Psicologia Educacional

Resumo da aula de psicologia educacional

FMU – Pós Graduação em Educação Física Escolar

Professor Mestrando Rodrigo Paiva

          Nome – Fábio Aparecido Ferreira Milagres                           RA – 8751

Como os autores contribuem com algumas situações reais para a Educação Física

No nosso dia a dia escolar nos deparamos com algumas situações que lembram muito as teorias desses autores que iremos citar. Graças a essas teorias conseguimos entender o comportamento da criança.

Autores como Piaget, Skinner, Vygotsky e Freud foram fundamentais para a evolução do ser humano, eles explicam coisas que nos ajudam a entender as atitudes da criança, faremos um breve resumo de cada autor depois explicaremos como eles contribuíram para as situações reais da Educação Física escolar.

Piaget

Jean Piaget foi Biólogo, ele criou métodos relacionados com o desenvolvimento humano. Seu estudo voltou-se preferencialmente para crianças, em umas das suas teses ele afirmava que o meio não influenciava no desenvolvimento das crianças. Segundo Piaget, a criança passa por quatro etapas do desenvolvimento cognitivo, que são elas: sensório-motor (0-2anos), pré-operacional (2-7 anos), operatório concreto (7-11 anos), operatório formal (12 anos em diante). Cada uma dessas etapas possui características próprias que nos ajudam a entender o desenvolvimento da criança.
Para Piaget a escola deve partir dos esquemas de assimilação da criança, propondo atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo a descoberta e a construção do conhecimento.

Sensório-motor é a fase em que a criança se torna o centro do universo, o que chamamos de egocentrismo, crianças brincam sozinhas, ou seja, aprendem com a repetição. Isso nos ajuda a entender porque a criança com essa faixa etária não costuma dividir seus brinquedos.

Pré-operacional nessa fase a criança tem a capacidade de substituir um objeto ou acontecimento por uma representação simbólica, é o que chamamos de assimilação deformante, ou seja, para entender a realidade a criança a deforma, como forma de experimento. Isso nos ajuda a entender, por exemplo, porque a criança imagina diversas situações com um mesmo objeto, no caso essa representação é feita pelo seu próprio brinquedo.

Operatório concreto estádio em que a criança deixa de confundir o real com a fantasia. Nessa fase podemos trabalhar com a criança algumas atividades que incluem regras e o jogo coletivo, na escola em que trabalho (Alan) tem um curso chamado Escolinha de Bola, onde trabalhamos bastante esse estádio do Piaget, passamos para a criança atividades coletivas com algumas regras e limites, as crianças entendem perfeitamente.

Quando trabalho jogos com regras a equipe que começa a perder geralmente me pede “um tempinho” para fazer “planinho”, assim começam a criar estratégias e entender melhor as regras (Mônica).

Operatório Formal a criança não se limita mais a representação imediata nem somente às relações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as relações possíveis logicamente buscando soluções a partir de hipóteses e não apenas pela observação da realidade. A criança elabora estratégias complexas, criam situações onde elas próprias são capazes de solucionar. O maior exemplo disso é quando passamos uma atividade como o futebol, as crianças tem autonomia de solucionar os problemas criados pela situação do jogo, como as regras, alguns fundamentos, a questão sócio-afetiva, a cooperação... No 1º bimestre faço um trabalho onde, em grupo, os alunos criam um novo jogo com regras simples. Dependendo da turma eles aplicam seus jogos nos colegas, ou eu mesma faço isso (Mônica).

A teoria de Piaget nos ajuda a compreender as crianças e entender as diversas situações que elas nos transmitem.

Skinner

Segundo Skinner as mudanças no comportamento são o resultado de uma resposta individual a estímulos que ocorrem no meio e, portanto reforçar tais estímulos significa fortalecer o comportamento. Por exemplo, em uma aula de Educação Física, quando aparecemos com uma bola seja ela qual for, dificilmente os alunos nos dão ouvido, porque a bola estimulou o aluno, ou seja, a bola faz com que o aluno perca o professor de foco.  Skinner associa Estímulo com resposta e comportamento, a criança se estimulou com a bola, sua resposta foi o comportamento dentro da aula.

Durante as aulas, eu (Fábio) pude constatar várias vezes a teoria de estímulo-resposta de Skinner, um exemplo bem claro é quando estou com a bola de futebol em mãos, esse é o chamado estímulo antecedente, esse estímulo fez com que o comportamento dos alunos fosse o de formar times, e isso causou a conseqüência, q nesse exemplo foi a alegria e satisfação do grupo, mas um outro dia me viram apenas com cones, e sem a bola, esse estímulo fez com que meus alunos já dissessem com antecedência que não estavam a fim de fazer a aula, causando a conseqüência de decepção, ou seja, para Skinner o estímulo antecedente influencia diretamente no comportamento,e o comportamento é o que vai trazer a conseqüência, seja ela de alegria ou decepção, e para Skinner o mais determinante dentre essas “etapas” é a conseqüência. Temos alguns acordos, dentre eles, se eu conseguir fazer a chamada sem a gritaria e brigas que as vezes acontece, eles escolhem a primeira atividade da aula, quando entro com o diário na mão correm para sentar e cobram silêncio dos colegas (Mônica).

A teoria de Skinner explica como o comportamento do ser humano é alterado perante algo que o estimule, principalmente se for algo que o satisfaça.

Skinner também da muita importância ao reforço, que pode ser positivo ou negativo, sendo que o positivo se acrescenta algum estímulo do ambiente, e o negativo se elimina o estímulo do ambiente.Eu (Fábio) já pude constatar algumas vezes isso Ex: Usar o uniforme da escola por que é obrigatório (reforço negativo), pois o fato de ser obrigatório é um aversivo que faz o aluno usar o uniforme,  se o aluno usar o uniforme por que é bonito e assim ele receberá elogios, o usar uniforme se torna um reforço positivo,ou seja, o estímulo positivo é a conseqüência do comportamento que aumenta sua probabilidade de ocorrência por adição de estímulos reforçadores, e o negativo é a conseqüência do comportamento que aumenta sua probabilidade de ocorrência pela retirada de estímulos aversivos do ambiente.