Métodos de interpretação dos sonhos

A interpretação simbólica dos sonhos, procura enxergar o sonho como um todo. São métodos populares que seguem uma linha histórica, lendária, tendo o simbolismo, como sua característica que mais aproxima-se do método científico. É restrito, impreciso, difícil de colocar em palavras.

O outro método é de decifração, onde enfatiza-se os elementos constituintes do sonho. É desse método que deriva o método psicanalítico de interpretação dos sonhos, onde enxerga-se, nas parcelas isoladas de seu conteúdo, o mais importante a ser analisado. Tem um caráter múltiplo de conglomerados de informações psíquicas, trazendo assim átona a linguagem própria do inconsciente como sua essência.