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Psicologia do trabalho

Por:   •  31/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.336 Palavras (10 Páginas)  •  298 Visualizações

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FACULDADES INTEGRADAS DE TAQUARA

CURSO DE PSICOLOGIA

 Intervenção

Benta Maciel

Gabriela Petzinger

Greice Celitre Duarte

Rose Sorgetz 

09/2016


 Intervenção

Resumo

        O presente trabalho tem como objetivo criar um projeto de Intervenção para a Disciplina de Psicologia do Trabalho num ambiente profissional. Entender um pouco melhor qual o papel do cuidador e do enfermeiro dentro da instituição, bem como fortalecer estes vínculos com os idosos e colegas de trabalho. Palavras chaves: Idosos, lar de idosos, Cuidadores, Enfermeiros.

Introdução

        O presente trabalho tem como objetivo criar um projeto de Intervenção para a Disciplina de Psicologia do Trabalho num ambiente profissional. Dessa forma, nosso grupo solicitou para um lar de idosos do vale no Paranhana nos proporcionasse tal oportunidade nos abrindo suas portas para conhecermos a rotina de trabalho de seus profissionais, e, de posse desse conhecimento, nós pudéssemos projetar uma forma de auxiliar uma melhoria em algum setor específico, dentro dessa instituição.
        A equipe deste lar é composta por enfermeiros, técnicos de enfermagem, cuidadores, cozinheiros, e o departamento administrativo. A idade dos residentes é de 46 a 100 anos.

        Para entendermos um pouco da rotina no Lar de idosos, fomos pesquisar na bibliografia existente no Brasil um pouco sobre envelhecimento e cuidados com idosos. Achou-se pouco material para consulta, talvez pelo fato do Brasil ainda ser um país jovem, nossa população idosa hoje representa pouco mais de 12,5%, não exista volume de pesquisas com assuntos relacionados à velhice, demência e cuidados com os idosos (SORDI, 2016).
        Há um vasto campo a ser explorado, se considerarmos que assim como em muitos países da Europa, a população brasileira está envelhecendo e a tendência é que até 2050 os idosos representem 30% do total da população brasileira, conforme a OMS (2016). Mas, infelizmente, viver mais, no Brasil, não quer dizer necessariamente, viver bem. As políticas sociais, não estão acompanhando a velocidade com que a população envelhece, conforme pesquisa da OMS (2016), a previdência social, os hospitais e os espaços públicos como um todo, não estão estruturados para receber e atender essa demanda de pessoas que vão exigir cuidados especiais devido às limitações físicas e mentais (
SORDI, 2016).

        Eis um dos desafios do Brasil nos próximos anos: melhorar o atendimento primário ao idoso e formar novos profissionais que possam atender essa terceira idade de forma satisfatória, com conhecimento das peculiaridades do envelhecimento. Entenda-se isso como estratégias que diminuam os índices de adoecimento e mortalidade, proporcionando uma maior capacidade funcional e independência física e mental no meio social e familiar entre a população idosa (SORDI, 2016).
        A palavra cuidar, na língua portuguesa quer dizer aplicar a atenção, o pensa
mento, a imaginação. Ela pode denotar também uma ação dinâmica, refletida. A maioria dos indivíduos, em condições normais de sobrevivência, tem consciência de que para viver com qualidade é necessário zelar por aqueles que fazem parte de nossas relações sociais, aqueles que nos deram a vida (SORDI, 2016). 
        Mas o que é um cuidador de idosos? É a pessoa que cuida de idosos que têm dificuldades em desempenhar suas atividades. Eles acompanham o idoso em suas atividades diárias, auxiliando-os em sua alimentação, cuidados com higiene, medicação de rotina e outros serviços necessários. Em algumas situações faz-se necessário um cuidado mais técnico, com procedimentos específicos, onde é necessário o cuidado de um profissional de enfermagem, por exemplo (PRO MOLAR, 2016). A atuação do profissional de enfermagem se dá principalmente com idosos que estão institucionalizados em casas de repouso, clínicas geriátricas e outras instituições para idosos que necessitam de cuidados mais especializados direcionados aos problemas de saúde apresentados e pelas limitações decorrentes da própria senilidade
(BRASIL, 2001).

        Com o passar dos anos os indivíduos sofrem algumas alterações em sua vida, tanto de ordem biológica, ambiental ou emocional, que fazem parte das fases naturais do desenvolvimento humano. Nos indivíduos idosos, costumam ocorrer algumas mudanças funcionais mais severas, que podem demandar auxílio para o desempenho de suas atividades diárias. Diante dessa necessidade surge o papel do cuidador (SALIBA; MOIMAZ; MARQUES; PRADO, 2007). O cuidador ideal é aquele que possui conhecimentos em diversas áreas da saúde compatíveis com a diversidade de aspectos resultantes do processo natural de envelhecimento, bem como aquele cuidador que compartilha conhecimentos técnicos com outros profissionais da saúde, formando assim, equipes multidisciplinares (FILHO; SITTA, 2002).

        Em relação aos profissionais da enfermagem, para que haja o cuidado, o profissional deve ultrapassar suas capacidades técnicas, colocando o paciente no núcleo desse processo, a fim de estabelecer vínculos solidários, que favoreçam uma relação de confiança e compromisso com os usuários, com as equipes e os serviços, garantindo a participação coletiva no processo saúde doença e o vínculo indissociável entre atenção e gestão (SILVA, 2008). No caso da população idosa, para que seja realizado um cuidado competente, os referidos profissionais devem planejar e programar as ações, estar preparados para lidar com questões inerentes ao processo de envelhecimento e estimular ao máximo a autonomia desses usuários (SILVA; BORGES, 2008).

        Além disso, o cuidado em enfermagem requer um direcionamento específico a essa clientela. Para tanto, o profissional além de compreender as questões inerentes do processo de envelhecimento, deve facilitar o acesso do idoso aos diversos níveis de atenção, estar qualificado e estabelecer uma relação respeitosa ( PROCHET; SILVA; FERREIRA; EVANGELISTA, 2012).

        Segundo Barros, Santos e Ardmann (2008), desta forma será possível constituir um modelo de cuidado que permeie as mudanças próprias do envelhecimento do indivíduo e a sua experiência de vida, propondo assim, ações  de cuidado que considerem seu contexto de saúde-doença (BARROS; SANTOS; ERDERMAMM, 2008).

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