Analise do Filme Transportting – sem limite, de acordo com a teoria pulsional e os mecanismos de defesa de Freud.

Analise do Filme Transportting – sem limite, de acordo com a teoria pulsional e os mecanismos de defesa de Freud.

De acordo com a teoria pulsonal de Freud, as pulsões são a origem da energia psíquica, que se acumula, gerando uma tensão que tem que ser descarregada, baixando o nível da tensão interna. Freud propõe duas teorias das pulsões e ambas são dualistas, Pulsão de morte e vida.

No filme mostra a Pulsão de morte, nos momentos em que os personagens se drogavam como forma de chegar rápido ao prazer, o principio do prazer está a serviço da pulsão de morte. Eles saiam dos padrões da sociedade, pois a pulsão de morte é um grande obstáculo para a vida em sociedade, porque corresponde a loucura e a exclusão. Eles buscavam suas essências, onde na maioria das vezes as pessoas só querem o que não precisam e eles tinham tudo o que buscavam que eram as drogas que minimizavam os impactos da angústia.

A pulsão de morte contrapõe a pulsão de vida, pois é voltada para o interior e visa à autodestruição. No filme Tommy que era um rapaz que não utiliza a heroína e praticava atividades físicas, começou a se drogar depois que a namorada o largou, com esse ato ele consegui se autodestruir, chegando a óbito.

A pulsão de vida tendem a conservar as unidades vitais existenciais, como construir, não têm o caráter regressivo característico das pulsões. No filme Renton, tenta parar com a heroína e reconstruir sua vida, a partir do convívio social a pulsão de vida foi ativada, arranjando um emprego, se realizando sexualmente. Pois a heroína tirava a vontade de fazer sexo do personagem. Em determinado momento do filme essa pulsão de vida é revertida em pulsão de morte, pois a pulsão de vida não estava bem sucedida, Renton voltou a usar a heroína, porem, mais consciente.

Freud fala sobre os diferentes tipos de manifestações de defesa que o ego apresenta que são os mecanismos de defesa e são divididos em quatro mecanismos: Reversão, retorno ao próprio eu, recalque e sublimação.

A primeira mudança pela qual um individuo passa é a reversão ao seu oposto, segundo Freud. Essa reversão se manifesta de duas maneiras: Como uma reversão do objetivo de pulsão, isto é, uma mudança de atividade para a passividade. Ou seja, o individuo passa do objetivo de ativo que é o de olhar e torturar, para o objeto de passivo, que é ser olhado e ser torturado.

Uma cena que fica implícita essa passagem, é quando Renton começa a ter as alucinações no quarto, onde ele é torturado pelos olhares da criança e dos seus amigos, levando a tortura.

A segunda maneira da reversão é do conteúdo, a qual se encontra no exemplo isolado da transformação do amor e ódio. E ambos são ativos.

Isso acontece quando o amor que existe na namorada de Thommy, se torna em ódio, e isso faz com que ela termine o relacionamento.

Logo após vem o retorno ao próprio eu, que se trata de considerar que o masoquismo é um sadismo voltado contra o próprio eu. Nesse caso a diferença entre esse par de opostos consistiria apenas na troca do objeto da pulsão, mas não em sua meta ou finalidade. Portanto, o masoquista compartilharia a satisfação sexual da qual é objeto.

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