Psicoligia
Monografias: Psicoligia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: thaispontara • 1/4/2014 • 9.720 Palavras (39 Páginas) • 817 Visualizações
ANA MARIA BOCK
SUMÁRIO PARTE 1 A CARACTERIZAÇÃO DA PSICOLOGIA
CAPÍTULO 1 A PSICOLOGIA OU AS PSICOLOGIAS Ciência e senso comum 15 O senso comum: conhecimento da realidade 16 Áreas do conhecimento 18 A Psicologia científica 19 A Psicologia e o misticismo 26 Texto complementar: A psicologia dos psicólogos- Hilton Japiassu 28
CAPÍTULO 2 A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
As principais teorias da psicologia no século 20 43
CAPÍTULO 3 O BEHAVIORISMO
Psicologia e história 31 A psicologia entre os gregos: os primórdios 32 A psicologia no Império Romano e na Idade Média 34 A psicologia no Renascimento 35 A origem da Psicologia científica 37 A Psicologia científica 40 O estudo do comportamento 45 À análise experimental do comportamento 46 Behaviorismo: sua aplicação 5 Texto complementar: O eu e os outros - B.F Skinner 5 filmes Indicados: Meu tio da América; Laranja mecânica 58
CAPÍTULO 4 A GESTALT
CAPÍTULO 5 A PSICANÁLISE
A psicologia da forma 57 A teoria de campo de Kurt Lewin 65 Texto complementar: Chaves da vaguidão - Fernando Sabino 67 filmes indicados: Vida de solteiro; Rashomon 69 I Sigmund Freud 70 A descoberta do inconsciente 73 psicanálise: aplicações e contribuições sociais 80 texto complementar: Sobre o inconsciente - Fábio Hermann 82 filme indicado - Freud, além da alma 84
CAPÍTULO 6 PSICOLOGIA EM CNSTRUÇÃO Psicologia em construção 85 Vigotski e a Psicologia Sócio -Histórica 86 Texto complementar: Pensamento e palavra - L. S. Vygotsky 94 Filmes indicados: A guerra do fogo, kids 96
CAPÍTULO 7 A PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO Uma área da psicologia 97 O desenvolvimento humano 98 Aspectos do desenvolvimento humano 100 A teoria do desenvolvimento humano de Jean Piaget 101 O enfoque interacionista do desenvolvimento humano: Vigotski 107 Vigotski e Piaget 110 Texto complementar: As diferenças dos irmãos - Elias José 1 Filme indicado: Esperança e glória 113
CAPÍTULO 17 Família O que está acontecendo com ela?
CAPÍTULO 23 Saúde ou doença mental: A questão da normalidade
CAPÍTULO 8: A APRENDIZAGEM COMO OBJETO DE ESTUDO CPÍTULO 9: A PSICOLOGIA SOCIAL CAPÍTULO 10: A PSCOLOGIA COMO PROFISSÃO. PARTE 2 TEMAS TEÓRICOS EM PSICOLOGIA. CAPÍTULO 1: A Multideterminação do Humano: uma visão em Psicologia CAPÍTULO 12 A inteligência CAPÍTULO 13 Vida Afetiva CAPÍTULO 14 Identidade. CAPÍTULO 15 Psicologia institucional e Processo Grupal. CAPÍTULO 16 Sexualidade PARTE 3 Psicologia: UMA LEITURA DA REALIDADE CAPÍTULO 18 A escola CAPÍTULO 19 Meios de comunicação de massa CAPÍTULO 20 Adolescência: Torna-se jovem CAPÍTULO 21 A escolha de uma profissão CAPÍTULO 2 As faces da violência
CAPÍTULO 1
Quantas vezes, no nosso dia-a-dia, ouvimos o termo psicologia? Qualquer um entende um pouco dela. Poderíamos até mesmo dizer que "de psicólogo e de louco todo mundo tem um pouco". O dito popular não é bem este ("de que médico e de louco todo mundo tem um pouco"), mas parece servir aqui perfeitamente. As pessoas em geral têm a "sua psicologia".
Usamos o termo psicologia, no nosso cotidiano, com vários sentidos. Por exemplo, quando falamos do poder de persuasão do vendedor, dizemos que ele usa de "psicologia" para vender seu produto; quando nos referimos à jovem estudante que usa seu poder de sedução para atrair o rapaz, falamos que ela usa de "psicologia"; e quando procuramos aquele amigo, que está sempre disposto a ouvir nossos problemas, dizemos que ele tem "psicologia" para entender as pessoas.
Será essa a psicologia dos psicólogos? Certamente não. Essa psicologia, usada no cotidiano pelas pessoas em geral, é denominada de psicologia do senso comum. Mas nem por isso deixa de ser uma psicologia. O que estamos querendo dizer é que as pessoas, normalmente, têm um domínio, mesmo que pequeno e superficial, do conhecimento acumulado pela Psicologia científica, o que lhes permite explicar ou compreender seus problemas cotidianos de um ponto de vista psicológico.
É a Psicologia científica que pretendemos apresentar a você. Mas, antes de iniciarmos o seu estudo, faremos uma exposição da relação ciência/senso comum; depois falaremos mais detalhadamente sobre ciência e, assim, esperamos que você compreenda melhor a Psicologia científica.
Existe um domínio da vida que pode ser entendido como vida Por excelência: é a vida do cotidiano. É no cotidiano que tudo flui que as coisas acontecem, que nos sentimos vivos, que sentimos a realidade. Neste instante estou lendo um livro de Psicologia, logo mais estarei numa sala de aula fazendo uma prova e depois irei ao cinema. Enquanto isso, tenho sede e tomo um refrigerante na cantina da escola; sinto um sono irresistível e preciso de muita força de vontade para não dormir em plena aula; lembro-me de que havia prometido chegar cedo para o almoço. Todos esses acontecimentos denunciam que estamos vivos. Já a ciência é uma atividade eminentemente reflexiva. Ela procura compreender, elucidar e alterar esse cotidiano, a partir de seu estudo sistemático.
Quando fazemos ciência, baseamo-nos na realidade cotidiana e pensamos sobre ela.
de investigação – o que permite a construção do conhecimento científico sobre o real
Afastamo-nos dela para refletir e conhecer além de suas aparências. O cotidiano e o conhecimento científico que temos realidade aproximam-se e se afastam: aproximam- se porque a ciência se refere ao real; afastam-se porque a ciência abstrai a realidade para compreendê-la melhor, ou seja, a ciência afasta-se da realidade, transformando-a em objeto
aceitamos as regras do seu jogo
Para compreender isso melhor, pense na abstração (no distanciamento e trabalho mental) que Newton teve que fazer para, partindo da fruta a árvore (fato do cotidiano), formar a lei da gravidade (fato científico). Ocorre que, mesmo o mais especializado dos cientistas, quando sai de seu laboratório, está submetido à dinâmica do cotidiano, que cria suas próprias "teorias" a partir das teorias científicas, seja como forma de "simplificá-las" para o uso no dia-a-dia, ou como sua maneira peculiar de interpretar fatos, a despeito das considerações feitas pela ciência.
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