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O Papel Do Terapeuta Familiar

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Por:   •  16/10/2013  •  522 Palavras (3 Páginas)  •  724 Visualizações

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O Terapeuta Familiar

O terapeuta apresenta-se como ser humano, com suas experiências, histórias, preconceitos e consciência da sua auto-referência. Ou seja, o terapeuta é convidado a se apresentar com seu eu, seu contexto social, seus mitos, suas dores. Seus contextos familiares e ciclos da vida.

Coloca em um foco a reflexão á ética relacional, revisa suas histórias e seus modelos afetivos iniciais. Para que possa construir espaços reflexivos, ampliadores onde todos os envolvidos possam se expressar com respeito e reciprocidade.

O autor acredita que revisando as histórias em um contexto favorável, podemos transformá-las.

O terapeuta familiar é um profissional, que ao ser chamado para entrar na intimidade de uma família, ele precisa possuir recursos que suportem o impacto. Ou seja, ele tem que estar preparado para lidar com as dores, ansiedades, raivas e disputas. O terapeuta deve valorizar a voz de cada um, ampliando uma escuta respeitosa, colocar-se no lugar de colaborador e não de salvador.

Para que os terapeutas possam peregrinar por esse caminho, eles precisam ser cuidados, ser acolhidos e terem oportunidade de ressignificarem suas experiências. Construindo sentido para escolherem serem terapeutas. Pois corre o risco de “esgotamento”.

A proposta é que cada vez nós terapeutas nos apresentemos a nós mesmos, através da consciência da auto-referencia e de que toda distinção e escolha que fizermos seja fruto das ressonâncias acordadas em algum ponto de interseção com o outro, pertencentes a todos os envolvidos naquele encontro.

Convidando-os a partilhar em clima de solidariedade, as histórias que necessitam reescrever para dar continuidade á sua vida.

Histórias para cuidar do cuidador: Contos que procuram encontrar uma história alternativa.

A essência de minha postura como terapeuta e como formadora de terapeutas é a convicção de que o Self é seu principal instrumento de trabalho e os outros dois elementos que constituem o tripé são: O desenvolvimento dos recursos para construir um contexto colaborativo e flexível, para mobilizar a própria criatividade e a dos outros, e o aprofundamento da compreensão teórica que envolve seu campo de trabalho.

Então a conversação terapêutica é o encontro sagrado. Pois as pessoas chegam até nós com profundo sofrimento e compartilham suas historias.

O encontro das famílias com os terapeutas, sentados ao redor de um ponto de conversação funciona como um caldeirão de afeto, sendo aquecidos, às vezes fervidos, mas sempre em lugar assegurado e protegido.

Assim postula a impossibilidade de dissociamos quem somos, do que fazemos, e a construção do espaço reflexível dependerá da possibilidade do terapeuta convidar seus cliente a penetrar o espaço sagrado do existir consigo mesmo e com o outro.

Para eu, falar é uma forma de criar. Eu testemunho a criação deles mesmos, e isso é muito serio, muito solene, às vezes parece sagrado como alguém que é batizado.

Quando as pessoas falam e escutam suas palavras, ficam emocionadas, e eu tento dizer algo que mantenha esse momento, essa emoção aflorando.

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