Porque Freud considera que a civilização se funda em uma renúncia pulsional?

Porque Freud considera que a civilização se funda em uma renúncia pulsional?

Freud em sua obra “o mal estar na civilização” fala sobre o mal estar produzido pela cultura sobre o homem, tendo visto que o homem se reúne em sociedade para sua sobrevivência e proteção contra a natureza, e sobre como o indivíduo sacrifica suas pulsões para que a civilização possa se desenvolver e perpetuar.

A renúncia dessas pulsões nos traz como consequência positiva a superioridade da espécie em questões adaptativas, porém traz também através da renúncia pulsional uma não-satisfação dos desejos pulsionais sexuais e de agressividade.

A primeira renúncia pulsional a que Freud trata no artigo, é o casamento. Onde a sexualidade é renunciada através dos laços tradicionais monogâmicos, heterossexuais e legitimados pelo casamento, e a agressividade pois não se deve ser agressivo com membros da família e assim se sentir membro de uma civilização.

A segunda renúncia pulsional é o trabalho, onde o indivíduo renuncia sua agressividade tendo que associar-se com outras pessoas para produzir bens materiais e intelectuais e sublimando a sexualidade.

No filme “O Homem que matou um facínora” um advogado chega a uma cidade que apesar de ter uma força de segurança (o xerife), havia certo coronelismo na região onde uma milícia comandava, este advogado se depara com problemas contra o vilão Liberty e o promete colocá-lo na cadeia.

O advogado então, começa a alfabetizar os moradores daquela vila em meio ao Velho Oeste americano, e se populariza por conhecer leis que tornam um espaço social para todos e não poucos.

No fim do filme, após longas ameaças do vilão, Ramson, o advogado, em uma cena clássica do velho oeste se vê em um duelo de vida ou morte com seu inimigo Liberty onde atira e o mata.

A partir desta observação, podemos concluir que sociedade democrática se funda a partir das renúncias sexuais e de agressividade, e forma de suprir essa não satisfação seria sublimação através da criação de grupos sociais que compartilham de mesmos ideais.

Segundo Freud, de que maneira a civilização consegue fazer com que os indivíduos não dirijam sua agressividade aos outros e qual o papel do SuperEu na vida social?

A principal maneira que Freud cita para que os indivíduos não sejam agressivos uns com os outros é a sublimação através de atividades artísticas, esportivas, religiosas etc. O papel do superEu na sociedade é regular toda a interiorização de valores morais aprendidos ao longo da vida e é produto do Eu.

Discorra sobre o processo de constituição do SuperEu tal como Freud descreve, e relaciona ao modo como a ordem da legalidade é instituída no filme “O homem que matou um facínora”.

O superEu é formado a partir do complexo de édipo, onde a criança renuncia um dos pais como objeto amoroso e busca outro objeto de prazer, ou seja, é uma herança edípica por estar relacionado a juízos e a interiorização moral dos comportamentos da vida em sociedade, além de ser individual também é coletivo.

O superEu está ligado as todas nossa ações, individuais ou coletivas, obedecendo uma certa forma de valores de juízos.

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