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Os Estereótipos Sociais

Por:   •  7/3/2018  •  Projeto de pesquisa  •  2.936 Palavras (12 Páginas)  •  304 Visualizações

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  • Introdução

Os estereótipos sociais continuam sendo um tema complexo para a Psicologia Social, e, particularmente para os psicólogos investigadores que se dedicam ao estudo sobre as funções, estrutura e modos de formação dos estereótipos.

Os estereótipos eram vistos como uma forma inferior de pensamento, para os primeiros psicólogos tratava-se de projecções de fantasias indesejáveis ou deslocamentos de tendências agressivas para os membros de outros grupos, ou de subprodutos de certos síndromes de personalidade associados ao racismo, ao autoritarismo, ou à Xenofobia.

Com o tema pretendemos alcançar os seguintes objectivos:

Objectivo geral

  • Compreender os processos cognitivos e estereótipo.

Objectivos específicos

  • Definir o conceito estereótipos;
  • Explicar a formação de estereótipos;
  • Apresentar a perspectiva cognitiva no estudo dos estereótipos;
  • Mencionar os factores que determinam a inclusão de uma pessoa num estereótipo;
  • Dissertar a categorização social;
  • Analisar percepções de variabilidade e identificação social;
  • Falar de estereótipos, percepções de homogeneidade e julgamentos avaliativos.

Para elaboração do presente trabalho o grupo recorreu à recisão da literatura e sessões de discussão intragrupal.

O trabalho apresenta-se estruturado da seguinte maneira:

  • Definição do conceito de estereótipos;
  • Formação de estereótipos;
  • Perspectiva cognitiva no estudo dos estereótipos;
  • Factores que determinam a inclusão de uma pessoa num estereótipo;
  • Categorização social;
  • Percepções de variabilidade e identificação social;
  • Estereótipos, percepções de homogeneidade e julgamentos avaliativos.

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  • Definição do conceito de estereótipos

Os estereótipos são estruturas cognitivas que contêm os nossos conhecimentos e expectativas, e que determinam os nosso julgamentos e avaliações, acerca de grupos humanos e dos seus membros (Hamilton & Trolier, 1986). Estes julgamentos e avaliações estão geralmente associados a características como a < >, o género, a aparência física, a origem geográfica ou social, ou algum aspecto associado, por exemplo, à identidade religiosa, política, étnica, sexual, de alguém (Miller, 1982).

Formação de estereótipos

Para a formação dos estereótipos, primeiro organiza-se a informação sobre o grupo ou pessoa no que diz respeito a características ou atributos gerais do grupo. Entretanto, se a informação tiver sido processada de forma estereotipada o julgamento do grupo dependerá sobre tudo, da frequência de apresentação de um traço ao sujeito ( Vala  e  Monteiro, 1993).

Depois de percepcionarmos um indivíduo, formamos uma impressão que irá ser caracterizada, ou seja, vamos associar as características do indivíduo percepcionado a características de grupos sociais.

Os estereótipos são formados a partir de uma impressão que é organizada e que fazem criar falsas expectativas relativamente a determinada pessoa. Atribuímos características de grupos sociais e indivíduos que criamos espectativas relativamente as atitudes dos outros.

Esquema de formação de Estereótipos:

                        

  • Perspectiva cognitiva no estudo dos estereótipos

De acordo com Vala e Monteiro (1922) citando Lippman (1992) é considerado como o inimigo da concepção contemporânea dos estereótipos e das suas funções psicossociais, ele afirma que, no quotidiano, não reagimos directamente as pessoas e os acontecimentos tal como nos apresentam, mas sim nas representações simplificadas da realidade. Os estereótipos, que Lippman definia como fotografias dentro das nossas cabeças, resultariam dessa simplificação da realidade. As ideias de Lippman eram inovadoras, numa época em que os estereótipos eram vistos como uma forma inferior do pensamento, para os primeiros psicólogos tratava-se de projecções de fantasias indesejáveis ou deslocamentos de tendências agressivas para os membros de outros grupos, ou de subprodutos de certas síndromes e personalidade associadas ao racismo ao autoritarismo, ou xenofobia.

Retomando a perspectiva de Lippman, Allport (1954) reagiu a esta visão sociopatológica, afirmando que os estereótipos são um processo não apenas normal como também necessário. Como todas as categorias cognitivas, de pessoas baseando-se inicialmente numa correspondência entre etiquetas psicológicas (exemplo: branco negro e homens mulheres) e indícios percentualmente salientes (por exemplo, a pigmentação, o modo de vestir, etc). No entanto, os indícios estereótipos de tipo perceptivo associam-se a outros marcados por valores sociais (por exemplo, preguiçoso, agressivo, hospitaleiro, etc) acabando por tornar a categorização social independente da estrutura do mundo físico (para um racista, a cor da pele de uma pessoa deixa de traduzir uma simples diferença de pigmentação e passa a traduzir um estatuto valorizado positiva ou negativamente). Assim, através dos estereótipos, para além de simplificarmos a informação proveniente de uma estimulação humana rica e complexa, que culmina necessariamente em generalizações abusivas, também justificamos, ou racionalizamos as posições objectivas dos grupos na dinâmica social (Vala e Monteiro, 1993).

Na representação dos estereótipos na memória utilizam-se esquemas que são estruturas abstractas de conhecimentos que especificam determinantes e os atributos de um dado conceito. Desta forma, um grupo social pode ser representado através de um esquema de grupo, que é caracterizado por um conjunto de crenças disponíveis acerca dos atributos de um grupo social (Vala e Monteiro, 1993).

O esquema de um grupo social é suficiente para influenciar a percepção que se tem, sobre os membros de um grupo, interferindo processos, tais como: atenção, interpretação, memória e no julgamento (Vala e Monteiro, 1993).

  • Factores que determinam a inclusão de uma pessoa num estereótipo

Mas quais são os critérios que nos permitem incluir alguém numa dada categoria? Mesmo a um nível dicotômico muito simplista, quantas dimensões de categorização alternativas podem ser seguidas para incluir uma pessoa numa dada categoria: Feminino – masculino? Adulto – criança? Português – espanhol? Negro – branco? Psicólogo – sociólogo? É um fato que, quando interagimos com alguém, certas categorias parecem ter uma maior probabilidade de serem utilizadas. Por quê?

Na literatura sobre os estereótipos, podemos encontrar várias respostas para esta questão. Relataremos as três que nos parecem mais interessantes: (1) o estatuto primitivo de certas categorias; (2) a normatividade das categorias; (3) a clareza das fronteiras categoriais.

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