O conceito de Psicopatologia
Trabalho acadêmico: O conceito de Psicopatologia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: emersoninfraero • 4/9/2014 • Trabalho acadêmico • 2.178 Palavras (9 Páginas) • 556 Visualizações
PSICOPATOLOGIAS
Psicopatologia é uma área do conhecimento que objetiva estudar os estados psíquicos relacionados ao sofrimento mental. Inclui-se no estudo da psicopatologia a descrição de sinais, fazendo parte dos resultados do Exame de Estado Mental. Tem por finalidade diagnosticar problemas de saúde mental, que possam vim a afetar vítimas e delinquentes. É recomendado que um especialista em saúde apto, seja indicado para examinar as condições físicas, fisiológicas e psíquicas do indivíduo, sendo inviável ao profissional de direito qualquer diagnóstico, por este não ter tal conhecimento e estudo, cabendo este exclusivo ao médico. Todavia, conhecer os sinais ajudaria a este profissional do direito a adquirir linhas de ação para aquele que ele observa, pois a este observador lhe cabe orientar o encaminhamento. Desconhecê-lo pode vir a ser danoso, como não raro são os muitos casos de suicídio, decorrente de uma possível depressão, porque familiares, amigos, superiores desconheciam tais sinais.
A seguir alguns destes sinais.
Transtorno obsessivo-compulsivo
São pensamentos, idéias e imagens que invadem o indivíduo sem que ele queira, pode ser decorrente de um momento de estresse e fica insistindo dentro da cabeça, e quem sofre deste transtorno acredita que para se livrar deste mal por um determinado tempo, o único jeito é realizar um tipo de ritual, criado por ele mesmo, para aliviar a ansiedade, e acredita que, se deixar de cumprir esse ritual, algo terrível pode acontecer-lhe. São exemplos de alguns rituais: muita limpeza, checagem ou conferência, contagem, organização, simetria, colecionismo.
Obsessão é a insistência de um pensamento e/ou sentimento irresistível, sempre associado à ansiedade, que não pode ser eliminado da consciência pelo esforço da lógica. Compulsão é o comportamento ritualístico de repetir procedimento estereotipado, com o objetivo de prevenir um evento improvável. São comuns entre pessoas que sofreram algum tipo de atos de violência, e a figura do trauma persegue, repetindo o calvário em pensamento, então o psiquismo desloca essa imagem para um ritual, na forma de mecanismo de defesa, não conseguindo o indivíduo afastá-los, porque são involuntários, ainda que repugnantes e dolorosos.
Transtorno do estresse pós-traumático
É uma pertubação psicológica que ocorre em resposta a uma situação ou evento de curta ou longa duração (situação estressante), de natureza ameaçadora ou desastrosa. Várias de suas consequências nem sempre são atribuídas ao trauma, pois muitas vezes essas pessoas o escondem, por ignorância ou vergonha, porque surgem na forma de uma resposta tardia ao evento, como tais: súbita paralisação das atividades: a pessoa sofre uma agressão e ano depois se manifesta medos de sair desacompanhada; Alterações comportamentais: a pessoa deixa de ter vida social, ir a festas, restaurantes; Comprometimento financeiro: o tratamento de recuperação prolonga-se além do previsto, dificultando sua readaptação ao trabalho, e a demora lhe custa a consumação de toda sua reserva econômica; Permanência de sinais físicos: uma situação que ocasiona algum tipo de sinal físico e este é revivido sempre que a pessoa se olha no espelho, assim estimulando sua memória; Dificuldade de reiniciar a prática de suas tarefas: decorrentes de emoções fortes ou provocadas por colegas de trabalho e/ou clientes; Incapacidade de realizar algumas tarefas: se dá pela limitação de reações e sensações de estímulos relacionados a perigo, risco de vida e outros.
Entre as piores formas de agressão sexual sofrida pela mulher está o estupro, causando danos psiquícos como a depressão, tendências suicidas, bulimia, anorexia nervosas, além das consequências orgânicas, como doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. Este trauma causa redução ou perda de autoeficácia, modificação de autopercepção, transformação da percepção do mundo, comportamento de fuga, de evitação, agressividade, redução de interação social, transtornos mentais como ansiedade e depressão. Quando estes traumas são sofridos por crianças e adolescentes, suas consequências podem vir a ser devastadoras, requerendo intervenção de profissionais altamente qualificados, sendo às vezes impedidas por ordem econômicas.
Transtornos dissociativos
Dá-se com a perda total da integração normal entre memórias do passado, consciência de identidade, sensações imediatas e controle de movimentos corporais. Sua origem pode ser efeito de eventos traumáticos, problemas insolúveis ou relacionamentos perturbados, o organismo falha ao tentar integrar vários aspectos de identidade, memória e consciência. O início e o término do estado dissociativo é conhecido como súbito, levando a hipótese de que se uma pessoa possa possa ter cometido um delito neste estado, não se recorda da ação quando volta a condição de normalidade. Este transtorno inclui amnésia dissociativa, que é perda da memória, geralmente de eventos recentes; fuga dissociativa, quando a pessoa parte para longe de casa ou do trabalho, apresentanto aspéctos da amnésia dissociativa, mantendo os cuidados pessoais; transtornos de transe ou possessão, quando a pessoa age como se estivesse possuído por um espírito ou divindade e serem percebidos como involuntários e indesejados; transtorno de personalidade múltipla, onde a pessoa aparenta duas ou mais personalidades diferentes, cada uma com suas memórias, comportamentos, surgindo em situações de grande exigência emocional, prevalecendo a identidade primária, com o nome e identidade correto.
Recomenda-se cuidados no diagnóstico do transtorno dissociativo, devido a possível simulação do indivíduo no caso de uma possibilidade no acobertamento de ações criminosas, pois este pode alegar não se lembrar do que fez ou não saber o o que acontecia com ele naquele momento.
Psicose puerpural
Provocada pelo parto, é bem parecida com a psicose, associa o desequilíbrio emocional cultivado por suas emoções negativas relacionadas com o bebê. São alguns de seus sintomas: os delírios e depressões graves, o que representa perigo real, pois a mãe sente uma imensa vontade de machucar o bebê recém-nascido, e essa vontade está associada a sentimentos conflitantes da mulher sobre sua experiência de vir a ser mãe. Do ponto de vista da prática do delito, há grande possibilidade de ocorrer alucinações auditivas, que são vozes mandando à mulher que esta mate o bebê. Ocorrendo a psicose
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