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Psicanálise Sigmund Freud

Por:   •  26/4/2020  •  Dissertação  •  1.954 Palavras (8 Páginas)  •  242 Visualizações

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Explique de forma sucinta quem foi Sigmund Freud e porque sua formação foi importante para a invenção da Psicanálise?

Sigmund Freud, de família judia, foi um estudante exemplar desde o início de sua formação, tendo ingressado na faculdade de medicina de Viena, no século XIX. Durante a sua formação se especializou em neurofisiologia, ao estudar o sistema nervoso de enguias. Inseguro sobre sua especialização após a conclusão do curso, conseguiu uma bolsa para estudar em Paris, tendo como orientador o renomado J. M. Charcot, o qual abandonara praticamente a neurologia, para estudar a histeria, a qual se caracterizava em apresentar sintomas nos pacientes sem uma causa orgânica. Charcot se utilizava da hipnose para que seus pacientes ficassem num estado hipnótico e assim, através de sugestões, conseguia eliminar os sintomas dos pacientes, que poderiam ser os mais diversos, desde paralisias corporais, cegueiras etc. Quando retornou para Viena teve a oportunidade de se encontrar com um médico que conhecera na graduação, Dr. Josef Breuer, o qual se tornou uma espécie de mentor, chegando a financiá-lo. Com esta união, foi possível a publicação do livro que estudava os mecanismos da histeria, no qual havia uma parte teórica, como também o relato do tratamento de pacientes específicos (método catártico). Basicamente o método empregado era o da hipnose, onde os pacientes, em estado hipnótico, eram levados ao passado onde existia uma fase traumática, origem das manifestações histéricas.Com o tempo o método foi aperfeiçoado, já sem a colaboração de Breuer, com a introdução da livre associação, o qual é a base dos estudos psicanalíticos.

2. Afinal, o que é Psicanálise?

Segundo Freud, "A Psicanálise é em essência a cura pelo amor".

Pode ser definida como uma ferramenta eficiente para o autoconhecimento, a qual promove a autoestima, a harmonização de traumas, conflitos  psíquicos, já que os inúmeros sintomas, sem qualquer vinculação como problemas orgânicos, tais como a ansiedade, angústia, obsessão, compulsão, síndrome do pânico, depressão etc, podem vir a serem harmonizados, buscando-se no inconsciente, através da fala psicanalítica, a origem de possíveis traumas, ou o conhecimento de fatos, que estavam incrustado no inconsciente, os quais são trazidos para o consciente, propiciando um alívio para os sintomas. 

3. É necessário ser Médico ou Psicólogo para se tornar psicanalista? Explique.

Para se tornar um psicanalista não há necessidade alguma de ser médico ou psicólogo, pois se trata de um curso livre.

A exigência é que o estudante já seja graduado em algum curso universitário, como por exemplo, jornalismo, direito, filosofia, dentre outros.

É necessário, contudo que seja cumprido um protocolo, que consiste no tripé psicanalítico:

Teoria

Análise pessoal

Supervisão clínica

4. Qual a diferença entre Psicanálise e Psicologia?

Enquanto que a psicanálise é um curso de modalidade livre, cujo arcabouço necessário é composto de uma formação teórica, análise pessoal e supervisão clínica, não sendo considerado uma ciência, já que trata singularmente de indivíduos, a psicologia é considerada uma ciência, a qual se vale do método científico para estudar os fenômenos psíquicos e comportamento dos seres humanos. Há de se destacar que o psicólogo é o profissional habilitado para elaborar o psicodiagnóstico, devendo, ainda, ser registrado no Conselho Regional de Psicologia, como, também, cursar psicologia em uma Universidade, com prazo médio de conclusão de cinco anos.

5. Descreva 5 habilidades necessárias para exercer a psicanálise clínica?

Fez-se uma pesquisa no site abaixo, onde o autor elencou 9 habilidades para o exercício clínico da psicanálise.

Separamos 5, os quais nos pareceu mais relevantes, quais sejam:

1. Ser profundamente apaixonado pela psicanálise

Como em todas as profissões o indivíduo, em tese, deve se identificar com seu objeto de estudo, porém acredito que a psicanálise é algo ímpar. O candidato a analista deve amar de maneira incondicional a profissão que abraçou, pois ele estará diante das mazelas humanas, as quais sempre o influenciarão. Assim deve existir uma relação de amor pela psicanálise, amor este traduzido em estudo, e lutar pela cura do paciente, pois como disse Freud, “a psicanálise é em essência a cura pelo amor”.

2. Ser capaz de suportar grandes doses de angústia diárias

Como mencionado no item 1, o psicanalista tratará das angústias diárias de seus pacientes, sendo necessário, portanto, que esteja com sua análise pessoal “em dia”, já que grande parte da carga emocional dos seus pacientes lhe será repassada.

3. Ser humilde e curioso frente o saber inconsciente

Esta habilidade a meu ver é fundamental, pois o próprio Freud foi humilde ao extremo, ao ponto de permitir que seus pacientes expusessem as suas questões, sem jamais serem interrompidos ou questionados. Quando Freud examinava a paciente Anna O, esta chegou a pedir que Freud se calasse quando esta estava no meio de sua fala. Freud se calou e a ouviu atentamente. A humildade acompanha os gênios.

4. Ser tenaz diante das pressões por "melhora rápida", vinda por parte dos pacientes e da nossa sociedade materialista e consumista.

Atualmente há uma profusão sem conta de diversos “personal trainers” e coach que prometem curas milagrosas em poucos dias. A nossa sociedade, a qual vive em um ritmo acelerado, muitas vezes não entende que qualquer processo que levou anos para se instalar não pode ser desfeito como num passe de mágica. Daí a necessidade de o analista ter um pulso forte e repudiar qualquer tipo de interpelação por parte dos pacientes exigindo uma cura rápida.

5. Sentir simpatia pelos pacientes, mas não empatia.

Segundo pesquisa realizada no site abaixo, a empatia pode vir a ser definida como:

“Ação de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir ou pensar da forma como ela pensaria ou agiria nas mesmas circunstâncias. Aptidão para se identificar com o outro, sentindo o que ele sente, desejando o que ele deseja, aprendendo da maneira como ele aprende etc.[Psicologia] Identificação de um sujeito com outro; quando alguém, através de suas próprias especulações ou sensações, se coloca no lugar de outra pessoa, tentando entendê-la.”

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