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O processo de formação da personalidade

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Por:   •  12/9/2014  •  Artigo  •  1.047 Palavras (5 Páginas)  •  344 Visualizações

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Personalidade

“A nossa personalidade deve ser indevassável, mesmo por nós próprios: daí o nosso dever de sonharmos sempre, e incluirmo-nos nos nossos sonhos, para que nos não seja possível ter opiniões a nosso respeito”

Fernando Pessoa

O termo personalidade refere-se a qualidades únicas e duradouras do indivíduo, dos seus sentimentos, dos seus objectivos e define padrões de comportamento. Determina a sua individualidade pessoal, distinguindo-o das restantes pessoas. Trata-se da organização interna dos sistemas psicológicos do indivíduo que determinam o seu ajuste individual ao ambiente. Dito de outro modo, toda a gente tende a confrontar-se com situações stressantes com um estilo individual, mas repetitivo. Por exemplo, algumas pessoas tendem a responder sempre a uma situação problemática procurando a ajuda de outros. Outras assumem sempre que podem lidar com os problemas por si próprias. Algumas pessoas minimizam os problemas, outras exageram-nos. Ainda que as pessoas tendam a responder sempre do mesmo modo a uma situação difícil, a maioria é propensa a tentar outro caminho se a primeira resposta for ineficaz, quando isso não acontece podemos estar perante uma perturbação da personalidade.

O termo deriva do latim persona, com significado de máscara, designava a “personagem” representada pelos actores teatrais no palco. A personalidade permite que nos reconheçamos e sejamos reconhecidos mesmo quando, ao desempenhar os vários papéis sociais, usamos diferentes máscaras.

A formação da personalidade é processo gradual, complexo e único a cada indivíduo. A personalidade é uma construção pessoal que decorre ao longo da nossa vida. A personalidade não se pode isolar de aspectos pessoais como a dimensão fisiológica, emocional, intelectual, sociomoral, não sendo também independente da consciência e da representação de si, que cada um tem, nem da sua auto-estima.

TIPOS PSICOLÓGICOS DE JUNG

Elvina Maciel Lessa

Jung escreveu em 1921 o importante livro "Tipos Psicológicos", que na época foi fruto de mais de 20 anos de observação e de exercício da Medicina Psiquiátrica e da Psicologia Prática. Jung demonstrou que as pessoas têm diferentes características comportamentais, habilidades, aptidões, atitudes e motivações que vão caracterizar os TIPOS PSICOLÓGICOS. O modo preferencial de uma pessoa reagir ao mundo deve-se dentre outras, a herança genética, as influências familiares e as experiências que o indivíduo teve ao longo de sua vida.

Jung distinguiu duas formas de atitudes: a pessoa que prefere focar a sua atenção no mundo externo de fatos e pessoas (extroversão), e/ou no mundo interno de representações e impressões psíquicas (introversão).

Na extroversão, a energia da pessoa flui de maneira natural para o mundo externo, em que se observa: impulsividade , sociabilidade, expansividade e facilidade de expressão oral.

Na introversão, o indivíduo direciona a atenção para o seu mundo interno em que se observa: a postura reservada, a retenção das emoções e facilidade de expressão no campo da escrita.

As funções psíquicas

Além dos dois tipos de atitude, Jung verificou que havia uma diferença entre as pessoas de um mesmo grupo, ou seja, um introvertido poderia diferir muito de outro introvertido.

Para Jung, essas diferenças entre os indivíduos eram causadas pelas funções e ou processos mentais preferencialmente utilizadas pela pessoa para se relacionar com o mundo externo ou interno. As funções psíquicas juntamente com as atitudes de introversão e extroversão, representarão os TIPOS PSICOLÓGICOS.

Jung distinguiu quatro funções psíquicas: Sensação, Intuição, Pensamento e Sentimento. Existem duas maneiras através das quais percebemos as coisas - Sensação e Intuição - e existem outras duas, que usamos para julgarmos os fatos - Pensamento e Sentimento.

Pessoas do tipo sensação dão atenção ao presente e, portanto, tendem a ter os "pés no chão". Essas pessoas têm enfoque no real e no concreto, costumam ser práticas, realistas e voltadas para o "aqui - agora". Preocupam-se mais em manter as coisas funcionando do que em criar novos caminhos.

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