O Trabalho de Habituação

Contexto teórico de Habituação

O comportamento de um animal que está sendo submetido a uma estimulação monótona (isto é, a um estímulo que se repete a intervalos regulares ou que é apresentado continuamente) não permanece o mesmo ao longo da estimulação; em geral, as respostas eliciadas no fim do treino com a estimulação são mais fracas do que aquelas eliciadas no início. Existem diversos fatores ou processos aos quais se poderia atribuir esse decréscimo de responsividade; tais processos poderiam estar localizados a níveis mais periféricos, como os processos de adaptação sensorial e os processos de fadiga muscular, ou ao nível do Sistema Nervoso Central (SNC).

Primeiro Ensaio: Foi colocado o som próximo ao animal. Levantou-se imediatamente, abriu os olhos, mexeu as orelhas.

Segundo Ensaio: Ação repetida após dez min. Levantou a cabeça, abriu os olhos, mexeu as orelhas, porém permaneceu com o corpo deitado.

Terceiro Ensaio: Ação repetida após dez min. Abriu os olhos e mexeu a orelha. Permaneceu deitada.

Quarto Ensaio: Ação repetida após dez min. Abriu os olhos, fechando-os rapidamente. Permaneceu deitada.

Quinto Ensaio: Ação repetida após dez min. Mexeu a orelha somente.

Sexto Ensaio: Ação repetida após dez min. O estímulo foi ignorado completamente. O animal continuou dormindo.

Foi utilizado um estímulo sonoro para o processo de habituação realizado com um animal de espécie felina, um gato do sexo feminino. O experimento ocorreu no total de uma hora, com intervalos de dez minutos a cada intervenção com o estímulo sonoro. O objetivo do trabalho foi de submeter o animal à experiência de adaptação a um estímulo sonoro repetitivo em um nível elevado, para que pudesse ser observado este processo de habituação no animal. Foi observado seu efeito diminuir gradualmente no animal. Conclui-se que ocorreu ali uma aprendizagem por habituação.