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O Presente Trabalho Aborda a Relação do Filme "Meninos Não Choram"

Por:   •  2/12/2018  •  Ensaio  •  659 Palavras (3 Páginas)  •  293 Visualizações

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O presente trabalho aborda a relação do filme "Meninos Não Choram" com o texto "Teoria Queer - Uma Politica Pós-Identitária Para A Educação". O filme aborda a historia de Teena Brandon um jovem do interior do EUA, que esconde sua identificação como homem transexual, a ideia principal transmitida e a questão de sua identidade, que biologicamente pertencente ao gênero feminino, mas psiquicamente veio a se reconhecer ao gênero masculino, foge de sua cidade natal a fim de construir sua relação com a sociedade paralelamente a um romance com uma garota chamada Lana, como esse meio social se mostra extremamente hostil a comportamentos que escapam da norma, ao descobrirem que Brandon não é um homem CIS a estrupam e por fim acabam o assassinando brutalmente.

O texto abordado, Queer é tudo que o discurso da sociedade transforma em anormal, em estranho, em abjeto, em subalterno (Miskolci, 2012). São os gays afeminados, as lésbicas masculinizadas, as pessoas trans e travestis, as pessoas intersexo, e todos que estão na margem social. A Teoria Queer é então, uma linha de pensamento filosófico e sociológico surgida da aliança entre feministas e movimento LGBTQ. É uma teoria que ainda está em construção e que foi altamente influenciada pelo existencialismo de Beauvoir, pelo marxismo, pela psicanálise, pelos estudos pós-coloniais, e por Foucault. Postula contra a classificação e padronização das identidades, contra o assimilacionismo cultural, contra a cisnormatividade e heteronormatividade, contra o patriarcado, contra o (pink) capitalismo e contra o sistema binário de gênero/sexualidade. Não é como alguns pensam uma política identitária; é uma teoria crítica e pós-identitária orientada pela política das diferenças (e não da diversidade) e da subversão.

A filme meninos não choram está diretamente ligado a teoria queer, que fala justamente sobre as identidades de gêneros que são marginalizadas e consideradas "estranhas" pela sociedade, o que é o caso da personagem principal Teena, que não apenas vive o drama de possuir uma sexualidade tida como desviante, a lésbica (apesar de a mesma não se autodenominar assim), como também vive o drama de um sujeito onde o gênero está em constante disputa com o corpo sexuado. Um filme baseado em fatos reais dos anos 80, onde naquela época existia o regime militar (ditadura no Brasil) e os ataques contra os grupos, nos EUA e etc, onde os “anormais”, eram punidos, perseguidos, presos e oprimidos. Difícil era a resistência, a fim de se viver como cabiam, ao seu jeito de se ver, era impossível. Não muito diferente da sociedade atual, onde ainda existem muitos preconceitos com aqueles que são heteronormativos.

A ideologia de gênero dominante da masculidade patriarcal e centrada na estrutural oposição binaria de sexo e gênero: especificamente, masculino e feminino, masculinidade e feminilidade, heterossexualidade e homossexualidade. Estas “etiquetas” de divisão são usadas para excluir grupos de aceder plenamente o poder e os privilégios da elite hegemônica. O filme e centrado na subjetividade transgênero, posicionando o risco da violência enfrentada por pessoas trans como consequência das limitações ideológicas binários de gênero, ele explora a maneira como identidades fixas estão escritas nos corpos e subjetividades através de varias normas regulares.

A Teoria Queer defende a controvertida ideia que a orientação sexual e a identidade sexual ou de gênero são resultado de uma construção social. Por esse prisma, não existem papéis sexuais essencial ou biologicamente inscritos na natureza humana, como defendem biomédicos. O que existe, segundo a teoria, são formas socialmente variáveis de desempenhar um ou vários papéis sexuais. O que é o caso de Teena, uma "mulher" de acordo com a sociedade, mas de acordo com a teoria Queer, independente de ela ter nascido homem ou mulher, ela poderia desempenhar qualquer papel, independente de sua orientação sexual ou de sua forma anatômica. E assim acontece quando desconfiam de sua identidade é perseguida pelas pessoas afim de seu sexo biológico ser revelado e não aceitam, assim a denominam como um perigo ou até mesmo uma doença, a estrupam e por fim a matam quando a mesma denuncia o autor.

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