O processo interventivo propõe a pratica do psicólogo
Por: A Daiana • 4/6/2022 • Trabalho acadêmico • 1.474 Palavras (6 Páginas) • 86 Visualizações
O processo interventivo propõe a prática do psicólogo, uma contribuição mais efetiva durante as tarefas de psicodiagnóstico. Se antes psicólogo se colocava numa condição de apenas observador do sujeito, atentando-se apenas as respostas dados aos estímulos apresentados, o método propõe uma construção e trabalho interventivo em conjunto com os pais.
Os próprios profissional apontam a necessidade e o efeito da prática de intervenção durante o trabalho com os pais e a criança. As devolutivas parciais e a possibilidade de acompanhar e de construir um novo significado junto a família e o sujeito. Dando aos pais possibilidade de uma participação ativa, na construção do processo. Inclusive, porque, este será um dos principais responsáveis para continuidade do processo.
Pois são os pais que arcam com a disponibilidade de tempo, de gasto com investimento na sessão seja com custo do profissional ou com custos de transporte, enfim, embora seja a criança a necessitar do atendimento psicológico, torna-se fundamentalmente importante despertar nos pais, o interesse e a compreensão da importância de envolvimento em tal processo.
Psicodiagnóstico como prática colaborativa
Considera-se importante uma prática em que o psicólogo não mais se coloca numa posição verticalizada, como o detentor do saber. Mas, sim como colaborador, mediando a participação de pais e filho, dialogando sobre informações, explicações, contexto, fantasias e expectativas trazidas a toda pela família. Proporcionando uma participação mais ativa e colaborativa entre pais-filho-psicólogo.
Psicodiagnóstico como prática compartilhada
Na perspectiva da prática fenomenológica, compreende-se que o individuo como capaz de compreender e responsabilizar-se por suas escolhas. Por isso, faz-se importante que o psicólogo compartilhe suas percepções e experiencias, para que possibilite ao mesmo uma nova compreensão, um novo sentido que contribua para diminuir o sofrimento psíquico da criança e da família. Tornando a prática conjunta, compartilhada e colaborativa.
Psicodiagnóstico como prática de compreensão das vivencias
Tal prática fenomenológica propõe compreender e priorizar o sentido dado pelo cliente, não resumindo-se apenas as explicações teóricas.
Aqui valoriza-se o conhecimento trazido pelo cliente. Entendendo que o mesmo de alguma forma conhece a si mesmo, suas limitações e amplitudes, e tal prática visa dar alcance e visibilidade ao profissional destas questões do sujeito, a fim de potencializar sua participação e cooperação no processo, e que este não discorra apenas fundamentado em bases teóricas.
Torna-se importante que o profissional possa se identificar com a experiencia do outro, naufragar no mundo e na trama de sentidos do paciente, ao passo que possa emergir a superfície e lhe seja possível refletir sobre a situação.
O psicodiagnóstico interventivo como prática descritiva
O objetivo da prática interventiva visa descrever sobre um recorte da vida do indivíduo, considerando o momento, o contexto, e espaço, considerando seus significados e modo de estar no mundo.
O psicodiagnóstico interventivo e o papel do psicólogo e dos clientes
Nesta perspectiva o cliente ganha um papel importante durante o processo, uma papel ativo e colaborativo, sendo importante a valorização do psicólogo na participação do sujeito. Neste processo de compartilhamento de saberes, cria-se um campo compartilhado de experiencia o que propicia ao cliente trazer as mais diversas questões ao profissional, e desenvolve-se um campo de abertura para que o psicólogo traga questões e aspectos ao paciente. Criando um campo de engajamento mútuo.
As etapas
- Entrevista inicial
Além da escuta ininterrupta da queixa trazidas pelos pais, faz-se importante considerar e observar as angústias, fantasias e medos que demostram sobre si, a criança e o modo de vida no geral. Clarificar e garantir que o paciente compreendeu como se dará o processo, as etapas, tempo aproximado, e principalmente a importância da participação ativa dos pais, explicitando o trabalho conjunto .
- História de vida da criança
Sugere dois possíveis formatos da prática de anamnese. Um deles, os pais podem levar o questionário para casa, trazendo na próxima sessão. O psicólogo entenderá como se deu o preenchimento de tal questionário, se houve participais de outros familiares, se foi realizado em conjunto pelo pai e a mãe, ou somente um dos dois, e exigiu um exercício de lembrar antes da conceção da criança ou até mesmo se foi realizada alguma atividade de lembrança junto com o filho do processo e respostas das perguntas.
Para Ancona, a possibilidade de realizar os questionamentos presencialmente, de forma aberta, e explorar apreendendo as concepções, expectativas e anseios do casal, pode tornar enriquecedor a dimensão e compreensão do psicólogo sobre a construção de crenças, valores e a dimensão cognitiva dos pais em relação a problemática apresentada.
- Contato inicial com a criança
No contato inicial, torna-se importante que a criança saída por que esta sendo envolvida neste processo. Qual propósito deste encontro, o que será realizado e qual o objetivo. Explicando numa linguagem de entendimento possível a criança, o papel do psicólogo, porque a criança foi trazida pelos pais, trazer a mesma com o que seus pais se preocupam, e principalmente compreender a compreensão da criança sobre tal situação. Se ela entende o que um psicólogo faz, como ele pode ajudar, o que a família pensa e sente, como ela vê e sente tal situação. Observando, compreendendo e adaptando-se a disponibilidade afetiva e emocional da criança para participação em tal intervenção.
A sessão com a criança também é seguida por uma tarefa e a utilização de uma caixa lúdica com diversos itens e brinquedos, que proporcionam ao psicólogo observar e compreender como a criança apreende suas relações com os pais, o mundo interno e externo, seus anseios, suas expressões de ansiedade, agressividade, criatividade, sendo possível compreender a logica da sua realidade. Sempre conversando e devolvendo a criança as percepções e observações de cada sessão, usando metáforas das situações vividas.
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