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Psicopatas No Trabalho: Como Identificar E Como Agir

Trabalho Universitário: Psicopatas No Trabalho: Como Identificar E Como Agir. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/3/2015  •  2.219 Palavras (9 Páginas)  •  382 Visualizações

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Psicopatas corporativos usam suas disfunções como impulso na carreira empresarial, destruindo ambientes e carreiras enquanto sugam méritos pelos sucessos e passam adiante a culpa pelas suas falhas – saiba identificá-los e entenda como agir.

O psicopata usa, manipula e ilude. Ele não se importa com os danos que causa a outras pessoas, não consegue controlar seu próprio comportamento, e troca qualquer planejamento pela possibilidade de seguir seus impulsos. Por mais que pareça assustador e desconectado da realidade a todos os que o observam de perto, consegue transmitir uma imagem positiva e segura a quem o avalia sem proximidade.

Psicopatas frequentemente buscam a sensação de poder e controle sobre os outros, e têm facilidade em se posicionar de forma agressiva na selva corporativa: são manipuladores, usam seu carisma e inteligência para apoiar o comportamento de intimidar e mentir sem o menor constrangimento, eis que não são guiados pela empatia e pelos conceitos morais de certo e errado.

No discurso do psicopata, sempre convincentemente genuíno, todas as culpas são claramente dos seus desafetos, todos os méritos são dele mesmo, e todos os integrantes da equipe têm desempenho inferior e interesses ocultos. Na hora de buscar se explicar a quem o investigue, o que o psicopata exige dos outros sempre pode ser caracterizado por ele como o comprometimento da equipe (se não com a estratégia da organização, ao menos com o posicionamento anteriormente declarado por algum superior na hierarquia) ou como a busca da

excelência ou ainda, ironicamente, como a construção de um ambiente de trabalho mais harmonioso.

Os comportamentos permitem reconhecer as características comuns dos psicopatas corporativos.

O cotidiano do psicopata é marcado por manipulações, dissimulações e traições, sempre em busca de vantagens pessoais e para o seu perverso prazer, conforme aponta a psicanalista Déborah Pimentel.

Diagnosticar um psicopata, diferenciando-o de pessoas com outros comportamentos indesejados no ambiente de trabalho (como a mania de perseguição ou de se vitimizar) é tarefa para profissionais, mas a lista a seguir identifica várias das características mais evidentes que o psicopata corporativo exibe:

1. Considerar-se referência do que há de melhor hoje no ambiente e do que já aconteceu no histórico da organização.

2. Não sentir nem fingir culpa por seu comportamento e suas consequências, mas saber fingir remorso ou arrependimento quando lhe é conveniente.

3. Evitar o registro de suas declarações, ordens e planos, para que possa mudar de discurso ao sabor da conveniência, evitando assumir a responsabilidade pelas suas orientaçes, e

dificultando que seu desempenho possa ser medido de forma objetiva.

4. Quando consultado, sempre "responder sem responder", de modo a não se comprometer

com o resultado do que disser, nem evidenciar qualquer deficiência nos seus

conhecimentos e habilidades.

5. Manter segredos sobre assuntos triviais, e buscar controlar quais informaç/es circulam

entre as pessoas a seu redor.

6. Presumir que o mundo gira ao seu redor, e assim os fatos negativos ocorrem como um

ataque contra ele, e as vitórias ocorrem exclusivamente por causa dele.

7. Tornar difusas as responsabilidades, de forma a que ele possa sempre se eximir da culpa

por falhas, e ao mesmo tempo possa assumir a responsabilidade pelos sucessos.

8. Considerar-se isento e imune às regras, sejam as formais ou as criadas por ele mesmo.

Considera justificado tudo o que faz, seja pela finalidade ou pela circunstância.

É fácil identificar as características acima nos comportamentos em relação à equipe, superiores e

subordinados, que podem incluir exemplos como estes:

• Tratar os seus colegas como se estivessem um nível abaixo dele, e os subordinados como

se fossem camponeses feudais.

• Expor os membros da equipe a seus episódios de raiva, em que ridiculariza deficiências

alheias para evitar expor as suas.

• Desrespeitar a privacidade dos colegas, seja lendo e-mails e papeis, incomodando-os em

horários impróprios, ou mesmo buscando interferir em suas atividades e relacionamentos

pessoais.

• Plantar a semente da discórdia e afastar-se, contando com a má qualidade do ambiente

(criada por ele mesmo) para que a semente atinja o resultado pretendido.

• Criar regras conforme sua conveniência, frequentemente em desacordo com as regras

formais ou com seu discurso anterior.

• Usar mentiras e distorç/es para danificar a reputação de colegas, subordinados e

superiores.

• Intimidar ameaçando, de forma direta ou velada, usar sua influência para prejudicar a

imagem profissional dos colegas.

• Estabelecer objetivos inalcançáveis e conflitantes, de forma que sirvam apenas para ter

permanente justificativa para agir contra os outros, alegando ser em razão do baixo

desempenho.

• Atribuir grande importância a falhas mínimas, e deixar de reconhecer até mesmo os mais

importantes sucessos da equipe.

• Isolar as pessoas, fazendo com que se sintam excluídas, expostas e sem saber com quem

contar.

Além disso, as atitudes do psicopata que revelam a atenção extrema à imagem que ele projeta

também ajudam a evidenciar as suas características, como nos exemplos abaixo:

• Buscar interferir no que se divulga sobre ele.

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