Psicologia Escolar - Práticas Críticas (parte I)
Por: Catalisadora • 10/3/2019 • Resenha • 357 Palavras (2 Páginas) • 291 Visualizações
A psicologia da educação é um ramo da psicologia caracterizado pelo estudo dos
processos de ensino e aprendizagem a partir de diversas vertentes, como: os mecanismos
empregados no aprendizado; o potencial de possíveis estratégias e métodos educacionais; e a
análise do funcionamento da própria instituição escolar. O papel do psicólogo escolar
concentra-se em seu compromisso de competência teórica e prática com as questões da
escola, buscando tornar a aprendizagem mais efetiva e significativa; destacando-se as
motivações e as dificuldades de aprendizado do educando.
O fracasso escolar é uma das principais questões teórico-práticas estudadas pela
psicologia da educação e para compreender as inúmeras diretrizes que culminam nesse
quadro devemos considerar as relações estabelecidas entre os fatores históricos do
desenvolvimento da psicologia e a realidade da educação vigente no Brasil; observando o
papel dessas relações na constituição social, educacional e da própria concepção da psicologia
como uma ciência.
As abordagens tradicionais da psicologia podem justificar o quadro educacional
brasileiro que, apesar de ter evoluído com o tempo, ainda se mostra falho e ineficiente. O
número de escolas incapaz de suprir a demanda de alunos, a grande evasão de indivíduos, o
mal aproveitamento do aprendizado escolar e os altos índices de analfabetismo continuam
sendo uma realidade no Brasil. A concretização do papel da escola na formação social, moral e
humana acaba sendo impossibilitada.
Ao retomar o panorama vivido no século XIX podemos explicar o porquê da psicologia
ser como é hoje, pois a mesma surgiu nesse período e foi responsável por auxiliar a burguesia
a traduzir as exigências do proletariado em termos equivalentes à hierarquia social. Portanto, a
psicologia surge como um recurso de reordenação dos status da sociedade em seus aspectos
políticos e sociais. Assim, por surgir nesse contexto, a psicologia continua a reproduzir essa
condição.
A partir da década de 1980, a visão tradicional passou a ser denunciada e uma
postura crítica do psicólogo escolar foi consolidada. Apesar dessa mudança de pensamento, há
vários conceitos que retomam às concepções tradicionais e são incorporados ao discurso
crítico. O teor tradicional é encoberto por uma nova linguagem, adaptando um cenário
ideológico
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