Psicanalise - Teoria Do Trauma

TEORIA DO TRAUMA

A teoria do trauma foi a primeira a ser formulada por Freud a fim de constatar o real derradeiro dos sintomas. Porém, a partir de suas experiências clinicas Freud a substitui pelos estudos da sexualidade infantil associado a funções fisiológicas da alimentção e da excreção (fase oral e anal); modificado mais tarde pelo período da fase falíca na concepção da teoria da fantasia.

Breuer foi o primeiro a compartilhar os estudos desta teoria com Freud e testemunhar a "Eficácia da fala" na superação de um trauma onde a paciente relatou que ao ver um cachorrorro lambendo a agua do copo em que ela havia bebido causou-lhe repulsa, ocasionando mais tarde uma dificuldade para ingerir líquidos ou de simplesmente levar um copo com agua a boca. Na época o principal método terapeutico utilizado por Freud era a hipnose, porém neste caso não houve nada, somente o relato do fato pela jovem. A combinação da exteriorização com a refleção da emoção retida, resultou na supressão da inibição do trauma fazendo com que ao final do relato a paciente pedisse um copo com água.

Etimologicamente Freud precisou elaborar um árduo trabalho a cada queixa relatada pelos seus pacientes pois agora exigia que ele os tratasse de maneira peculiar. Mas tudo segundo as hipóteses de Freud era orientado pela suposição do trauma sexual infantil, pois onde havia um trauma existia um sintoma.

O trauma será sempre de natureza sexual, ainda que o índividuo não tenha conhecimento consciente disso e não haja indícios no sintoma; terá ocorrido na infancia, sendo esquecido até a puberdade onde receberá estímulos para que a sexualidade seja recentimente desperta. Assim o evento traumatico é novamente suprimido da consciencia, mas não haverá o esquecimento das lembranças desagradaveis sendo assim recalcadas para o inconsciente (então concebido como depósito de traumas) deixando por si um representante em seu lugar o sintoma.

O sintoma é uma consequencia do processo de recalcamento, "definido como a realização de uma fantasia de conteúdo sexual, ou seja, representa, na totalidade ou em parte, a atividade sexual do sujeito provinda das fontes das pulsões parciais, normais ou perversas" ( DIAS, 2006). O sintoma psicológico constitui-se de um sofrimento não diagnosticado por exames médicos pois não é de natureza organica e são manifestos de diversas maneiras; pelo corpo (físico), com dores, paralisias, disturbios, nauseas, etc; ou emocional (psíquica), irritabilidade, melancolia, estado de depressão, ansiedade, inibição, medo, obsseções e etc.