Psicanalise
Ensaios: Psicanalise. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ana_mariliaa • 19/3/2015 • 1.659 Palavras (7 Páginas) • 750 Visualizações
Psicanálise: as Emoções nas Organizações
Em muitas situações de trabalho, são os afetos, tais com o medo, o desejo, a agressividade, a expectativa, entre tantos outros, que determinam o comportamento da pessoa.
Muitas organizações continuam com uma visão parcial dos seus colaboradores porque desprezam as emoções.
Para compreender as emoções nas organizações, a Psicanálise é uma das teorias que oferece alguns conceitos que apontam a vida afetiva que serão explorados a seguir.
O termo psicanálise refere-se a uma teoria sobre o aparelho psíquico elaborado por Sigmund Freud.
Para a teoria freudiana, o aparelho psíquico, que propicia a compreensão das emoções, é formado pelos três níveis de vida mental (consciente, subconsciente e inconsciente) e os três elementos que compõem a personalidade (id, superego e ego).
Níveis da vida mental
Nível consciente
É o nível em que a pessoa tem acesso às informações. Refere-se aos acontecimentos que estão se processando e que a pessoa toma conhecimento de imediato, estão sob o seu domínio.
Nível subconsciente ou pré-consciente
É o nível em que as informações são de fatos que já aconteceram no passado, mas são de fácil acesso, pois são informações trazidas à consciência por meio da memória.
Nível inconsciente
O inconsciente é o local, o depositário de experiências infantis, desejos inadmissíveis, doces momentos, recalques e frustações que, por alguma razão, foram reprimidos e não chegam à consciência, mas interferem no comportamento da pessoa.
Elementos da personalidade
Id: O id não tem censura nem moral. Busca satisfazer os mais profundos desejos. Só leva em consideração a busca de prazer imediato. O id é regido pelo princípio do prazer.
Superego: O superego determina a moral, os sentimentos de culpa e os remorsos que a pessoa sente. É norteado pela moral. Estas duas forças opostas id (desejo) e superego (moral), presentes em todos os seres humanos, estão sempre em conflito.
Ego: É a razão, é o elemento que busca equilibrar o id e o superego. O ego é direcionado pelo princípio da realidade.
Mecanismos de defesa ou ajustamento
O ego busca amenizar o conflito entre o id e o superego por vias naturais, usando a razão. Porém, muitas vezes, necessita de artifícios para equilibrá-los. Estes artifícios são chamados de Mecanismos de Defesa. São inconscientes e apresentam para a pessoa a realidade tal qual ela não é.
Os mecanismos de defesa, embora apresentem a realidade de maneira distorcida, ajudam a preservar a saúde mental. É uma maneira de descarregar a energia que foi acumulada pelas situações em que a pessoa não pode responder ou revidar.
Atos falhos: São as tocas de nomes, palavras, datas etc. Os atos falhos devem ser atentamente observados, pois são sintomáticos, possuem um valor revelador de alguma coisa que a pessoa tenta ocultar.
Lapsos: Os lapsos são esquecimentos involuntários (inconscientes) e podem significar algum tipo de problema com o objeto esquecido.
Sonhos: É o momento em que o inconsciente se reorganiza, liberando muitos produtos que estão sob o seu controle.
Racionalização: É a utilização de justificativas, desculpas socialmente aceitáveis que a pessoa dá aos outros e, principalmente, a si própria para comportamentos que foram motivados pelos impulsos do id.
Projeção: Ocorre quando a pessoa atribui a outra pessoa um desejo seu como se fosse a outra pessoa que estivesse desejado.
Reação de conversão: Muitas vezes, o conflito entre o id e o superego pode se manifestar em sintomas físicos. Na reação de conversão, aparecem todos os sintomas, mas testes e exames médicos não acusam nada. A doença é apena psicológica.
Doenças psicossomáticas: Nas doenças psicossomáticas, a pessoa tem o sintoma e a doença. Ao fazer exames, constata-se que ela tem, por exemplo, uma gastrite. Porém, a origem da doença está nas emoções mal administradas.
Deslocamento: É a satisfação modificada dos impulsos e desejos. Estes são adaptados ou transformados em atos socialmente aceitáveis, que não comprometem a pessoa nem ferem as convenções sociais. Exemplo:
Muitas empresas têm colocado academias em suas instalações como parte de Programa de Qualidade de Vida. Estas Academias funcionam como medidas paliativas contra o estresse, como meio de fazer com que as pessoas descarreguem, de maneira socialmente aceitável, todos os contratempos que teve que vivenciar durante o seu deia.
A sexualidade nas organizações
Se a sexualidade na sociedade sempre foi um assunto cercado de tabus, nas organizações foi e continua sendo evitado. Durante muitos anos, o namoro e o casamento entre funcionários não era aceito pela maioria das organizações. Muitos funcionários, dentro destas condições, casavam escondidos ou, quando comunicavam à organização, sabiam que um dos parceiros seria demitido.
A década de 1990 apontou uma radical mudança de valores na maioria das empresas: a permissão para o namoro e o casamento entre funcionários. As empresas foram criando programas de qualidade de vida, trazendo a convivência entre funcionários e começaram a promover a integração da família com o local de trabalho.
Para abordá-la, é a teoria freudiana que a coloca de maneira completa. A sexualidade para Freud é outro fator de fundamental relevância em sua teoria. Escandalizou sua época quando apontou a existência da sexualidade na infância. Sua teoria não se limita ao aspecto clínico, traz contribuições de grande valia para a vida das organizações. Segundo Freud, o inconsciente está diretamente ligado com as diferentes formas da sexualidade reprimida (impedida de se manifestar). Para ele, o desenvolvimento sexual estaria dividido em cinco fases. Em cada fase, a libido está direcionada e centralizada num determinado ponto.
Conforme é sabido, a teoria de Freud sobre a personalidade enfatiza que os traços da vida adulta emergem das experiências infantis e, em particular, da maneira pela qual a criança consegue conciliar as exigências da sua sexualidade e as forças externas de controle e restrição. A visão de Freud sobre a sexualidade é bastante ampla,
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