Os Opioides
Por: Bárbara Menegotto • 29/5/2018 • Trabalho acadêmico • 805 Palavras (4 Páginas) • 383 Visualizações
Opióides
O termo opióide é, atualmente, associado a substâncias naturais, semi-sintéticas ou sintéticas, drogas exógenas derivadas do ópio, uma substância derivada da Papoula-dormideira (Papaver somniferum) e que atua no sistema nervoso para o alívio da dor. Há autores, porém, que denominam opióides as substâncias endógenas, ou seja, produzidas pelo nosso corpo, que tenham uma ação semelhante à dos então chamados opiáceos, as substâncias produzidas artificialmente a partir da Papoula, de onde vem o ópio.
Mesmo existindo evidências de que as substâncias opiáceas são utilizadas no mundo desde os sumérios (3500 a.C.), apenas na década de 1970 as evidências de substâncias endógenas que se comportavam como opiáceas foram descobertas. As conhecidas endorfinas fazem parte desse grupo, que também inclui as dinomorfinas e as encefalinas. Quanto aos derivados do ópio, conhecemos a morfina, a heroína e a codeína. Acompanhando os conceitos mais atuais, a partir deste ponto, utilizaremos o termo opióide para todas as substâncias – naturais ou não – que reagem com os receptores opióides do corpo humano.
O Alívio da Dor
Após um evento que cause uma reação de dor (uma resposta do corpo que expressa que algo não está funcionando corretamente), o corpo humano libera os opióides endógenos – as endorfinas, por exemplo – nos neurônios que servem para enviar essa informação ao cérebro. Ao invés de excitar a transmissão dos impulsos, os receptores opióides os bloqueiam, dificultando a continuidade das sinapses. Esse bloqueio pode acontecer pelo impedimento da despolarização da membrana, abrindo canais de potássio, ou pela não abertura dos canais de cálcio, que é necessária para que os neurotransmissores sejam liberados.
Efeitos do Álcool sobre os Neurotransmissores Opióides
O Álcool provoca a liberação de endorfinas, as quais, então, se juntam ao receptor opióide. A estimulação do receptor opióide por endorfinas induzidas pelo etanol leva a célula a liberar dopamina, e níveis excedentes de dopamina superestimulam seus receptores de células próximas, causando a sensação de euforia, caso a quantidade de álcool não tenha sido em excesso. Em doses excedentes, o neurotransmissor opióide inibe a euforia, causando depressão no indivíduo. Etanol pode alterar a transmissão opiodérgica em diferentes níveis, como a biossíntese, emissão e degradação de peptídios opióides, incluindo a conexão de ligantes endógenos aos receptores opióides.
Há diversas outras substâncias que também agem no receptor do neurotransmissor, tais como os analgésicos e outras drogas mais potentes e perigosas. Todos causam uma sensação de alívio de dores, inclusive crônicas, incitando até mesmo uma dependência química intensa se houver um abuso sem prescrição. Existem muitas discussões sobre a eficácia dessas drogas. Há exceções para tratamentos pós-operatórios e dores crônicas, mas ainda que haja um efeito rápido e um intenso de alívio das dores, a eficácia se perde a partir do momento em que se depende desses fármacos no cotidiano - situação comum entre alguns usuários que, sem o devido controle de receitas, buscam-nos sem conhecer as consequências do uso não prescrito e tornam-se dependentes da droga. Seus efeitos colaterais a longo prazo são muitos e podem ser fatais.
Heroína
É derivada da planta Papoula, que antigamente
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