O Grupo Transtorno Bipolar
Por: 40325788855 • 9/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.970 Palavras (8 Páginas) • 142 Visualizações
Sumário
1. Introdução 2
2. Grupo Transtorno Bipolar 6
Objetivo do Grupo 6
Características do grupo 6
Função do psicólogo 6
Função do coordenador 6
Comunicação 7
Seleção e agrupamento 7
Grupo Operativo 7
3. Protocolo das Sessões 7
Parte I – Intervenções Educativas 7
Parte II – Intervenções de Construção Cognitiva 8
Parte III – Intervenções de Prevenção 8
4. Referências 10
Introdução
Transtorno bipolar é uma doença psiquiátrica crônica que se caracteriza por oscilações extremas de humor entre episódios maníacos e depressivos. Todos nós sofremos alterações de humor, mas em uma pessoa bipolar essas manifestações são muito mais intensas e duradouras que causa profundas perturbações e afetam os padrões de sono e energia dos pacientes. (RIVA; ZANCANELLA; CANOVA; MURIUZZI; MÉA, 2014)
De acordo com o DSM-V, as primeiras manifestações da doença, costumam aparecer no final da adolescência entre 18 e os 25 anos com ocorrências de episódios maníacos, que são as manifestações eufóricos, alegres ou excitados, pode haver também episódios depressivos que se caracterizam por sentimento de culpa, irritabilidade e perda de contato com a realidade, também é muito comum encontrar episódios mistos onde ocorrem uma junção da depressão com agitação, ansiedade com a insônia, causado alucinações e o rompimento com a realidade, considera-se que essas manifestações gera um grande risco, aumentando em 15% a chances de paciente bipolar cometer suicídio. (VIEIRA; MARQUES,2016)
O transtorno bipolar é classificado entre três tipos, com diferentes manifestações e durabilidade.
No Transtorno Bipolar tipo I, ocorre mais episódios maníacos com durações entre 7 dias e 6 meses, e são episódios consideravelmente severos podendo levar o paciente a internação psiquiátrica. Os episódios depressivos duram pelo menos duas semanas e são mais raros de acontecer onde ocorre um misto dos pensamentos depressivos juntamente com uma energia excessiva para realizar as suas atividades. (BOSAIPO; BORGES; JURUENA, 2017)
No Transtorno Bipolar Tipo II, predomina mais episódios depressivos, com incidência de episódios hipomaníacos, ou seja, episódios de uma espécie de mania mais leve, que não impede que a pessoa trabalhe ou estude, sem sintomas psicóticos. Entretanto, a atenção durante os episódios depressivos deve ser redobrada. (BOSAIPO; BORGES; JURUENA, 2017)
No transtorno Bipolar não especificado, aparecem casos nos quais os sintomas não se encaixam nos critérios dos tipos I ou II. Isso porque os sintomas não duram tempo suficiente, ou há poucos sintomas para se ter certeza do diagnóstico. Podem haver episódios hipomaníacos de curta duração (menos de 4 dias), ciclos rápidos — quando as oscilações ocorrem em menos de uma semana. (BOSAIPO; BORGES; JURUENA, 2017)
O diagnóstico se dá por um acompanhamento psiquiátrico que solicita exames para descartar a possibilidade de outras doenças com sintomas parecidos. Contudo, o acompanhamento psicológico ajudara na investigação da vida do paciente pois os tipos de bipolaridade podem ser confundidos com outras doenças. Por exemplo, a bipolaridade tipo I pode ser confundida com esquizofrenia, enquanto a de tipo II pode ser diagnosticada como depressão. A maioria dos pacientes procuram ajuda quando estão em episódios depressivos, por se sentirem bem quando estão em episódios maníacos, portanto são extremamente necessários a investigação e o olhar cauteloso do profissional para dar um diagnóstico correto. O tratamento é feito por fármacos normalmente com estabilizadores de humor sendo o Lítio seu principal componente que atua diretamente no sistema nervoso central, juntamente com antidepressivos e antipocóticos que reduz a intensidade dos sintomas. (RIVA; ZANCANELLA; CANOVA; MURIUZZI; MÉA, 2014)
A psicoterapia a partir da abordagem Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), também é indicado para o tratamento do transtorno bipolar, pois contribui para que o paciente diminua possíveis períodos de hospitalizações e melhore o desempenho em atividades sociais e laborativas, aumentando a capacidade de lidar com situações estressantes, ajuda o paciente a compreender fatores que desencadeiam estes episódios, ensinando-o a lidar com estes fatores e situações que podem lhe causar emoções intensas. (VIEIRA; MARQUES,2016)
A TCC oferece bagagem para que o paciente possa superar as dificuldades impostas pelas características especificas da doença, ensinando o paciente a identificar precocemente manifestações de episódios maníacos, reduzindo os sintomas, prevenindo as recorrências e ajudando na diminuição da frequência e na duração de episódios de oscilação de humor. A psicoterapia juntamente com a manipulação de fármacos estima uma melhora significativa no desenvolvimento psicossocial dos portadores de transtorno bipolar. (VIEIRA; MARQUES,2016)
Vale ressaltar que a TCC é um tipo de psicoterapia orientada pelos aprendizados de habilidades, propondo o ensinamento de resolução de problemas e o controle de pensamento e emoções distorcidas, a partir da conceituação cognitiva que atua diretamente nos esquemas e crenças do paciente a fim de promover sua reestruturação e desenvolver suas flexibilidades cognitivas. (VIEIRA; MARQUES,2016)
A TCC para o transtorno bipolar pode ser realizada em grupo ou individual, quando aplicada em grupo tem demonstrado eficácia superior ao formato individual, pois pode favorecer toca de experiências quanto a manejo da doença, possibilitando a criação de elos sociais saudáveis entre os participantes diminuindo a sensação de isolamento que é frequente entre as pessoas que tem esse transtorno. (BIO; GOMES, 2011)
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