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Psicologia Do Esporte

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Por:   •  5/11/2013  •  2.899 Palavras (12 Páginas)  •  493 Visualizações

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A Psicologia do esporte no Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro

Daniele Mariano Seda – CRP-05

Adriana Amaral do Espírito Santo – CRP-05

José Henrique Lobato Vianna – CRP-05

Louise Cordeiro Borba Nogueira – CRP-05

Aparecida Carina Alves de Souza – CRP-05

cotec@crprj.org.br

A Psicologia do Esporte vem crescendo no Brasil desde a década de 1950, quando

temos seu início oficial, antes mesmo da regulamentação da profissão de psicólogo (lei

4.119/62). Porém, no âmbito do Sistema Conselhos, criado em 1971 (lei 5.766), ainda são

fugazes as ações para sistematização, problematização e ampliação de uma prática nesta

área.

Visando contribuir para esta construção, o presente artigo pretende apresentar a

experiência do Grupo de Trabalho (GT) de Psicologia do Esporte que aconteceu no

Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-05) entre outubro de 2008 e

outubro de 2009.

Para isso, iniciamos com uma breve contextualização histórica do surgimento da

Psicologia do Esporte como campo de atuação no Brasil. Em seguida, a situamos com

relação ao CRP-05, mostrando o espaço que se abriu para a criação do GT. Relatamos as

principais atividades desenvolvidas ao longo de um ano de funcionamento e terminamos

apresentando os futuros caminhos do GT, que encerrou suas atividades, mas conseguiu

conquistar seu espaço dentro do Conselho, dando prosseguimento a suas ações inserido em

uma Comissão.

1. Contextualizando a Psicologia do Esporte no Brasil

Conforme apontado por Espírito Santo (2008), o século XIX marcou um período

de grandes mudanças no mundo, nos mais diversos aspectos da sociedade. No que tange à

educação sobre o corpo, em diversos países da Europa, os sistemas ginásticos ganharam

impulso, sob a bandeira da defesa nacional, disseminando a disciplina, a moral e a

normatização do corpo através da ginástica (Soares, 2000).

Nesse sentido, o Movimento Ginástico Europeu, inicialmente de cunho militarista,

num período de muitos conflitos entre nações, foi um elemento fundamental de

sistematização da Educação Física, extrapolando a Europa e chegando até outros países,

inclusive o Brasil.

Como mostra Betti (1991), paralelamente a este movimento, por estar alheia às

invasões estrangeiras, graças à sua posição geográfica privilegiada e à força de sua

marinha, veio da Inglaterra outro elemento que iria constituir a Educação Física moderna: o

esporte, que se fortalece enquanto instituição através do resgate dos Jogos Olímpicos pelo

Barão de Coubertin, em 1896. São constituídos padrões de funcionamento, regras e normas

de conduta, caminhando para uma crescente profissionalização, com o desenvolvimento das

chamadas “ciências do esporte”.

Neste contexto, “a Psicologia também surge como demanda, inicialmente em

busca de uma explicação dos resultados, um modelo produtor de verdades, que utilizava em

grande escala os testes e avaliações, como todas as áreas da Psicologia em sua aplicação

inicial” (Espírito Santo, 2008, p. 49).

No Brasil, o registro oficial de instituição da Psicologia do Esporte como um ramo

da Psicologia é bem posterior ao de outros países, apenas no ano de 1954. Foi quando João

Carvalhaes, então trabalhando no recrutamento e seleção de motoristas da CMTC

(Companhia Municipal de Transporte Coletivo), em São Paulo, iniciou sua atuação como

psicólogo junto à Federação Paulista de Futebol, realizando a seleção de árbitros. Ele

trabalhou ainda como comentarista de lutas de boxe, porém se fixou mesmo no futebol:

ainda na década de 1950, atuou no São Paulo Futebol Clube e na seleção brasileira que se

sagrou campeã da Copa do Mundo de 1958, na Suécia (Ciampa et. al., 2001).

Carvalhaes causou muita polêmica entre os dirigentes, técnicos, jogadores e,

principalmente, diante da imprensa, ao introduzir no Brasil algo inédito, que mesmo no

âmbito mundial também engatinhava apenas. Segundo Rubio (Ciampa et. al., 2001), seu

mérito foi não ter copiado a metodologia que se adotava em países como Estados Unidos e

Rússia, mas sim criar possibilidades de intervenções que atendessem às demandas da

realidade brasileira (Ciampa et. al., 2001).

A partir de então, a Psicologia do Esporte em nosso país vem caminhando,

embora a passos lentos e ainda tendo como principal polo a cidade de São Paulo. A

produção científica ainda é pequena, a inserção dos profissionais é difícil e a disciplina

ainda inexiste na maioria dos currículos de Psicologia, como exemplifica SILVA (2007):

Quase nenhuma literatura sobre a Psicologia do Esporte é encontrada na

...

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