O PSICOPEDAGOGO E OS DESAFIOS DOS PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM

Para inicio de conversa quando temos um problema logo precisamos encontrar uma solução, algo precisa ser feito diante da avaliação da problemática, da sua queixa. Durante vários anos esses foram considerados como resultados de alterações patológicas, porem, independente do sujeito ter alguma deficiência sensorial, intelectual, nas condutas de auto-regulação e de interação social, pode apresentar: problemas, dificuldades, distúrbios ou transtornos de aprendizagem.

Essa concepção fez com que muitos aprendentes fossem ignorados, mal diagnosticados ou maltratados e rotulados como “hiperativos”. A princípio essas pessoas eram atendidas por médicos posteriormente por psicólogos e pedagogos que pudessem diagnosticar os déficits. O sujeito ficava subdividido em setores e não havia articulação entre o emocional, a cognição e o social.

Esses também eram rotulados como “criança, adolescente ou adulto que apresentam problemas...” e a escola e/ou sistema a que pertenciam, se eximiam de suas responsabilidades, propiciando fracasso. A partir daí a psicopedagogia veio como contribuição surgindo no Brasil desde os anos 70, mediante a necessidade de atendimento a crianças com distúrbios na aprendizagem e consideradas inaptas dentro do sistema educacional.

A psicopedagogia acredita que a aprendizagem se baseia no equilibrio das estruturas internas e externas do aprendente definindo a construção do conhecimento como fruto da história de cada um mediante as relações que se consegue estabelecer ao longo do tempo.

A partir disso, o trabalho do psicopedagogo tem, frente a queixa da escola e/ou familia, que investigar áreas de competências e dificuldades do aprendente e ainda deve-se levar em consideração que o processo da ação à construção do conhecimento é dinâmico e ocorre por abstrações reflexivas e que o afeto cumpre um papel determinante sendo motor da ação, bem como a construção e reconstrução do conhecimento.

O psicopedagogo tem que trabalhar com recursos que possibilitam entender as dificuldades no aprendizado e quais as possibilidades de mudança, valorizar o saber e estimular a expressão pessoal, o desejo de aprender e sua possibilidade de amadurecer, vencer situações e resolver problemas, saber que o aprendente tem ritmos diferentes, especialmente na área da atenção seletiva, saber avaliar e distinguir, respeitando os ritmos e o talento dos sujeitos, desenvolver a integração entre os ambientes escola/instituição e família, é envolver o aprendente no processo de ensino-aprendizagem para facilitar a assimilação de conhecimentos e por fim é incentivar a autonomia e saber que todos aprendem.