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O Silêncio no Contexto Psicanalítico

Por:   •  9/11/2020  •  Resenha  •  702 Palavras (3 Páginas)  •  196 Visualizações

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Resenha do Capítulo:

O Silêncio na Situação Psicanalítica

ZIMERMAN, David. O Silêncio na Situação Psicanalítica. Fundamentos da Teoria Psicanalítica.  Porto Alegre: Artmed, 2007.

Nome do AUTOR DA RESENHA

        O presente capítulo, retirado do livro Fundamentos da Teoria Psicanalítica, escrito por David E. Zimerman versa sobre o silêncio na situação psicanalítica, apresentando diversos exemplos do que pode se tratar esse silêncio, tanto em relação ao paciente, quanto ao analista e na relação analista-analisando, diferenciando-se de ideias tradicionais de diversos autores, que apontam o paciente silencioso apenas como alguém resistente ao processo de análise.

        O texto propõe, seguindo a ideia de outros autores contemporâneos, dissertar e argumentar os motivos pelos quais o silêncio do paciente não diz respeito apenas a uma função resistencial, mas sim como uma importante função de comunicação não verbal na interação entre analista-analisando. Portanto, o autor exibe, através de exemplos clínicos o aspecto da normalidade e da patologia do silêncio em três diferentes aspectos: no paciente, no  analista e na relação entre ambos.  

        A discussão inicia-se com o silêncio relacionado ao paciente e o esclarecimento e diferenciação dos termos silêncio e mutismo, sendo o silêncio algo possível de ocorrer em diversas situações, em graus e circunstâncias diferentes. Já o segundo trata-se de algo mais prolongado e com objetivos mais específicos. Em seguida, o autor apresenta três casos clínicos de forma bem breve, onde ocorreram diferentes tipos de silêncios, com diferentes sentidos e contextos associados. Por exemplo, em relação ao primeiro paciente, o tipo de silêncio teve um viés hostil e raivoso, pois a paciente sentiu uma indiferença do analista quanto a sua pessoa; no segundo caso, o paciente usou o seu silêncio apenas por necessidade de experimentar um período de silêncio junto com o analista; e no terceiro caso, a paciente precisava do silêncio para experienciar a paz que era estar ao lado de uma mãe amiga e compreensiva, agora representada pela figura do analista.

        O autor divide o silêncio em diversos tipos, sendo ele encarregado de transmitir diversas mensagens ao analista, dando significado ao próprio processo de análise. As formas de silêncio dividem-se em: Simbiótico, bloqueio, inibição fóbica, protesto, controle, desafio narcisista, negativismo, comunicação primitiva, regressivo e elaborativo. Cada um desses tecendo seus próprios sentidos, desafiando o analista a desenvolver contratransferências adequadas, de modo a não prolongar ou interromper os silêncios de forma a prejudicar o processo analítico.

        No que diz respeito ao silêncio do psicanalista, é difícil estabelecer regras concretas ou pressupostos gerais sobre a postura a ser adotada, pois depende muito do estilo de cada analista e suas motivações para se manter falante ou silencioso, sendo assim, os psicanalistas das diferentes escolas costumam adotar diferentes posturas, relacionadas as suas teorias e seus ideias, de modo a seguir suas hipóteses. Entretanto, é possível também que o próprio terapeuta silencie as vezes de forma patológica, devido a dificuldades com a contratransferência, ansiedade, entre outros.

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