Processos Psicológicos básicos Emoção
Por: adriafigueiredo • 17/5/2018 • Resenha • 1.144 Palavras (5 Páginas) • 653 Visualizações
Motivação e Emoção
decisões supostamente racionais e não emocionais – como ao fazerem julgamentos morais
e filosóficos –, as emoções entram em jogo (Greene et al., 2001).
Em resumo, as emoções são fenômenos tão complexos, abrangendo aspectos biológicos
e cognitivos, que nenhuma teoria isolada foi capaz de explicar completamente todas as facetas
da experiência emocional. Além disso, evidências contraditórias de um tipo ou outro
desafiam cada abordagem e, portanto, nenhuma teoria mostrou-se invariavelmente precisa
em suas predições.
Essa abundância de perspectivas sobre a emoção não é motivo para desespero – ou
infelicidade, medo ou outra emoção negativa. Ela simplesmente reflete o fato de que a psicologia
é uma ciência em evolução e desenvolvimento. À medida que reunirmos mais evidências,
as respostas específicas às perguntas acerca da natureza das emoções também se
esclarecerão.
Explorando aDIVERSIDADE
As pessoas em todas as culturas expressam emoção de forma semelhante?
Considere por um momento as seis fotos apresentadas na Figura 4. Você consegue identificar as
emoções que estão sendo expressas pela pessoa em cada uma das fotos?
Se você for um bom juiz de expressões faciais, concluirá que essas expressões exibem seis
emoções básicas: alegria, raiva, tristeza, surpresa, repugnância e medo. Centenas de estudos do
comportamento não verbal demonstram que essas emoções são consistentemente distintas e
identificáveis mesmo em observadores não treinados (Ekman, 2007).
É interessante observar que essas seis emoções não são peculiares apenas aos indivíduos das
culturas ocidentais; ao contrário, elas constituem as emoções básicas expressas universalmente
pelos membros da raça humana, independentemente de onde os indivíduos foram criados e de
FIGURA 4 Essas fotos demonstram
seis das emoções
primárias: felicidade, raiva, tristeza,
surpresa, repugnância e
medo.
eles tiveram. O psicólogo Paul Ekman demonstrou de forma
convincente esse ponto quando estudou os membros de uma tribo na selva da Nova Guiné que
quase não tinha contato com os ocidentais (Ekman, 1972). As pessoas da tribo não falavam ou
entendiam inglês, nunca haviam assistido a um filme e tinham experiência muito limitada com
indivíduos brancos antes da chegada de Ekman. No entanto, suas respostas não verbais a histórias
que evocavam emoções, bem como sua capacidade de identificar emoções básicas, eram muito
semelhantes às dos ocidentais.
Estando tão isolados, os habitantes da Nova Guiné não poderiam ter aprendido com os ocidentais
a reconhecer ou produzir expressões faciais similares. Em vez disso, suas habilidades similares
e a maneira de responder emocionalmente parecem presentes de forma inata. Embora pudéssemos
argumentar que experiências similares em ambas as culturas levaram os membros de
cada uma a aprender tipos semelhantes de comportamento não verbal, isso parece improvável
porque as duas culturas são muito diferentes. A expressão das emoções básicas, portanto, parece
universal (Ekman, 1994b; Izard, 1994; Matsumoto, 2002).
Por que as pessoas entre as culturas expressam emoções de forma semelhante? Uma hipótese
conhecida comoprograma de influência facia loferece uma explicação para isso. O programa
de influência facial – o qual se presume estar universalmente presente ao nascimento – é análogo
a um programa de computador que é acionado quando uma emoção particular é experimentada.
Quando posto em movimento, o “programa” ativa um conjunto de impulsos nervosos que faz
o rosto exibir uma expressão apropriada. Cada emoção primária produz um conjunto único de
movimentos musculares, formando os tipos de expressões apresentadas na Figura 4. Por exemplo,
a emoção de felicidade é universalmente exibida pelo movimento do zigomático maior, um
músculo que eleva os cantos da boca e forma o que poderíamos chamar de sorriso (Ekman, 2003;
Kendler et al., 2008; Krumhuber, & Scherer, 2011).
A importância das expressões faciais é ilustrada por uma noção intrigante conhecida como a
hipótese dofeedback facial. De acordo com essa hipótese, as expressões faciaisr enfãleote smó
a experiência emocional, como também ajudadme taerminar como as pessoas experimentam e
rotulam as emoções. Basicamente falando, “vestir” uma expressão emocional forfneeecdbea ucmk
muscular para o cérebro que ajuda a produzir uma emoção congruente com aquela expressão
(Izard, 1990; Davis, Senghas, & Ochsner, 2009).
Por exemplo, os músculos ativados quando sorrimos podem enviar uma mensagem ao cérebersos
ain edmicoaçnãdoo paa ertxicpuelraiêr.n Acilag udnes fteelóicriidcaodse f o–r amme smmaois qauléem e,x issutag enrainddao n qou ae masb ieexnptere qsuseõ epsro fadcuizaiirsia são
necessárias para que uma emoção seja experimentada (Rinn, 1984, 1991). Segundo essa hipótese,
se não estiver presente uma expressão facial, a emoção não poderá ser sentida.
O apoio para essa hipótese fdeeodback facial provém de um experimento clássico realizado
pelo psicólogo Paul Ekman e colaboradores (Ekman, Levenson, & Friesen, 1983). No estudo, atores
programa de influência
facial Ativação de um conjunto de impulsos nervosos que faz o rosto exibir a expressão apropriada.
hipótese do feedback facial Hipótese de queas expressões faciais nãosó refletem a experiênciaemocional, como também
ajudam a determinar como
as pessoas experimentam e
rotulam as emoções.
PsicoTec
Como as
expressões
faciais
humanas
das emoções envolvem
o uso de dezenas de
músculos, foi apenas
recentemente que os
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