Pedofilia: uma investigação sobre o perfil e o comportamento do pedófilo
Por: Samanta1920 • 14/1/2022 • Artigo • 2.828 Palavras (12 Páginas) • 87 Visualizações
Resumo
De acordo com a visão da medicina a pedofilia é considerada um distúrbio de
conduta sexual, sendo uma perversão de caráter compulsivo e obsessivo,
apresentado por adultos com atração sexual por crianças ou adolescentes. O
presente estudo busca analisar o perfil psicológico do pedófilo. Observou-se que o
pedófilo revela uma série de características psicológicas e comportamentais comuns
entre si, em geral, seu comportamento é expresso de forma menos invasiva e
dificilmente age com violência, impedindo que as crianças e as pessoas ao seu
redor notem o fato. É abordado também a questão da imputabilidade, seria o
pedófilo um ser passível de merecer uma reprimenda penal de privação de
liberdade, ou seria beneficiário de uma medida de segurança por sofrer por tal
distúrbio sexual?
Palavras-Chave: Agressor, Pedófilo, Pedofilia.
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1. Introdução:
O seguinte trabalho tem como objetivo dedicar a explicar as características
psicológicas do pedófilo. Atualmente a pedofilia é um assunto polêmico e estudado,
porém os estudos e pesquisas a maioria das vezes é direcionada a vítima, deixando
os estudos dos fatores psicológicos, culturais e sociais do pedófilo como algo
restrito. O artigo explica a classificação do pedófilo, sendo elas: pedófilo abusador,
onde o indivíduo comete abusos discretos com caricias sem que a vítima perceba ou
veja como abuso o ato cometido. E os molestadores que não são nada discretos,
cometendo o ato sexual contra a vítima, com o padrão frequente de violência.
Neste estudo será mostrado que a pedofilia também pode ser tratada como um
transtorno sexual. Porém deve ser estudado e avaliado todos os fatores, tanto
psicológico, social e clinico. Será abordado se o indivíduo que cometeu tal ato
deverá ser julgado penalmente (imputáveis), ou como uma pessoa doente que
desenvolveu um comportamento anormal e doentio sexualmente (inimputáveis).
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2. Definição
A palavra pedofilia vem do grego: Pados que significa criança e philia que se
refere a amor e atração. Segundo Salter (2009), pedofilia é o sentimento de quem é
pedófilo, designado a pessoa que “gosta de crianças”. Assim, segundo a autora, não
é considerado crime somente se sentir atraído por uma criança. Ou seja, se o
indivíduo apenas desenvolver fantasias com desejos sexuais relacionadas à criança
ou adolescentes, não faz dele um criminoso. Sendo assim, somente a prática de tais
atos libidinosos contra crianças é considerada crime.
De acordo com Baltieri (2014), a pedofilia é o transtorno psiquiátrico
classificado entre os chamados transtornos da preferência sexual ou parafilias,
caracterizado por uma preferência sexual por crianças, geralmente no início da
puberdade ou na idade pré-púbere. Alguns pedófilos se sentem atraídos apenas por
meninos, outros apenas por meninas e outros ainda estão interessados em ambos
os sexos. A pedofilia raramente é identificada em mulheres.
O autor ressalta que nem todo molestador de crianças é pedófilo, como nem
todo portador de pedofilia é molestador de crianças.
3. História e Contexto
Masi (2008), afirmou que em algumas épocas históricas, ocorrente em certas
civilizações, a pedofilia era permitida e podia até assumir um caráter ritualístico
institucionalizado. Na Grécia, por exemplo, era comum entre homens adultos e
adolescentes a relação sexual, dentro de uma experiência de crescimento espiritual
e pedagógico, ou seja, fazia parte do processo de aprendizagem daquela cultura.
Eram severamente punidas as relações sexuais com as crianças impúberes, mas
era permitida a relação amorosa com crianças acima de 12 anos. Enquanto o amor
homossexual pelo adolescente era permitido, ao contrário era punida a
homossexualidade promíscua com caráter pornográfico ou mercenário.
Outro exemplo é na antiga Roma, que segundo Masi (2008) destacam que o
antigo imperador romano Tibério possuía interesses sexuais por crianças. Há
registros de que ele as levava para a ilha de Capri, onde ocorriam os abusos dos
mais diversos tipos, obrigando as crianças a satisfazer seus impulsos sexuais. No
Brasil, segundo Serafim (2006) as diversas formas de pedofilia nem sempre foram
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passíveis de punições. Apenas com a chegada dos anos 90, se iniciaram grandes
mudanças sobre o direito das crianças e adolescentes, dentre elas a proteção ao
menor contra os abusos sexuais. Ou seja o que antes era aceita na sociedade, nos
dias de hoje, é completamente estranha decorrente à grande transformação que
houve
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