Psicologia Clinica e Juridica - Semelhanças e Discordâncias
Por: Jercilene Rodrigues • 17/9/2016 • Artigo • 3.654 Palavras (15 Páginas) • 488 Visualizações
Prática Integrativa I Curso de Psicologia - CCS Universidade de Fortaleza Novembro de 2014 |
PSICOLOGIA CLÍNICA E JURÍDICA – SEMELHANÇAS E DISCORDÂNCIAS
Autores: Ana Raquel de Sousa e Jercilene Rodrigues
Profa. Orientadora: Irvina Sampaio
Palavras-chave: Psicologia Jurídica. Psicologia Clínica. Semelhanças. Discordâncias. Áreas de Atuação.
Resumo
Este trabalho, feito para a disciplina de Práticas Integrativas I, com supervisão da professor/orientador Irvina Sampaio, possui como objetivo apresentar as discussões e resultados da pesquisa desenvolvidos, tendo como objeto de pesquisa as entrevistas com psicólogos das áreas de psicologia jurídica e a clínica, com interesse não apenas na prática profissional como também no processo de graduação do curso. A pesquisa utilizada foi qualitativa e o estilo de entrevista foi semiaberto, sendo dois psicólogos, um de cada área escolhida. Foi observado de acordo com as entrevistas que a psicologia é necessária para qualquer área de trabalho, e após o processo de formação deve-se continuar estudando e pesquisando, pois somente a graduação não basta, e que as dificuldades existem sim, mas podem ser vencidas. O trabalho ajudou bastante as pesquisadoras a conhecerem melhor as respectivas áreas da psicologia das quais mais se identificam.
Introdução
Este artigo tem como objetivo mostrar os resultados de uma pesquisa desenvolvida para a disciplina de Prática Integrativa I, do curso de Psicologia da Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Disciplina cujo objetivo é desenvolver as competências necessárias ao futuro profissional de psicologia, tais como ouvir o que os entrevistados tem a dizer, analisar os relatos e narrativas, relacionar esses dados com conceitos aprendidos nas disciplinas teóricas, ampliar a compreensão das diferentes abordagens e áreas de atuação da prática e saberes psicológicos. E para isso, a disciplina de prática propõe que cada dupla realize entrevistas com psicólogos das áreas que mais lhe chamarem atenção. Para o desenvolvimento da entrevista, foram escolhidas as áreas de atuação Jurídica, a atividade do psicólogo relativa à descrição dos processos mentais e comportamentais do sujeito, de acordo com as técnicas psicológicas reconhecidas, respondendo estritamente à demanda judicial, porém sem emitir juízo de valor
(Silva, Denise Maria Perissini da, 2002); e Clinica, considera-se uma atividade prática e em simultâneo, um conjunto de teorias e métodos, pode ser definida como a sub-disciplina da psicologia que tem como objetivo o estudo, a avaliação, o diagnóstico, a ajuda e o tratamento do sofrimento psíquico, qualquer que seja a causa subjacente (Brito,Sandra; 2008). A entrevista realizada buscou compreender como se deu a formação do psicólogo na sua graduação e conhecer um pouco mais detalhadamente a área do entrevistado, como é o seu trabalho nessa área, quais as dificuldades enfrentadas pelo psicólogo tanto na graduação como na prática profissional, como se dá o uso das abordagens na intervenção profissional, como foi o seu processo de graduação e se há satisfação pela sua escolha quanto ao curso e ao campo profissional. De acordo com Figueiredo, referente ao referencial teórico da clinica, o mesmo explica que não restam dúvidas de que o referencial teórico do psicólogo clínico constitui-se numa das ferramentas com as quais ele constrói o espaço da clínica. Porém, ao mesmo tempo em que necessita desse referencial para visualizar a queixa, problema ou sofrimento do indivíduo, ele precisa se afastar desse mesmo referencial para poder enxergar a singularidade do sujeito, sem correr o risco de impor o seu saber sobre ele. Com isso, entendem-se como as noções de sujeito, subjetividade e as concepções teóricas que embasam o fazer clínico, norteiam esta ação. Em relação a psicologia jurídica, Caires (2003, p. 34) postula que os grandes teóricos do Direito “são unânimes em reconhecer a importância do ‘olhar psicológico’ e da ‘análise psicológica’ sobre e nesse universo, envolvendo o indivíduo,a sociedade e a Justiça”. (CAIRES,2003, p. 34).
Metodologia
O modo de pesquisa utilizada para o desenvolvimento desse trabalho foi a pesquisa qualitativa. Nas ciências sociais empíricas, a entrevista qualitativa é uma metodologia de coleta de dados amplamente empregada. Ela é, como escreveu Robert Farr (1982), “essencialmente uma técnica, ou método, para estabelecer ou descobrir que existem perspectivas, ou pontos de vista sobre os fatos, além daqueles da pessoa que inicia a entrevista.
Para o coleta de dados foi utilizado o modo de entrevista semi-aberta. Manzini (1990/1991, p. 154), o define como: ”A entrevista semi-estruturada está focalizada em um assunto sobre o qual confeccionamos um roteiro com perguntas principais, complementadas por outras questões inerentes às circunstâncias momentâneas à entrevista.”
Foram escolhidos dois psicólogos, um da área jurídica e outro da área clínica, para a realização da entrevista. As pesquisadoras foram ao local de trabalho dos dois psicólogos, ambas as entrevistas foram realizadas na Universidade onde os entrevistados também tem a prática do magistério. O psicólogo jurídico Mauricio Ribeiro preferiu que a entrevista fosse gravada, assim como a psicóloga clínica Susana Lins.
Ao longo de todo o processo de realização do trabalho, as pesquisadoras tiveram a orientação e supervisão com a professora/orientadora Irvina Sampaio da disciplina de Prática Integrativa I. Os dados coletados pelas entrevistas feitas só serão divulgadas no meio acadêmico e os nomes dos psicólogos e das empresas relacionadas aos mesmos, não serão divulgados também.O trabalho foi realizado pelas pesquisadoras durante o segundo semestre de 2014, de agosto a novembro.
Resultados e Discussão
A pesquisa foi realizada a partir de 2 entrevistas como foi citado anteriormente. A primeira foi com o psicólogo jurídico, Mauricio Ribeiro, que trabalha no Tribunal de Justiça do Ceará, e a segunda foi com a psicóloga clinica, Susana Lins, que trabalha em sua clinica e pratica o magistério junto com o psicólogo jurídico que foi citado anteriormente.
Primeiramente, foi perguntado sobre a formação acadêmica de cada um e no desenrolar da entrevista foi perguntado por que de ambos terem escolhido o curso de psicologia, como resposta o psicólogo jurídico disse a famosa frase “não foi eu que escolhi a psicologia, e sim ela que me escolheu”. Após essa decisão ele cursou psicologia na Universidade Federal do Ceará (UFC), onde concluiu sua graduação. Já a psicóloga clínica, disse que aos 13 anos teve a sua primeira consulta com uma psicóloga e apaixonou-se pela profissão. A partir dessa decisão, conclui seu ensino médio e foi cursar psicologia na Universidade de Fortaleza (UNIFOR).
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