Processo de Formação do Psicólogo
Por: Sa_Ge • 10/12/2015 • Dissertação • 1.063 Palavras (5 Páginas) • 175 Visualizações
INTRODUÇÃO
Durante a leitura do presente resumo, perceber-se á que se procurou analisar as tendências dominantes durante os últimos 30 anos de regulamentação da profissão do psicólogo. Não basta ser apena consumidor, ou adaptador do que o primeiro mundo produz. É necessária a integração da contribuição de cientistas, profissionais e educadores, para o avanço e aprimoramento da profissão.
Resumo
Existe uma quantidade considerável de estudos a cerca do exercício profissional do processo de formação do psicólogo. Isso vem ocorrendo ao longo dos últimos 30 anos de regulamentação da profissão. A principal vertente de estudos acerca da atuação do psicólogo, tem se prendido em analisar as tendências dominantes na profissão, enfatizando os problemas, dificuldades e limites que a caracterizam.
Ao romper os limites que foram impostos inclusive pela regulamentação da profissão, os psicólogos buscaram consolidar uma atuação que não se restringe a as atividades de mensuração de características psicológicas e intervenção perante problemas de ajustamentos dos indivíduos. Isso é percebível na área clínica, na área da saúde, na área escolar e na área organizacional. Se as mudanças acima descritas ainda não rompem o modelo dominante e limitado de ação, certamente, apontam para direções, fornecem rumos para o trabalho integrado de todos os envolvidos com a profissão e que se preocupam com a sua renovação e ampliação do seu significado social.
No crescimento da psicologia social enquanto área aplicada, na emergência da psicologia hospitalar e na inserção do psicólogo em equipes de recursos humanos pode perceber o peso das transformações maiores que pressionam por novas posturas e demandam novas competências do psicólogo. Ao se estudarem os vínculos do exercício profissional como processo de formação, contudo, a ênfase normalmente recai nos aspectos curriculares que determinam a existência de um modelo hegemônico de fazeres profissionais que veda a possibilidade de diversificação do exercício da psicologia.
Os movimentos de inovação perceptíveis tanto na prática quanto nos processos de formação, gradativamente ampliam o leque e poder de intervenção do psicólogo, integrando-o a tendências dominantes em outras ciências sociocomportamentais aplicadas. Essas tendências exigem uma estreita integração entre a geração de conhecimento, o processo de formação e o exercício prático da Psicologia.
Embora nascido da Filosofia, o modelo positivista impôs à Psicologia não uma evolução natural e contínua que a levasse, pelo seu próprio movimento e a cortes epistemológicos e conseqüentes de paradigmas. Esse corte abrupto encontra-se na base das distintas culturas que convivem no interior do campo psicológico. Culturas estas nomeadas por Kimble (1984) de “cultura dos cientistas” e “cultura humanísticas”, onde o cientista e o psicoterapeuta são exemplos típicos dos dois extremos.
Outra questão básica, no caso brasileiro, é que, em larga medida, somos apenas consumidores – no máximo, adaptadores – de conhecimentos gerados pela existência do primeiro mundo. Especialmente localizada dos programas de pós-graduação, a atividade de pesquisa tem o seu impacto reduzido, inclusive nos cursos de graduação, da maioria dos quais se encontra ausente. Em síntese, quanto à geração do conhecimento e suas relações com a prática, o modelo dominante de fazer ciência favorece a dissociação entre ciência e prática do profissional.
Quanto ao exercício da prática e a sua demanda de conhecimento científico, no domínio da prática, o profissional se depara com problemas não totalmente estruturados ou claramente formuláveis. Nessas situações tornam-se mais visíveis os limites do conhecimento produzido dentro do modelo de ciência já apresentado. A novidade e incerteza das situações únicas com que o profissional se depara no seu trabalho deixam de contribuir para o avanço do seu conhecimento, construindo a sua prática na base do ensaio e erro ou transformando-a em experiência repetitiva e ritualista.
Quanto ao papel da formação nas relações conhecimento- prática percebe-se que a natural tensão e o distanciamento entre ciência e prática, agravados no modelo tradicional de produção do conhecimento,
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