O Menino do Pijama Listrado e os Direitos Humanos

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

CURSO DE PSICOLOGIA

Anderson Lobo

 Breno Alves

Guilherme Gomes

Isabella Antunes

Renata Dias

Thais Carvalho

“O Menino do Pijama Listrado” e os Direitos Humanos

Belo Horizonte

2015

Filme: O Menino do Pijama Listrado

Textos: Subjetividade, Política e Direitos Humanos

  Autora: Maria Rita Kehl

  Diretos Humanos e o Dilema das Tensões Entre o Universal e o Particular

  Autora: Andréa Moreira Carmona

O filme transcorre durante a 2ª Guerra Mundial, na Alemanha. O personagem principal, Bruno, tem apenas 8 anos de idade, e diante a promoção de seu pai, um oficial nazista, ele é obrigado a se mudar da cidade de Berlim, para o novo local de trabalho. Assim, a família vai para uma área isolada, cujo único vizinho, na visão de Bruno, é uma fazenda. No decorrer do filme, o telespectador entende que essa tal fazenda é na verdade um campo de concentração nazista. Bruno não tem amigos nem o que fazer ou com quem brincar em seu novo lar, então, resolve explorar a região indo até a fazenda e ao chegar ao local, encontra uma cerca e do outro lado, está o garoto Shmuel, da mesma idade de Bruno, e que veste um estranho pijama listrado, como todos os outros que ali vivem. Bruno passa a visitá-lo constantemente e entre os dois surge uma grande amizade. Shmuel é tão inocente quanto Bruno, não sabendo exatamente do que se trata esse local em que vive.

O filme explora o antagonismo da inocência da criança, em contato com a dureza, impureza e perversidade que era o nazismo.

Na época em que se passa o filme, aconteceu o Holocausto, que foi uma prática de perseguição política, étnica, religiosa e sexual, estabelecida durante os anos de governo nazista de Adolf Hitler. Os povos que foram perseguidos pelos nazistas eram principalmente os judeus, que eram capturados, isolados e mortos em campos de concentrações, o que explicita como a natureza humana é capaz de atos cruéis.

Os Diretos Humanos são os direitos atribuídos a uma pessoa pelo simples fato dela ser humana. A violação destes é clara e evidente no filme, uma vez que os judeus são retratados como “ninguém”, sem direito de liberdade e segurança, pelo contrário, eram escravizados, castigados cruelmente e não eram reconhecidos como humanos pela lei.

Mesmo com a consolidação da Declaração Universal dos Diretos Humanos em 1948, nos dias atuais ainda têm-se casos de violação dos diretos humanos. Na maioria das vezes ocorre pela distribuição desigual de poderes, onde a classe de maior poder socioeconômico acredita que pode governar as demais.

O filme deixa explícito, que os homens, em seus anseios políticos, esquecem o princípio da igualdade, os direitos humanos, e subvertem em si mesmos diversos valores, em nome de uma luta por um interesse subjetivo ou de determinada sociedade, em um caráter frio e anti-humanitário. 

Assim, percebe-se a inocência de uma criança, que vê todos como iguais, independente de cor, raça, etnia, religião ou posição social, o que serve de embasamento aos homens para repensarem as suas atitudes e o conceito dos direitos humanos, tão falados e tão ignorados na prática.