Psicopatia do ponto de vista científico
Artigo: Psicopatia do ponto de vista científico. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: gabrielpereira • 21/10/2014 • Artigo • 2.703 Palavras (11 Páginas) • 385 Visualizações
1.1 Características de um psicopata:
Transtorno de personalidade caracterizado pelo sentimento de desprezo por obrigações sociais ou falta de empatia para com os outros. Há um desvio considerável entre o comportamento e as normas sociais estabelecidas. O comportamento não é facilmente modificado pelas experiências adversas, inclusive pelas punições. Existe uma baixa tolerância à frustração e um baixo limiar de descarga da agressividade, inclusive da violência. Existe uma tendência a culpar os outros ou a fornecer racionalizações plausíveis para explicar um comportamento que leva o sujeito a entrar em conflito com a sociedade.
Embora popularmente a psicopatia seja conhecida como tal, ou como "sociopatia", cientificamente, a doença é denominada como sinônimo do diagnóstico do transtorno de personalidade antissocial.
Psicopatia parece estar relacionada a algumas importantes disfunções cerebrais, sendo importante considerar que um só único fator não é totalmente esclarecedor para causar o distúrbio; parece haver uma junção de componentes. Embora alguns indivíduos com psicopatia mais branda não tenham tido um histórico traumático, o transtorno - principalmente nos casos mais graves, tais como sádicos e serial killers - parece estar associado à mistura de três principais fatores: disfunções cerebrais/biológicas ou traumas neurológicos, predisposição genética e traumas sócio psicológicos na infância (ex, abuso emocional, sexual, físico, negligência, violência, conflitos e separação dos pais etc.). Todo indivíduo antissocial possui, no mínimo, um desses componentes no histórico de sua vida. Entretanto, nem toda pessoa que sofreu algum tipo de abuso ou perda na infância tornar-se-á um psicopata sem ter uma certa influência genética ou distúrbio cerebral; assim como é inadmissível afirmar que todo indivíduo com pré disposição genética se tornará psicopata apenas por essa característica. Portanto, a junção dos três fatores torna-se essencial; há de se considerar desde a genética, traumas psicológicos e disfunções no cérebro (especialmente no lobo frontal e sistema límbico).
II. CLASSIFICAÇAO DO PSICOPATA:
2.1 Psicopatas comunitário ou de grau leve:
A maioria dos indivíduos psicopatas correspondem a aqueles de grau leve, por isso, geralmente não satisfazem totalmente todos os critérios do DSM do transtorno de personalidade antissocial. Nesse grupo predominam as mulheres. São os indivíduos psicopatas mais comuns, tendem a exibir poucos critérios e são aqueles que dificilmente chegam a violência física extrema; entretanto, são as mais difíceis de serem diagnosticadas porque tendem a se passar despercebidas no ambiente social, caracterizando o indivíduo "psicopata comunitário". Geralmente, possuem inteligência acima da média, mas pessoas frias, racionais, mentirosas, não se importam com os sentimentos alheios e são pessoas ditas dissimuladas na sua intimidade: Escondem tais características a todo momento, de forma que pouquíssimas pessoas consigam perceber, são muito manipuladoras. Muitas vezes estão ao lado de todos e ninguém consegue perceber isto. Elas podem ser desde um(a) falso(a) colega oportunista que vive se fazendo de vítima, até trapaceiros(as), parasitas sociais, políticos, empresários(as) e religiosos(as). Esse psicopata raramente vai para a cadeia, mas quando esses indivíduos - por algum motivo ilícito - vão para a prisão, são tidos como presos "exemplares" pelo seu bom comportamento: são muito bem vistos(as), comportados(as), não arranjam confusões e dissimulam uma aparência de inocentes coitadinhos(as), a ponto que outros presos e seguranças não consigam acreditar que aquela pessoa tão calma pôde cometer alguma atrocidade. Exatamente por isso, enganam tão facilmente a todos, fazendo com que diminuam o tempo de pena na cadeia. Do ponto de vista infantil, esses indivíduos podem ou não ter traumas significantes que possam ter sido considerados agravantes do transtorno mas, de forma geral, tiveram uma educação aparentemente normal. Comumente foram crianças com grande charme superficial, encantavam facilmente adultos pela sua aparência de docilidade e espontaneidade, entretanto, já apresentavam traços de frieza, insensibilidade, e intolerância à frustração - que podem ser evidentes em condutas como maltratar coleguinhas, animais, mentir etc.
2.2 Psicopatas antissocial ou de grau moderado a grave:
Já o indivíduo psicopata de grau moderado a grave corresponde àqueles que satisfazem quase ou todos os critérios do DSM (Manual de diagnóstico e estatística das perturbações mentais) do transtorno de personalidade antissocial e são os psicopatas deliberadamente antissociais. Esses psicopatas têm uma alta tendência a se enquadrarem por exemplo, na categoria serial killers. A maioria apresenta as mesmas características do psicopata comunitário, entretanto apresentam condutas extremas que os colocam contra à sociedade em geral fazendo com que sejam mais facilmente inseridos no meio carcerário. São menos frequentes, entretanto, uma vez que satisfazem quase ou todos os critérios para a personalidade antissocial, eles são aqueles que estão mais facilmente vulneráveis a delitos graves e chocantes. Eles geralmente são agressivos, impulsivos, frios, sádicos, mentirosos, não possuem empatia e são mais facilmente associados a psicopatas autores de grandes atos de violência física ou assassinos e serial killers, entretanto, escondem tais características de forma que socialmente são vistos como pessoas normais, cujos verdadeiros instintos ninguém é capaz de desconfiar. Os de grau moderado geralmente estão mais infiltrados no meio das drogas, álcool, jogo compulsivo, direção imprudente, vadiagem e promiscuidade e vandalismo, além de grandes golpes e graves estelionatos. Os que apresentam um grau muito grave, frequentemente são assassinos sádicos, ou seja, obtêm prazer ao ver o sofrimento de outra pessoa e são indivíduos excessivamente problemáticos, do ponto de vista emocional. Em contraste a essas características, de modo semelhante ao psicopata comunitário, podem apresentar-se como uma pessoa normal perante os outros e a sociedade, contudo, escondem uma personalidade muito mais sombria - esta ocasionalmente visível para familiares, por exemplo, onde o ambiente é marcado por discussões frequentes. Totalmente frios, sem remorso e ausentes de sentimentos carinhosos para com outros seres humanos, esses indivíduos
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