O Relatório Estágio
Por: Caroline Vidal • 5/7/2022 • Trabalho acadêmico • 2.907 Palavras (12 Páginas) • 198 Visualizações
CAROLINE SOUTO DA SILVA VIDAL
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RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO
DE PSICOLOGIA
Relatório final referente estágio obrigatório em Psicologia, para conclusão do Curso de Psicologia da Universidade IBMR supervisão da Profa. Rita de Cássia Frechette Galvão Gonçalves CRP 05/18193
Apresentação Geral
Este relatório contém as informações do estágio realizado na Clínica de desenvolvimento infantil – Aprendendo a Brincar na Mesma Roda, sob a coordenação da fonoaudióloga Danielle Damasceno. Que possui atendimentos de Fonoaudiologia, Psicologia e Terapia Ocupacional. Para consecução e desenvolvimento do estágio no primeiro semestre, com o intuito de conhecer, investigar a dinâmica e estrutura da clínica, dos estagiários, dos atendimentos aos pacientes e coordenação/supervisão. A partir de observação e acompanhamento de consultas e das avaliações que são aplicadas pela equipe multidisciplinar. Através do modelo terapêutico usado DIR/FLOORTIME, que visa o desenvolvimento das crianças com alguma alteração no desenvolvimento da sociabilidade, como é o caso do autismo, respeitando as diferenças individuais e as suas relações interpessoais. O objetivo é ajudar essas crianças a utilizar suas capacidades levando em conta a etapa do desenvolvimento em que se encontram. E também como processam as informações que recebem do meio em que vivem. Por isso, visa na formação das competências sociais, emocionais e intelectuais.
SUMÁRIO
Apresentação Geral.............................................................. 02
1. RELATO DE INTERVENÇÃO.................................... 04
1.1 Dir/Floortime .................................................................05
1.2 Métodos e avaliação..........................................................07
1.3 Intervenções Realizadas..................................................13
Considerações finais .............................................................14
RELATO DE INTERVENÇÃO
1.1 DIR/FLOORTIME
O modelo DIR®/Floortime™ foi criado no final da década de 1980 por pesquisadores norte-americanos para ajudar as crianças a se desenvolver, principalmente as que estão no espectro do autismo. A sigla vem do inglês Developmental, Individual Difference, Relationship-based Model e significa “Desenvolvimento funcional emocional; diferenças individuais e de relacionamento”.
Por isso, esse modelo terapêutico visa o desenvolvimento das crianças com alguma alteração no desenvolvimento da sociabilidade, como é o caso do autismo, respeitando as diferenças individuais e as suas relações interpessoais.
O objetivo é ajudar essas crianças a utilizar suas capacidades levando em conta a etapa do desenvolvimento em que se encontram. E também como processam as informações que recebem do meio em que vivem. Por isso, visa na formação das competências sociais, emocionais e intelectuais. Esse método é uma terapia baseada em relacionamento para crianças com autismo. A intervenção é chamada Floortime porque os pais ou terapeutas se sentam no chão com a criança para brincar e interagir em seu nível, expandindo seus “círculos de comunicação”.
O método DIR®/Floortime™ foca na criança como um ser único e respeita a sua individualidade e limitações. É uma forma de sistematizar a brincadeira com a criança e proporcionar sua progressão sobre as etapas do desenvolvimento. Pode ser aplicada por profissionais de diferentes áreas como psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos e terapeutas ocupacionais. Mas, a participação da família é fundamental para ser efetiva.
Os terapeutas ensinam aos pais a direcionar seus filhos para interações cada vez mais complexas. O método não funciona isoladamente em habilidades de fala, motoras ou cognitivas. Ele foca no desenvolvimento emocional e incentiva as crianças a se esforçarem ao máximo.
O Floortime é uma das estratégias e significa “tempo de chão”, onde o terapeuta ou professor segue os interesses emocionais da criança e a desafia a estimular suas capacidades sociais, emocionais e intelectuais.
As sessões com o método incluem treinamento para pais e cuidadores, bem como interação com a criança. Mas, ocorrem em forma de brincadeiras para promover o desenvolvimento ou a aquisição das habilidades. A criança lidera a interação e o terapeuta segue seus interesses e motivações. A interação é muito importante nesse processo. O autista e o terapeuta estabelecem uma relação que estimula a comunicação, mesmo que a criança ainda não fale. Podem ser realizadas interações por meio da música, movimento, arte, jogos ou até mesmo diálogos.
A criança autista passa a se manter calma e regulada; interage com os outros de forma espontânea; pode iniciar uma comunicação empática e consegue resolver conflitos sociais. Além disso, passa a assimilar, regular, responder e compreender sensações como o som, toque, e o planejamento e sequenciamento de ações e ideias. E por fim, melhora os relacionamentos da criança com seus pais, professores, terapeutas e colegas. Aprende também a ter mais autonomia.
1.2. MÉTODO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Capacidades Funcionais de Desenvolvimento Emocional (FEDCS)
Seis capacidades básicas de desenvolvimento (também conhecidas como estágios, marcos ou níveis) estabelecem a base para todo o nosso aprendizado e desenvolvimento. Crianças sem necessidades especiais geralmente dominam essas habilidades com relativa facilidade. Crianças com desafios muitas vezes não, não necessariamente porque não podem, mas porque seus desafios biológicos tornam o domínio mais difícil. Ao compreender essas habilidades e os fatores que as influenciam, e trabalhando diretamente nelas, cuidadores, educadores e terapeutas podem muitas vezes ajudar até mesmo as crianças com o que se acredita serem distúrbios crônicos a dominar muitas delas. Experiências emocionais apropriadas durante cada uma das seis capacidades de desenvolvimento ajudam a desenvolver habilidades críticas cognitivas, sociais, emocionais, de linguagem e motoras, bem como um senso de si mesmo.
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