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Psicanalise

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Por:   •  1/6/2014  •  Seminário  •  1.418 Palavras (6 Páginas)  •  329 Visualizações

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Texto de Apoio: Psicanálise

Elaborado por: Barbara Thomazine

Nascia, no dia 6 de maio de 1856, o terceiro filho do casal Salomon Jacob e da jovem Amalia (ou Malka), Sigismund Scholomo Freud (ou, simplesmente, Sigmund Freud) na cidade de Freiberg (Príbor, atualmente), na Morávia, pequena cidade situada onde agora é a República Tcheca, na época pertencente ao Império Austro-Húngaro.

Freud foi um médico neuropsiquiatra da cidade de Viena (Áustria) e que teve como seu principal feito a elaboração da teoria psicanalítica baseada na sua descoberta da existência do inconsciente.

No entanto, deixemos um pouco o inconsciente de lado, assim como sua teoria para, neste momento, conhecermos um pouco a respeito do momento histórico e científico que precederam a Psicanálise.

No final do século XIX, a Medicina era, quase que inteiramente, assentada em bases biológicas; a Psiquiatria, por sua vez, era apenas um ramo da Neurologia, chamada de Neuropsiquiatria.

Na mesma época, além dos métodos de tratamento que os neuropsiquiatras utilizavam (hidroterapia, ervas medicinais, eletroconvulsoterapia, entre outros), a hipnose também era utilizada e buscava, cientificamente, seus fundamentos.

A hipnose, neste mesmo final de século, era um método terapêutico que levava a pessoa a um estado de relaxamento semelhante ao sono e que fazia com que a pessoa agisse apenas por sugestão externa, do seu hipnotizador.

Foi o neurologista Josef Breuer (1842-1925) quem apresentou a Freud a base do método hipnótico, utilizado por esse na sua jovem paciente histérica Anna O., reconhecidamente um dos casos mais famosos de Breuer e que teve fundamental importância em todo o desenvolvimento da teoria psicanalítica.

Jean Charcot, neurologista francês da famosa Universidade de Salpetrière, em Paris, era o grande nome no campo da hipnose empregada para fins científicos e Freud, entre os anos de 1885 e 1886, ao ouvir falar das descobertas de Charcot, conseguiu uma bolsa de estágio para estudar a histeria e a dissociação da mente provocada pela hipnose.

De volta a Viena, Freud continuou sua investigação a respeito da mente humana acompanhado do colega Breuer, que desenvolveu um novo método de tratamento, o método catártico, a partir de sua experiência com a hipnose e no atendimento de sua paciente Anna O.. O método catártico ou “cura pela fala” (talking cure) é definido como uma técnica que, através de certas lembranças relacionadas aos fatos traumáticos, reduz os sintomas apresentados pelo paciente. Para Laplanche e Pontalis (1998, p. 60) é um “método de psicoterapia em que o efeito terapêutico visado é uma ‘purgação’ (catharsis), uma descarga adequada dos afetos patogênicos”.

Em 1895 Freud passa a trabalhar sozinho e, abandonando as técnicas da hipnose e da catarse, desenvolve uma nova técnica que culminou na teoria psicanalítica. Resumidamente, este tratamento consiste em clarificar (ou permitir ao paciente tomar consciência) através de conversas entre paciente e psicanalista, aliado ao processo interpretativo deste profissional, as situações traumáticas responsáveis pelos sintomas apresentados.

Surge então a Psicanálise como método de tratamento psíquico que trará, através do auto-conhecimento, a possibilidade da pessoa conseguir viver melhor, aceitando as limitações e dificuldades inerentes a si e aos outros com quem convive.

A regra fundamental da psicanálise é chamada de livre associação das idéias ou, simplesmente, associação livre e consiste em “(...) associar livremente as idéias que lhe surgissem espontaneamente na mente, e verbalizá-las ao analista, independentemente de suas inibições, ou do fato se ele as julgasse importantes ou não” (ZIMERMAN, 1999, p. 291). Laplanche e Pontalis (1998, p. 38) a definem como “método que consiste em exprimir indiscriminadamente todos os pensamentos que ocorrem ao espírito, quer a partir de um elemento dado (palavra, número, imagem de um sonho, qualquer representação), quer de forma espontânea”.

A Psicanálise propôs duas principais teorias a respeito da estrutura mental: a primeira traz uma divisão mental entre consciente, pré-consciente e inconsciente e a segunda propõe a divisão entre id, ego e superego. A seguir veremos cada uma dessas teorias.

Na primeira, Freud dividiu a mente em três estruturas: consciente, pré-consciente e inconsciente1.

► Consciente: Segundo o Dicionário de Psicanálise, consciente é a “(...) qualidade momentânea que caracteriza as percepções externas e internas no conjunto dos fenômenos psíquicos” (LAPLANCHE; PONTALIS, 1998, p. 93), ou seja, o consciente é responsável por receber e perceber as informações do mundo externo (fora da nossa mente) e do mundo interno (dentro da nossa mente, aquilo que pensamos, sentimos, desejamos etc.);

► Pré-consciente: “(...) designa um sistema do aparelho psíquico nitidamente distinto do sistema inconsciente; (...) estes [conteúdos] não estão presentes no campo atual da consciência (...) mas [também] distinguem-se dos conteúdos do sistema inconsciente na medida em que permanecem de direito acessíveis à consciência (conhecimentos e recordações não atualizados, por exemplo) (LAPLANCHE; PONTALIS, 1998, p. 350);

► Inconsciente: “(...) conjunto dos conteúdos não presentes no campo efetivo da consciência, (...) é constituído por conteúdos recalcados aos quais foi recusado o acesso ao sistema pré-consciente-consciente pela ação do recalque (...) (LAPLANCHE; PONTALIS, 1998, p. 234).

Para melhor explicar os sistemas consciente, pré-consciente

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