O TECIDO E O TEAR
Por: Kharen991 • 6/6/2018 • Resenha • 807 Palavras (4 Páginas) • 936 Visualizações
TEXTO REFLEXIVO – O TECIDO E O TEAR
O vídeo “O Tecido e o Tear”, elaborado pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP-SP) relata a história da conquista pelos Direitos Humanos, uma conquista que ocorreu por meio de lutas e percalços por parte da população e dos profissionais que atuam no cuidado do ser humano.
No dia 10 de dezembro de 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou a Declaração dos Direitos Humanos, documento que delineia os direitos básicos do ser humano para uma vida digna e justa. Quando lemos a declaração, deparamo-nos com uma série de pressupostos que nos parecem até mesmo óbvio nos tempos de hoje, mas que resultam em uma longa jornada de lutas e acontecimentos históricos. A Declaração postula que tais direitos devem ser acessíveis a todo ser humano, conforme destacado em seu preâmbulo. Já no artigo 2, a Declaração atesta que não deverá fazer distinção de sexo, raça, nacionalidade,
Este foi um passo de grande importância para a busca de um tratamento mais justo a todas as pessoas, mas principalmente, a grupos que tiveram sua liberdade e dignidade cerceada ou ferida ao longo da história da humanidade. O vídeo supracitado disserta sobre a crueldade do ser humano, que pode infligir sofrimento aos seus próprios iguais, e que um indivíduo que integra a sociedade pode optar por integrar a “trama” que forma os Direitos Humanos, agindo com fraternidade e empatia com o próximo.
O vídeo também aborda momentos históricos como o da Ditadura Militar que ocorreu no Brasil na década de 1960, postulando que a luta pela memória dos presos políticos é importante para a construção de uma democracia. Esta luta se apoia no artigo 5 da Declaração, que postula que nenhum ser humano deve ser submetido à tortura, ou a penas e tratamentos cruéis, situações que ocorreram no período da Ditadura no Brasil, bem como em guerras e outras ditaduras ao redor do mundo.
Outro ponto importante levantado no vídeo é sobre a prática de violência, seja por outros indivíduos ou por órgãos como o Estado. Este ponto está reforçado pelo artigo 3 da Declaração, que pressupõe o direito à vida, a liberdade e a segurança pessoal. Cabe ao Estado punir atos de violência e agir de modo a proteger os cidadãos de ameaças a sua integridade física, mental e moral.
No que tange o papel dos cidadãos na manutenção dos Direitos Humanos, este se dá por meio de denúncias de situações que violem os mesmos, bem como a possibilidade de se engajar em organizações que prezem pela manutenção destes Direitos. A sociedade é parte integrante da trama de fios que constituem a rede maleável de manutenção e promoção dos Direitos Humanos, sendo um papel de todos defende-los e exercê-los. Também devem cobrar a aplicação destes Direitos por parte das autoridades, e o respeito aos artigos da Declaração.
O psicólogo, por ser um profissional que trata diretamente do ser humano, tem como papel exercer práticas que favoreçam a dignidade e respeito aos indivíduos. Estes profissionais podem colaborar na diminuição e eliminação de práticas violentas, coercitivas e que possam causar danos ao homem.
Autor (data), em seu texto “Sobre os fundamentos do direito dos homens” disserta sobre as dificuldades de definir um fundamento absoluto para o direito dos homens. O autor explana sobre as modificações sociais e históricas que dão margem a tantas variáveis, que torna-se complexo estabelecer somente um fundamento para tais direitos. Ele coloca que a tarefa atual é de proteger os direitos humanos, e também de buscar fundamentos possíveis, e não absolutos, para a compreensão dos direitos do homem. São plausíveis as postulações do autor se considerarmos as mudanças culturais, políticas e sociais que vivenciamos impossibilitariam o estabelecimento de um fundamento absoluto, que sobrepujasse todas estas variáveis e ainda assim conseguisse abranger as diferentes necessidades da população.
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