O NEUROPSICOLOGIA COMO ÁREA DE ATUAÇÃO
Por: Luciane Pereira • 10/10/2022 • Pesquisas Acadêmicas • 4.082 Palavras (17 Páginas) • 129 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Graduação em Psicologia
LUCIANE PEREIRA MAIA SILVEIRA – 201802349294
NEUROPSICOLOGIA COMO ÁREA DE ATUAÇÃO
PETRÓPOLIS
2022
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Graduação em Psicologia
LUCIANE PEREIRA MAIA SILVEIRA – 201802349294
NEUROPSICOLOGIA COMO ÁREA DE ATUAÇÃO
Trabalho apresentado à disciplina Seminários Avançados em Psicologia do Curso de Psicologia da Universidade Estácio de Sá.
Professor: Sergio Guimarães.
PETRÓPOLIS
2022
Sumário
1 INTRODUÇÃO 4
2 DESENVOLVIMENTO 4
3 CONCLUSÃO 12
4 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 13
1 INTRODUÇÃO
Este presente trabalho foi realizado a pedido do Professor Sergio Guimarães para a disciplina de Seminários Avançados do curso de Psicologia e tem por objetivo trazer para o âmbito acadêmico discussões sobre a atuação e as possibilidades da neuropsicologia., para isso, foi realizada uma entrevista com uma Psicóloga especializada na área, que esclareceu dúvidas acerca da prática de um neuropsicólogo, bem como suas características e particularidades. Também discorreu sobre as adversidades e desafios que os profissionais atuantes desse campo podem se deparar, além da vasta abrangência da neuropsicologia enquanto clínica.
Toda a entrevista foi fundamentada em textos encontrados no Google Acadêmico, onde seus temas relacionam e articulam-se com as pautas abordadas na entrevista.
2 DESENVOLVIMENTO
Nossa entrevistada é a psicóloga Sabrina Farrah Mussel, CRP 26/132-05, formada no ano de 1999, especializada na área de Neuropsicologia, onde trabalha com avaliação psicológica, além disso, também atua na área clínica com a abordagem da Terapia Cognitiva-Comportamental. A entrevista começa de forma interessante considerando que a entrevistada compartilha que a área que atua hoje foi uma construção de várias experiências que a própria começou a vivenciar ainda dentro da faculdade, através da realização de estágios na área psiquiátrica onde atou em uma clínica de paralisa cerebral e outros transtornos do neurodesenvolvimento, em um hospital psiquiátrico, na área escolar além disso teve experiencias diretamente com a área de recursos humanos. Mesmo já tendo contato com a neuropsicologia, Sabrina começou a atuar de forma mais ativa na área depois que o Hospital Psiquiátrico em que ela trabalhava fechou para reformas. É interessante pensarmos que antes da entrevistada ter uma carreira sólida e reconhecida em neuropsicologia, ela passou por vários caminhos e experiências diferentes, a carreira, o conhecimento e as habilidades dela hoje, foram um compilado de vivências diferentes e de jornadas se encerrando dando início a outras, trazendo-a para a neuropsicologia.
A primeira especialização em neuropsicologia da entrevistada foi iniciada em 2002 e finalizada em 2004, e depois que o Conselho Federal de Psicologia passou a regulamentar a especialidade da Neuropsicologia aos psicólogos pela resolução (02/2004), foi feita outra especialização. Sabrina aponta que o mais importante em quaisquer áreas da psicologia é estar sempre estudando e renovando seus conhecimentos e habilidades, afinal, tudo está em constante evolução. De acordo com Wajman:
O título de especialista em neuropsicologia é concedido exclusivamente ao psicólogo que possui experiência profissional constatada e declarada das seguintes formas: (a) por meio do tempo de atuação profissional (dois anos), (b) mediante verificação de experiência; curso de especialização reconhecido e/ou (c) prova-concurso para concessão de título. Adicionalmente, todos eles devem estar devidamente credenciados pelo conselho de classe e/ou Ministério da Educação e Cultura. A resolução do CFP, de número 013/2007, outorga o título de especialista em Neuropsicologia ao profissional da psicologia com reconhecida competência junto aos processos intrínsecos à prática da especialidade: avaliar, acompanhar, tratar e desenvolver pesquisa com enfoque na relação entre aspectos psíquicos e fundamentos neurobiológicos, primando por uma ciência baseada em evidências. (WAJMAN, 2021)
O objeto de estudo da psicologia também mudou conforme os anos, Costa et al. aponta que:
A neuropsicologia é a ciência que estuda a relação entre o cérebro e o comportamento humano (Luria, 1981). Talvez essa seja a definição mais explorada pela maioria dos autores e possivelmente a que mais represente o que vem a ser esse campo de estudo. Em seu surgimento os estudos eram focados nas consequências comportamentais causadas pelas lesões cerebrais específicas, entretanto, hoje a neuropsicologia busca investigar as funções cerebrais superiores inferidas a partir do comportamento cognitivo, sensorial, motor, emocional e social do sujeito (COSTA et al., 2004).
A entrevistada conta que hoje, sua área de atuação é mais focada em avaliações neuropsicológicas em crianças e adolescente. Apesar de atender adultos e idosos, a demanda é maior para a área infantil e juvenil, além disso, grande parte de seu trabalho também é focado na intervenção precoce em transtornos do neurodesenvolvimento.
A profissional relata que houve um significativo aumento na demanda clínica de famílias relatando suspeita de um possível diagnóstico no transtorno espectro autista (TEA), devido a atrasos na fala e atrasos na fala e interações sociais. No entanto, a entrevistada explica que existe muita confusão acerca do assunto, considerando que por conta da pandemia, muitas crianças estiveram com pouca interação social além da família, podendo causar um certo prejuízo nesse âmbito, principalmente em crianças em algum específico momento do desenvolvimento. Dessa forma, conforme o plano de intervenções baseados em uma bateria de testes específicos, os pacientes apresentam significativos avanços, descartando a possibilidade de autismo, mas Sabrina relata que isso não foi algo recorrente.
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