O Que é Sociologia

RESUMO – TEXTO 01

GIDDENS, Anthony. O que é Sociologia? In: Sociologia – 4ª Edição. Tradução Sandra Regina, Porto Alegre: Artmed, 2005, p. 24-36.

As mudanças que ocorrem nos dias de hoje em meio aos conflitos, tensões e divisões socais, nos transformam à medida que nos atacam destruindo o ambiente natural com a força expressiva do desenvolvimento do capitalismo moderno. No final das contas temos todos a possibilidade de controlar nosso destino.

Através do estudo da vida social humana, dos grupos e das sociedades, partindo de uma concepção da sociologia que nos permite assumir uma visão mais ampla sobre por que somos, como somos e por que agimos como agimos, o estudo da sociologia nos permite enxergar que certos “dados” de nossa vida são influenciados por fatos construídos histórica e socialmente, haja vista que seu objeto de estudo são os nossos próprios comportamentos como seres sociais.

Embora sejamos todos influenciados pelos contextos sociais onde nos encontramos, nenhum de nós é determinado totalmente por esses contextos em nosso comportamento. Nossas atividades estruturam o mundo social que nos rodeia e, ao mesmo tempo, são estruturadas por esse mundo social. O conceito de estrutura social é um conceito importante em sociologia. Ele se refere ao fato de que os contextos sociais de nossas vidas não consistem em variedades aleatórias de fatos ou atos; eles são estruturados, ou padronizados, de maneiras distintas. Existem regularidades na maneira como agimos e nas relações que temos uns com os outros.

As sociedades humanas estão sempre em processo de estruturação. A Revolução Francesa de 1789 foi o triunfo das ideias e dos valores seculares como liberdade e igualdade, com essa dinâmica forte se espalhando pelo globo e se tornando um artigo básico no mundo moderno. Já no final do século XVII veio a Revolução Industrial com um espectro de transformações sociais, econômicas e inovações tecnológicas, como a energia e a máquina a vapor. A sociologia por si só não é nada, ela teve que dar à mão a um indivíduo para poder seguir adiante.

Augusto Comte (1798-1857) foi o primeiro a contribuir para o surgimento da sociologia. Pois, ao entender a relação causal entre os eventos, possibilitou que os demais cientistas pudessem então “prever”, como os acontecimentos futuros ocorreriam.

Émile Durkheim (1858-1917) foi o segundo maior pioneiro a dá corpo a sociologia. No seu entendimento, para que se estudasse a sociologia, era necessário estudar “os fatos sociais como coisas!”. Ele admitia que os fatos sociais, por ser a maior preocupação intelectual na sociologia, são meios de agir, pensar ou sentir que são externos aos indivíduos e tem sua própria realidade fora das vidas e da percepção das pessoas individuais.

Karl Marx (1818-1883) foi o terceiro pioneiro mais influente na sociologia e teve ideias que contrastavam radicalmente as de Comte e Durkheim, buscando explicar as mudanças que estavam tendo lugar na sociedade durante a época da Revolução Industrial. Para Marx, há dois elementos chaves que fazem funcionar esse sistema, o capital e a mão-de-obra assalariada. Ele acreditava que a parcela menor detentora do capital denominava uma classe dominante em quanto a massa maior era uma classe operária. O ponto de vista de Marx mais fundado era chamado de concepção materialista da história. Os conflitos de classes proporcionam a motivação para o desenvolvimento histórico, e em suas palavras, Marx afirmou a seguinte frase: “Toda a história humana até aqui é a história das lutas de classe”.