Processos Psicológicos da Memória
Por: sara1302 • 5/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.665 Palavras (7 Páginas) • 243 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDADE CAMPO DE MARTE
CURSO DE PSICOLOGIA
CLEDSON FERREIRA LIMA
JOSÉ EDUARDO SATURNINO
SARA C. R. DE SOUSA
PESQUISA SOBRE PROCESSOS CONTRUTIVOS DA MEMÓRIA, RELAÇÃO COM RECONSTRUÇÃO DO PASSADO E MEMÓRIA FALSA
SÃO PAULO
ABRIL DE 2018
PROCESSOS CONTRUTIVOS DA MEMÓRIA
A memória não se estabelece nem é fixa no momento em que a experiência é vivida, mas isso de alguma forma, acontece em função do que vem depois. As memórias são guardadas a partir de experiências, seus processos de construção incluem situações referente ao momento que se busca por ela. O que acaba acontecendo é que a memória não existe apenas em função de experiências originais, mas também do que prevalece quando a demanda pela memória é realizada.
Depois de sua construção, cada memória é inserida à experiência e são ampliadas, pois não se tratam apenas de recordações de algum aspecto ocorrido da experiência. A partir da situação original e da experiência são criadas as memórias de experiência, as mesmas são inseridas como experiências e serão utilizadas para fazerem memórias em conjunto com novas situações.
A memória construtiva nos fornece o desenvolvimento de nossa compreensão dos pensamentos.
Conforme o dicionário online Michaelis, memória é “...lembrar e conservar ideias, imagens, impressões, conhecimento, e experiências adquiridos no passado e a habilidade de acessar essas informações na mente”. Além de complementar dizendo que, para a Psicologia, é a função de reproduzir um estado de consciência e reconhecê-lo.
É a através da memória que aprendemos e colocamos em prática o que foi aprendido.
Durante o dia, o cérebro recebe diversos tipos de estímulos sensoriais, e cabe a ele, decidir quais informações serão importantes. Essa decisão se dá pelo processo de informação.
PROCESSO DE INFORMAÇÃO PARA CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA
O processamento é dividido em três partes: codificação, armazenamento e recuperação.
A codificação prepara as informações para serem armazenadas. A informação é traduzida para códigos que podem ser visuais, semânticos ou auditivos. Remete à aprendizagem deliberada, pois requer um esforço maior, quando o intuito é memorizar algo, ou seja, a atenção que precisa ser dedicada será maior, o que ocasiona em uma codificação mais profunda.
Após a codificação, ocorre a segunda etapa: armazenamento. Essa fase consiste no registro da informação. A última etapa é chamada de recuperação, se trata recordar essa informação, podendo ser de forma automática, quando se trata de algo corriqueiro do dia a dia, ou de maior complexidade, como uma fórmula matemática.
Existem três tipos de memória: sensorial, a curto prazo e a longo prazo.
Memória sensorial
Origina-se através dos órgãos sensoriais, onde as informações são percebidas pelos sentidos (visão, audição, paladar, tato e olfato) e são armazenadas por pouco tempo, dois segundos, no máximo. Se não ocorrer o processamento dessa memória será perdida, porém pode ocorrer o processamento, resultando em uma memória de curto prazo.
Memória a curto prazo
A memória de curto prazo retém informações durante um período limitado. É dividido em dois tipos, sendo memória imediata e memória de trabalho.
Memória imediata se trata da informação captada e é retida por aproximadamente 30 segundos. Há pesquisas que podemos conservar sete elementos, sendo algarismos, letras, palavras, etc., variando entre cinco a nove elementos.
Memória de trabalho a memória fica armazenada até que o objeto dessa memória seja realizado, como por exemplo, ao receber uma ordem, conselho, depois que a situação acontece, a informação é apagada.
Memória a longo prazo
Divide-se em memoria declarativa e não-declarativa.
Na memória declarativa é atribuída a pessoas que conhecemos, fatos que aconteceram no passado. E há uma subdivisão em: Episódica e Semântica.
Na episódica, envolve datas, recordações, músicas, fatos, experiências pessoais. Trata-se de uma manifestação íntima da relação entre quem recorda e objeto de recordação.
Já na semântica, refere-se ao conhecimento geral do mundo, não se relacionando a fatos específicos do passado de cada indivíduo, trata-se de fórmulas matemáticas, como fórmula de Bhaskara, regras gramaticais, leis da química e afins. É a memória semântica que viabiliza conversas significativas, pois envolve conhecimentos gerais, conceitos atemporais e impessoais.
A memória não-declarativa, trata-se da memória automática, usada para procedimentos e habilidades, como ler, escovar os dentes, andar de bicicleta.
Esquecimento
O desgaste da memória como o decorrer do tempo definido como transitoriedade, funciona como memória de tiro curto, onde conseguimos recordar melhor os eventos recentes do que os já vistos em um passado recente; cada vez que tentamos recuperar uma memória, esta é reprocessada e rapidamente alterada.
Já esquecer aquilo que precisa ser realizado, não é considerado pelos pesquisadores como um erro de memória, mas sim uma distração. O fenômeno ocorre quando fazemos uma ação pensando em outra, não aplicando a atenção necessária, fazendo com que a ação necessária não pareça importante, impossibilitando o armazenamento da memória.
Entretanto, quando uma memória não consegue ser recuperada, este bloqueio ocorre quando outra memória está bloqueando o processo de recuperação de memórias. Ilustra satisfatoriamente a situação, quando tentamos falar uma palavra e a esquecemos. Algo nesse momento atrapalha o processo de recordação. Passando a necessidade de lembrança, a palavra vem com facilidade em nossa mente.
RELAÇÃO COM AS FALSAS MEMÓRIAS
Para a Psicologia, a falsa memória é uma lembrança fabricada ou distorcida de um acontecimento que vivemos.
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