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Os Sentimentos Para Skinner

Por:   •  19/10/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.048 Palavras (9 Páginas)  •  54 Visualizações

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SENTIMENTOS PARA SKINNER / AMOR - KELLY OLIVEIRA

Então como já foi falado até aqui, Skinner traz o behaviorismo radical e uma das principais diferenças que podemos observar sobre ele conforme a palestra de Maria Amelia Matos do Departamento de Psicologia da USP, é que o homem é a medida de todas as coisas e não o social. A exemplo de que um behaviorista metodológico aceitaria a descrição de comportamento com a frase “eu vi o meu cão salivar”, porque isso pode ser visto por outras pessoas, a salivação é observável consensualmente. Já a seguinte descrição de comportamento “eu sinto dor de dente” não é passível de uma observação externa, então não seria aceita pelo behaviorismo metodológico. Mas para o radical sim, Skinner aceita a experiência individual a qual chama de evento privado, sendo esse um objeto de estudo válido para a psicologia desde que seus dados possam ser replicáveis para entender melhor suas variáveis.

Deixando claro isso, o que que Skinner entende sobre os sentimentos?

De acordo com o senso comum, o objeto de estudo de Skinner é o comportamento observável, mas, ao contrário dessa crença popular, pensamentos e sentimentos também foram considerados por Skinner que os denominou de comportamentos encobertos. Estes comportamentos continuam sendo estudados e são objeto de muita análise e discussão entre os comportamentalistas.

Para ele, o sentimento é um tipo de ação sensorial como ver e ouvir. As críticas de Skinner (1982) em relação ao papel dos sentimentos foram direcionadas aos mentalistas dizendo que as explicações mentalistas acalmavam a curiosidade, porém, na verdade nada explicavam. Ele criticava o uso de constructos hipotéticos pelos mentalistas, a exemplo de perguntar a alguém porque comprou determinada coisa e a pessoa responder “porque eu quis” ou “agi por impulso”. Parece uma resposta mas não são. Ele temia que essas especulações sobre os processos mentais impedissem a pesquisa por meios práticos de mudança de comportamento (sendo esse previsão e controle), receando que os cientistas achassem ter encontrado uma resposta quando estariam na verdade criando um constructo. Em vez disso, ele acreditava que deveria existir a observação   sistemática   e   paciente das   contingências   ambientais   até    que    se    conhecesse    o bastante para demonstrar o controle experimental do comportamento.

De acordo com Skinner (1967) o comportamento é uma interação entre indivíduo e ambiente. A unidade básica de análise do comportamento é a contingência de três termos. Então as interações entre um organismo e seu meio ambiente para ser adequada, deve sempre especificar:

  1. a situação em que a resposta ocorreu;
  2. a própria resposta; e
  3. as consequências de tal resposta.

Num texto que eu pesquisei falava que em termos de psicoterapia, dada a natureza do contexto, a maioria   dos   relatos    envolvem    os    comportamentos    encobertos.    Os    clientes freqüentemente      vêm com a certeza de que seus problemas são        causados        por sentimentos,        pensamentos,   etc,   isto   é,   as   pessoas   acreditam   que    os comportamentos   encobertos   são   as    causas    de    seus    problemas.   Assim,   uma   das principais metas do terapeuta comportamental é conseguir levar seus clientes a perceber e

identificar   como    seus   comportamentos   encobertos são apenas um dos elos   a   ser   analisada e como eles se relacionam a outros eventos do mundo interno e externo.

No texto da discussão de hoje, Skinner deixa claro que que o sentir não é uma causa iniciadora, confundimos sentimento com uma causa, já que sentimos enquanto estamos nos comportando. “Eu não choro porque estou triste, choro porque alguma coisa aconteceu”. E ai a análise experimental do comportamento vai favorecer nossa compreensão dos sentimentos no momento que esclarece os papéis dos ambientes passado e presente. Ele acreditava que as pessoas poderiam aprender a associar sentimentos específicos a determinadas situações ou comportamentos com base nas contingências passadas e presentes. Se alguém tiver uma experiência negativa em relação a algo no passado, como por exemplo falar em público, isso pode criar ansiedade em situações semelhantes no presente. No entanto, ele acredita que por meio do condicionamento operante, esse comportamento e os sentimentos associados podem ser modificados com o tempo.

Vamos falar da aplicação desse conceito no Amor:

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Eros:

  • Eros se refere ao amor sexual, ao desejo e à atração física entre indivíduos. Essa

forma de amor é vista como uma parte do comportamento sexual humano que deriva da seleção natural, pois está relacionada à reprodução e à perpetuação da espécie.

  • Também menciona que algumas formas de amor parental, como o amor materno, têm

raízes na seleção natural, mas não devem ser confundidas com amor erótico, uma vez que não são de natureza sexual.

Philia:

  • Philia se refere a um tipo diferente de amor, mais relacionado a conseqüências

reforçadoras diferentes. É o amor que sentimos por atividades, interesses, objetos, lugares, personagens e até mesmo amigos com quem não temos um interesse erótico.

  • Philia é explicada como uma forma de amor relacionada ao condicionamento

operante, onde o comportamento de buscar, apreciar e investir em algo ou alguém é reforçado pelas consequências positivas associadas a essa atividade.

Ágape:

  • Ágape representa um terceiro tipo de amor e é relacionado à evolução cultural. O

termo "ágape" deriva da ideia de ser bem-vindo ou ser recebido com alegria. Este tipo de amor envolve reforçar o comportamento daqueles que amamos, demonstrando que estamos felizes com suas ações.

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