O Múltiplo Surgimento da Psicologia
Por: Mariglória Almeida • 16/9/2018 • Trabalho acadêmico • 860 Palavras (4 Páginas) • 1.259 Visualizações
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CURSO: Graduação em Psicologia – 2018.2
DISCIPLINA: Psicologia Social
DOCENTE: Manuela Brito
DISCENTE: Mariglória Almeida Santos
ATIVIDADE: Opinião Crítica
ENTREGA: 03.09.2018
TEXTO: FERREIRA, Arthur Arruda Leal. Capítulo 1 - O múltiplo surgimento da Psicologia, in História da Psicologia: rumos e percursos / organização Ana Maria Jacó-Vilela, Arthur Arruda Leal Ferreira, Francisco Teixeira Portugal. - Rio de Janeiro: Nau Ed., 2006.
No início o autor propõe uma análise sobre a construção histórica da Psicologia, ressaltando as transformações que o homem sofreu ao longo da história para chegar ao objeto de estudo da psicologia. O mesmo argumenta em defesa de duas maneiras de se analisar o surgimento da psicologia: de forma internalista, analisando as variações conceituais, intelectuais e metodológicas; e outra de forma externalista, compreendendo as transformações culturais, sociais, econômicas e políticas, justificando que tanto as transformações nos planos interno e externo de um saber não podem ser vistas de forma isolada.
Ferreira busca na sequência analisar a questão da subjetividade, sobre seu nascimento com o pensamento religioso, sobre a constituição da individualidade até a sua interiorização na modernidade. Ressalta sobre a distinção do corpo e da mente na Antiguidade e compara com as ideias de Renè Descartes e com as de Aristóteles.
A constituição da infância é considerada como uma etapa da vida a partir de determinada época social e a descoberta da loucura como uma doença mental também sustentada por uma nova visão desse fenômeno social. O surgimento das ciências humanas e o processo de ruptura com as ciências naturais é considerado como basilar para o nascimento da psicologia, e ainda como a filosofia contribui para essa etapa histórica. Traz ainda o mapeamento das diferentes psicologias do século XIX e como se dá o surgimento no Brasil.
É apresentada uma articulação sobre a constituição da subjetividade e explica que a interioridade reflexiva é a reflexão sobre a vivência individual, ou seja, os pensamentos, emoções, escolhas, entre outros, levarão à compreensão de identidade do “eu”, contrapondo a essa estrutura a falta da busca de cuidado com si presente na Antiguidade. Não era percebido naquela época um pensamento individualista, diante da inexistência de uma busca pelo conhecimento de si mesmo. Identificava-se que o homem buscava ser belo como os deuses, sendo a ideia de alma considerada coletiva e universal.
Destaca que a partir dos pensamentos filosóficos de Platão (427-347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.) é que se inicia a ideia de alma (individual) e sua relação com o corpo. Platão concebia a alma (imortal) separada do corpo, enquanto para Aristóteles uma não poderia ser dissociada da outra, sendo a alma mortal, considerando a psiquè como o princípio ativo da vida.
No entanto, é a partir do Cristianismo (II d. C) que a ideia de interioridade individualizada começa a surgir. Apresenta-se o homem “santo”, destacado na comunidade, que buscava a salvação tentando encontrar Deus dentro de si. A criação dos Estados modernos e a organização das cidades no final da Idade Média fizeram com que houvesse uma separação dos planos público e privado, gerando desta forma uma valorização da interioridade. Durante toda a Idade Média o Cristianismo dominou e monopolizou a política, a economia e o saber.
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