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Pedofilia: uma investigação sobre o perfil e o comportamento do pedófilo

Por:   •  14/1/2022  •  Artigo  •  2.828 Palavras (12 Páginas)  •  91 Visualizações

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Resumo

De acordo com a visão da medicina a pedofilia é considerada um distúrbio de

conduta sexual, sendo uma perversão de caráter compulsivo e obsessivo,

apresentado por adultos com atração sexual por crianças ou adolescentes. O

presente estudo busca analisar o perfil psicológico do pedófilo. Observou-se que o

pedófilo revela uma série de características psicológicas e comportamentais comuns

entre si, em geral, seu comportamento é expresso de forma menos invasiva e

dificilmente age com violência, impedindo que as crianças e as pessoas ao seu

redor notem o fato. É abordado também a questão da imputabilidade, seria o

pedófilo um ser passível de merecer uma reprimenda penal de privação de

liberdade, ou seria beneficiário de uma medida de segurança por sofrer por tal

distúrbio sexual?

Palavras-Chave: Agressor, Pedófilo, Pedofilia.

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1. Introdução:

O seguinte trabalho tem como objetivo dedicar a explicar as características

psicológicas do pedófilo. Atualmente a pedofilia é um assunto polêmico e estudado,

porém os estudos e pesquisas a maioria das vezes é direcionada a vítima, deixando

os estudos dos fatores psicológicos, culturais e sociais do pedófilo como algo

restrito. O artigo explica a classificação do pedófilo, sendo elas: pedófilo abusador,

onde o indivíduo comete abusos discretos com caricias sem que a vítima perceba ou

veja como abuso o ato cometido. E os molestadores que não são nada discretos,

cometendo o ato sexual contra a vítima, com o padrão frequente de violência.

Neste estudo será mostrado que a pedofilia também pode ser tratada como um

transtorno sexual. Porém deve ser estudado e avaliado todos os fatores, tanto

psicológico, social e clinico. Será abordado se o indivíduo que cometeu tal ato

deverá ser julgado penalmente (imputáveis), ou como uma pessoa doente que

desenvolveu um comportamento anormal e doentio sexualmente (inimputáveis).

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2. Definição

A palavra pedofilia vem do grego: Pados que significa criança e philia que se

refere a amor e atração. Segundo Salter (2009), pedofilia é o sentimento de quem é

pedófilo, designado a pessoa que “gosta de crianças”. Assim, segundo a autora, não

é considerado crime somente se sentir atraído por uma criança. Ou seja, se o

indivíduo apenas desenvolver fantasias com desejos sexuais relacionadas à criança

ou adolescentes, não faz dele um criminoso. Sendo assim, somente a prática de tais

atos libidinosos contra crianças é considerada crime.

De acordo com Baltieri (2014), a pedofilia é o transtorno psiquiátrico

classificado entre os chamados transtornos da preferência sexual ou parafilias,

caracterizado por uma preferência sexual por crianças, geralmente no início da

puberdade ou na idade pré-púbere. Alguns pedófilos se sentem atraídos apenas por

meninos, outros apenas por meninas e outros ainda estão interessados em ambos

os sexos. A pedofilia raramente é identificada em mulheres.

O autor ressalta que nem todo molestador de crianças é pedófilo, como nem

todo portador de pedofilia é molestador de crianças.

3. História e Contexto

Masi (2008), afirmou que em algumas épocas históricas, ocorrente em certas

civilizações, a pedofilia era permitida e podia até assumir um caráter ritualístico

institucionalizado. Na Grécia, por exemplo, era comum entre homens adultos e

adolescentes a relação sexual, dentro de uma experiência de crescimento espiritual

e pedagógico, ou seja, fazia parte do processo de aprendizagem daquela cultura.

Eram severamente punidas as relações sexuais com as crianças impúberes, mas

era permitida a relação amorosa com crianças acima de 12 anos. Enquanto o amor

homossexual pelo adolescente era permitido, ao contrário era punida a

homossexualidade promíscua com caráter pornográfico ou mercenário.

Outro exemplo é na antiga Roma, que segundo Masi (2008) destacam que o

antigo imperador romano Tibério possuía interesses sexuais por crianças. Há

registros de que ele as levava para a ilha de Capri, onde ocorriam os abusos dos

mais diversos tipos, obrigando as crianças a satisfazer seus impulsos sexuais. No

Brasil, segundo Serafim (2006) as diversas formas de pedofilia nem sempre foram

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passíveis de punições. Apenas com a chegada dos anos 90, se iniciaram grandes

mudanças sobre o direito das crianças e adolescentes, dentre elas a proteção ao

menor contra os abusos sexuais. Ou seja o que antes era aceita na sociedade, nos

dias de hoje, é completamente estranha decorrente à grande transformação que

houve

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