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Psicologia Cognitiva Comportamental

Por:   •  26/4/2016  •  Resenha  •  568 Palavras (3 Páginas)  •  911 Visualizações

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BARBOSA, Joao Ilo Coelho; BORBA, Aécio (Ed.). O surgimento das terapias cognitivo-comportamentais e suas consequências para o desenvolvimento de uma abordagem clinica analítico-comportamental dos eventos privados. Revista Brasileira de Terapia Comportamental Cognitiva, Campinas-SP, p.60-79, 2010. Quadrimestral.. Acesso em: 14 abr. 2016.

O presente trabalho busca discutir o distanciamento dos terapeutas cognitivo-comportamentais das propostas terapêuticas baseadas no behaviorismo radical. Para tanto, apresenta uma análise histórica acerca da origem e desenvolvimento das terapias comportamentais, abordando desde o tema “modificação do comportamento”, passando pelo enfoque respondente, que apresentou os primeiros trabalhos de condicionamento em humanos e que prevaleceram até o início da década de 50. Avalia o enfoque operante, que foi mais difundido nos EUA e que teve como característica o emprego em larga escala do condicionamento operante, especialmente em ambientes planejados, mas que passou a ser criticado por um suposto determinismo ambiental excessivo (Bandura, 1977a). Na sequencia, apresenta o enfoque da Teoria da Aprendizagem Social, que tem como base teórica a aprendizagem por observação, até chegar ao Enfoque da Modificação do Comportamento Cognitivo e o surgimento das terapias cognitivo-comportamentais, que introduz a imaginação como instrumento terapêutico na mudança de comportamento.

Na realidade, o distanciamento dos terapeutas cognitivo-comportamentais das propostas terapêuticas baseadas no behaviorismo radical ocorreu devido às dificuldades em incorporar em sua prática clínica os conceitos derivados das pesquisas com comportamento verbal e da abordagem Skinneriana de eventos privados, resultando num atraso na apresentação de propostas consistentes para a abordagem clínica dos eventos privados.

Posteriormente, Mahoney e Arnkoff (1978) propuseram a classificação das terapias cognitivo-

comportamentais em três grupos, separados de acordo com seus objetivos: a) as terapias de habilidades para o enfrentamento, cujo enfoque é minimizar os efeitos negativos do eventos externos; b) terapias de resolução de problemas, que tem como foco os estilos de reação e a produção ou identificação de um maior numero de alternativas possíveis para a solução de problemas; e c) as técnicas de reestruturação cognitiva, cujo alvo é a mudança de pensamentos perturbadores.

Apesar das diferenças quanto aos objetivos e técnicas utilizadas, Dobson e Block (1988) identificaram três premissas básicas partilhadas pelas terapias cognitivo-comportamentais: 1) A atividade cognitiva afeta o comportamento. 2) A atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada. 3) A mudança de comportamento almejada pode ser afetada pela mudança cognitiva.

O surgimento das terapias cognitivo-comportamentais intensificou as discussões sobre a necessidade de elaboração de um modelo de intervenção comportamental frente aos eventos privados e propiciou o surgimento de novas formas de terapia de base analítico-comportamental, possibilitando a expansão da área de atuação dos analistas de comportamento, fortalecendo a necessidade de realização de pesquisas sobre a intervenção do terapeuta comportamental no ambiente de clínica face-a-face.

Mais tarde, na década de 80, surgiram propostas terapêuticas voltadas para a atuação em um contexto de terapia verbal que levasse em consideração a subjetividade ao mesmo tempo em que mantivesse coerência com o modelo teórico defendido na Análise do Comportamento, caracterizado pelo selecionismo, o monismo ontológico e a perspectiva relacional.

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