O espaço social das palavras e a complexidade do campo político
Seminário: O espaço social das palavras e a complexidade do campo político. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: aziznascif • 24/9/2014 • Seminário • 817 Palavras (4 Páginas) • 205 Visualizações
Caso Concreto 1:
Tema: Espaço social da palavra e complexidade do campo político
Leia, atentamente, a palestra “O papel da universidade na sociedade brasileira: educação e pesquisa no ensino superior” de Sidnei
Ferreira de Vares, e responda:
1) Qual o espaço social da palavra política ele se refere?
2) A qual tipo de discurso político ele se refere? Justifique as suas respostas.
Inicialmente, bom dia a todos. Gostaria de agradecer imensamente a presença de vocês e agradecer também ao convite que me foi feito
pelo CIEE. Acredito que esse tipo de encontro, que, aliás, o Centro de Integração Empresa Escola sempre se esforça para realizar,
contribua no sentido de uma discussão séria acerca dos problemas sociais e educativos que marcam a sociedade brasileira. Este esforço,
portanto, não pode passar em claro. Bem, o objetivo do encontro desta manhã é discutir o papel da universidade na sociedade brasileira,
como o próprio título da palestra apresenta sem muitos rodeios. Esse não é, efetivamente, um tema simples, pelo menos não para
alguém que há alguns anos vivencia o dilema das universidades brasileiras de perto, sobretudo no que se refere ao Ensino Superior
Privado. Sou professor universitário há 10 anos e muito cedo iniciei na profissão. Disso, certamente, decorrem algumas observações
críticas em relação à maneira como o ensino superior se desenvolveu no Brasil, e também à maneira como atualmente está estruturado.
Minha proposta aqui é discutir o papel da universidade a partir de uma suspeita, reforçada ao longo de minha atuação como docente, a
saber, a de que a universidade brasileira não cumpre o objetivo que deveria cumprir. Os motivos para essa “falta” são variados, mas,
apontarei pelo menos três deles, a saber, (a) o desenvolvimento histórico e social da universidade no Brasil; (b) certa tendência
antropofágica inerente à cultura brasileira (para me utilizar da expressão modernista), que geralmente retraduz elementos importados a
sua maneira, mas que nunca são totalmente incorporados; (c) por fim, gostaria de ressaltar certa visão mercadológica, que invadiu o
espaço universitário nas últimas décadas, e que acarretou uma série de problemas de ordem prática e ética.
Comecemos, portanto, com a análise histórica do desenvolvimento da universidade brasileira. Antes, porém, gostaria de me deter um
pouco no surgimento da universidade, para depois falar de seu amadurecimento no Brasil. As primeiras universidades que se têm notícia
surgiram no continente europeu entre os séculos XI e XII. Alguns estudiosos apontam a universidade de Bolonha como a primeira, e
outros a de Paris. Esse é uma discussão vazia. O importante é saber que datam desse período. A maneira como surgem também não
deixa de ser interessante. Algumas resultam de editos reais, outras de editos papais e há ainda aquelas derivam da reunião de
professores, geralmente de escolas catedráticas, e que decidem fundar uma universidade.
Naquela ocasião a universidade atende um número muito restrito de alunos, quase sempre derivados da elite da época, isto é, da
nobreza ou da burguesia que começava a se constituir. Ademais, sua estrutura física tinha pouco a ver com as universidades atuais. As
aulas não eram realizadas necessariamente numa sala e a relação entre professor e alunos era certamente mais orgânica. O papel da
universidade
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