Pesquisa relacionada a escalas de tipos de amor e gêneros

Resumo

A pesquisa visa averiguar se há diferença entre escala de estilos de amor sendo elas dos tipos: Eros, Ludus, Storge, Pragma, Mania e Agape tendo em cada uma suas especificações quanto ao estilo de amar e a intensidade. Para verificarmos se existe diferença e quão grande é essa diferença no estilo de amar das mulheres e dos homens aplicamos um questionário fechado abordando todos os estilos de amor de forma embaralhada. A pesquisa foi realizada com 30 indivíduos do Centro Universitário de Anápolis (UniEvangélica) do curso de Psicologia, de idades variadas, apresentando resultados significativos em apenas dois tipos de amor (Erus e Mania), sendo o gênero masculino com discrepância um pouco maior.

Palavras-chaves: estilos de amor; escala; gênero.



Pesquisa relacionada a escalas de tipos de amor e gêneros

As escalas de amor começaram a despertar maior interesse em vários renomados pesquisadores por volta da década de 60-70 onde surgiu a pesquisa de Zick Rubin (1973) influenciando todas as teorias vindas posteriormente. Anteriormente, o teórico Fromm (1966), distinguiu dois tipos de amor, o verdadeiro amor e o falso amor.

O verdadeiro amor, identificado como uma atividade caracteriza-se por cuidado, responsabilidade, respeito e conhecimento; o falso amor, por sua vez, é baseado em submissão, passividade, dotado de contornos neuróticos.

Seguidamente Dietch (1978), traz um estudo relacionado à auto realização no que diz sobre: o amor, papéis sexuais e saúde psicológica.

Psicólogos e pesquisadores científicos tem dado ênfase ao conceito amor, realçando estes estudos nos últimos dez anos já que este é um tema de grande significância no que diz ao bem-estar psicológico do individuo e também é um ponto que pode vir a destruir a autoestima do mesmo. (Hendrick & Hendrick, 1988; Sternberg; Weis, 2006; Mosmann, Wagner & Feres Carneiro, 2006; Wachelke, De Andrade, Souza & Cruz, 2007, Cassepp-Borges & Teodoro, 2007).

Segundo Freud (1996/1914), o narcisismo é um dos aspectos cruciais para a construção psíquica do individuo, pois está intimamente relacionada ao desenvolvimento psicossexual e o direcionamento da energia libidinal para si mesmo.

Definição dos tipos de amor

Como citado anteriormente o estudo sobre os diferentes estilos de amor foi originado na década de 60-70. Para a definição dos tipos de amor, Lee recorreu a instrumentos como livros, filmes do núcleo psicológico e filosófico, conjuntamente a entrevistas com divergentes gêneros e opções sexuais (Lee, 1988).

Ao final de sua pesquisa Lee concluiu a improbabilidade e a substancialidade em consolidar o numero exato de estilos de amor. Para o teórico há tipos de amor primários e secundários, os quais mesclando dois tipos de amores primários originam-se um novo estilo denominado secundário.

Amor primário

Eros: Direcionado a atração física e sexual.

Ludus: Direcionado a manipulação do outro com inserção de “jogos” de forma descomprometida com objetivo de dominação do parceiro e saciação dos seus desejos.

Storge: Direcionado a um laço de amizade formando um alicerce para um relacionamento intimo e companheiro.

Amor secundário

Eros + Ludus = Mania. Devido ao medo acarreta-se um sentimento compulsivo caracterizado por comportamentos agressivos e dependentes.

Ludus + Storge = Pragma. Um estilo seletivo buscando um parceiro ao qual atenda suas expectativas e ideais. É marcado por uma personalidade forte e realista.

Eros + Storge = Ágape. Um estilo de amor com predominação humanista onde se tem como prioridade a dedicação e disponibilidade ao próximo. Sem ciúmes tendendo a reciprocidade.

Método

Participantes

O estudo foi realizado em sala de aula, com alunos do curso de psicologia do 4° período matutino no centro universitário de Anápolis (UniEvangélica) com ambiente e iluminação adequados. O número total de participantes foi 30, sendo 25 do sexo feminino e 5 do sexo masculino. Ambos os gêneros com idades variadas.

Materiais

Utilizou-se para instrumento de coleta dos dados, um questionário fechado contendo no total de trinta e sete questões abordando quesitos de como seria o relacionamento ideal para estas pessoas e como elas se encaixariam nas exigências de seu parceiro. Foi entregue um questionário para cada indivíduo, sendo que cada sujeito respondeu a avaliação à caneta esferográfica, em cadeira comum utilizada em sala de aula. Não foi necessário o uso de cronômetro.

Procedimento

Para a seleção dos participantes, utilizou-se de uma amostra de conveniência, pois estabeleceu como critério ser aluno do curso de Psicologia do centro universitário de Anápolis (UniEvangélica) e estar no 4º período matutino.

Analise dos dados

Os dados dos trintas participantes foram lançados no programa Statistica 64 e teve como método de cruzamento de dados