OS PRIMEIROS LAÇOS DE APROXIMAÇÃO
Por: karolynneN • 28/11/2017 • Resenha • 942 Palavras (4 Páginas) • 278 Visualizações
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Disciplina: Processos Psicológicos na Infância
Semestre: 2017.2 Turma 217
Professora Responsável: Dr. Marina Menezes
Nome do (a) Aluno (a): Karolynne Nogueira da Silva Data: 26/09/2017
MANUSCRITO SOBRE O ARTIGO “MÃE E FILHO: OS PRIMEIROS LAÇOS DE APROXIMAÇÃO”
O presente manuscrito se dará baseando-se no artigo “MÃE E FILHO: OS PRIMEIROS LAÇOS DE APROXIMAÇÃO”, que tem como base a teórica a Teoria do Apego. A pesquisa usou uma abordagem qualitativa, realizada no Centro Obstétrico do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, os dados foram coletados pela observação participante e entrevista semiestruturada com 11 mulheres e seus filhos.
Os autores investigaram os primeiros sinais de laços afetivos estabelecidos na relação mãe-filho, elevando-se cinco categorias principais: a) Sentimentos na hora da expulsão: a espera pelo choro do bebê; b) O recebimento do filho; c) Sentimentos quanto às respostas do filho à aproximação; d) A primeira separação; e e) Sentimentos sobre o
acompanhante nas primeiras relações com o filho.
O autor John Bowlby enfatiza em seu livro Apego, a natureza do vínculo, volume I, o primeiro relacionamento entre a mãe e o bebê através do comportamento de apego, onde é mostrada a importância desse primeiro contato. O comportamento de apego confere uma nova dimensão para a compreensão da natureza e origem dos vínculos afetivos, como eles interferem e tendem a durar por grande parte do ciclo da vida.
Os comportamentos de apego se referem a um conjunto de condutas inatas exibidas pelo bebê, que promove a manutenção ou o estabelecimento da proximidade com sua principal figura provedora de cuidados, a mãe, na maioria das vezes. O repertório comportamental do comportamento de apego inclui chorar, fazer contato visual, agarrar-se, aconchegar-se e sorri. (Bowlby, 1990).
Assim, comportamento de apego é definido como: Qualquer forma de comportamento que resulta em uma pessoa alcançar e manter proximidade com algum outro indivíduo, considerada mais apta para lidar com o mundo (Bowlby, p. 38).
Nesse sentido, o tipo de experiência que uma pessoa vivencia, especialmente durante a infância, tem uma grande influência sobre o fato de ela esperar, ou não, encontrar mais tarde uma base pessoal segura, e também sobre o grau de competência que possui para iniciar e manter relações mutuamente gratificantes, quando a oportunidade se oferecer. Em virtude dessas interações, seja qual for o primeiro padrão a se estabelecer (seguro, inseguro-ansioso, inseguro-ambivalente), é esse que tende a persistir. (Chalhub; Rodrigues, 2009)
Comportamentos de apego são, basicamente, elucidados quando o indivíduo necessita de cuidado, apoio ou conforto. Um bebê encontra-se em um estado de necessidade em boa parte do tempo. Uma criança mais velha, ou um adulto, irá, provavelmente, evidenciar comportamentos de apego apenas quando assustado, cansado ou em situação de estresse. É o padrão desses comportamentos, e não sua frequência, que nos revela algo acerca da força ou qualidade do apego ou vínculo afetivo (BEE, 1997).
O processo de apego é uma via de mão dupla. Tanto o bebê quanto o genitor desenvolvem vínculos recíprocos, e é importante compreendermos ambos os processos.
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