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Protocolo de Mapeamento Institucional e Ações em Psicologia Escolar

Por:   •  24/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.168 Palavras (5 Páginas)  •  1.412 Visualizações

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Universidade Federal da Paraíba

Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes

Departamento de Psicologia

Disciplina: Psicologia Educacional II

Protocolo de Mapeamento Institucional e Ações em Psicologia Escolar

O objetivo desse protocolo é subsidiar ações de estagiários e psicólogos escolares frente a demandas de contextos educacionais. Esse instrumento fundamenta-se em pesquisas no campo da psicologia escolar e educacional, sendo sua elaboração o produto de uma revisão da literatura realizada durante a disciplina Psicologia Educacional II. Partindo de estudos desse campo, as ações de psicólogos escolares podem englobar:

  • Realizar o mapeamento institucional – suporte para toda ação realizada dentro da escola; realizado continuamente visando conhecer o contexto ao qual está inserido, respeitando seu caráter dinâmico:

Conhecer o espaço físico da escola e sua dinâmica de funcionamento; analisar o contexto geográfico da escola, bem como sua conjuntura histórica, social e política; observar as relações desenvolvidas no ambiente, as relações entre os professores, funcionários, gestão e alunos; ler e conhecer os documentos da escola, o projeto político pedagógico, os planejamentos, regulamentos, fichas de matrícula; acompanhar os alunos e observá-los durante os períodos de intervalo; realizar entrevistas formais e conversas informais com os atores escolares (professores, alunos, gestão, funcionários) visando compreender suas perspectivas acerca do ambiente escolar. (Dias, Patias & Abaid, 2014; Galdini & Aguiar, 2003; Machado, 2014; Marinho-Araújo, 2014; Neves, 2011; Vebber, 2013)

  • Realizar escuta psicológica das vozes institucionais para compreender aspectos intersubjetivos presentes nos processos relacionais no ambiente escolar, por meio das seguintes ações: conversas com os professores, gestores, funcionários, escuta das queixas e demandas e suas interpretações do ambiente ao qual está inserido (Dias, Patias & Abaid, 2014; Galdini & Aguiar, 2003; Marinho-Araújo, 2014; Moreira & Guzzo, 2014; Neves, 2011, Vebber, 2013)
  • Oportunizar assessoria ao trabalho coletivo – auxílio no desenvolvimento de competências específicas para o desempenho profissional e a ação pedagógica por meio das seguintes ações:
  • Participar das reuniões pedagógicas; acompanhar reuniões de pais e responsáveis e conselhos de classe; participar de planejamentos e conhecer o processo de construção do projeto político pedagógico; estimular a comunicação aberta entre os membros do contexto escolar; mediar a relação entre escola e família promovendo estratégias que atendam às diversas singularidades familiares presentes no cotidiano da escola. (CFP, 2013; Dias, Patias & Abaid, 2014; Marinho-Araújo, 2014; Moreira & Guzzo, 2014; Sant’Ana & Guzzo, 2016; Vebber, 2013)
  • Estabelecer parceria com diversos profissionais da escola; promover atividades de caráter grupal, a fim de provocar reflexões, dinamizar as relações e colaborar para desenvolver habilidades interpessoais; promover reflexões e investigações sobre a relação de ensino e aprendizagem que objetivem o sucesso escolar; reconstruir, juntamente com o professor, a história escolar do aluno, como se deu a inserção dele na escola, seu desenvolvimento nos anos anteriores. (Dias, Patias & Abaid, 2014; Machado, 2014; Marinho-Araújo, 2014; Neves, 2011; Paraventi et al., 2017; Souza et al, 2014; Ulip & Barbosa, 2012)
  • Realizar acompanhamento ao processo de ensino e aprendizagem – objetiva o desenvolvimento de experiências pedagógicas mais bem sucedidas:
  • Oferecer conhecimentos (através da fala ou textos escritos) que possibilitem aos sujeitos escolares ampliarem seu olhar sobre a atuação do psicólogo e a sua própria dentro da instituição; observar as produções dos alunos juntamente ao professor e pontuar as capacidades e potencialidades do discente; criar momentos de discussão e conhecimento sobre os processos de desenvolvimento humano, em especial o infantil; realizar trabalhos em parcerias com professores, assessorando-os na promoção de situações didáticas de apoio à aprendizagem, incorporadas às práticas pedagógicas cotidianas; auxiliar na construção de alternativas teórico metodológicas de ensino e avaliação focalizando a promoção de competências dos alunos; propor atividades que promovam o desenvolvimento do aluno em seus aspectos afetivos, cognitivos e pessoais. (Dias, Patias & Abaid, 2014; Galdini & Aguiar, 2003; Marinho-Araújo, 2014; Ulip & Barbosa, 2012; Vebber, 2013)
  • Realizar avaliação, a partir do saber psicológico, por meio dos seguintes instrumentos e procedimentos:
  • Diários de campo a fim de manter os registros recolhidos cotidianamente para uso contínuo e em constante atualização; fazer anotações; utilizar questionários; realizar entrevistas formais e conversas informais com os membros da instituição. Fazer observações para conhecer o espaço, as relações desenvolvidas na escola; ler os registros dos professores e documentos escolares. Fazer uso da arte como materialidade e instrumento de intervenção para a expressão de afetos e desenvolvimento de práticas saudáveis com alunos e professores, através de músicas, contos, textos e diversos tipos de competências estéticas. (Dugnani & Souza, 2016; Machado, 2014; Marinho-Araújo, 2014; Neves & Souza, 2018; Paraventi et al., 2017; Souza et al.,2014)

Referências Bibliográficas

Conselho Federal de Psicologia. (2013). Referências técnicas para Atuação de Psicólogas(os) na Educação Básica. Brasília: DF.

Dias, A. C. G.; Patias, N. D. & Abaid, J. L. W. (2014). Psicologia Escolar e possibilidades na atuação do psicólogo: Algumas reflexões. Revista Quadrimestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e EducacionaL, 18(1), 105-111. São Paulo, SP.

Dugnani, L. A. C. & Souza, V. L. T. (2016). Psicologia e gestores escolares: mediações estéticas e semióticas promovendo ações coletivas. Estudos de Psicologia, 33(2), 247-259

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